21 de fevereiro de 2024

Qual o papel da tecnologia no desempenho do agronegócio?

De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio representou 24,8% do PIB do Brasil em 2023. E, não há como negar que a tecnologia se tornou uma grande aliada desse crescimento. Como prova disso, segundo dados da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), cerca de 67% das propriedades agrícolas já aderiram ao uso de algum tipo de inovação tecnológica. Por sua vez, diante da atual era de transformação digital, que também acomete o segmento, é importante compreender como as novas tecnologias podem contribuir para o futuro do setor.

A utilização da tecnologia no campo já é uma realidade, uma vez que agrega benefícios que incluem a mitigação e gestão de riscos operacionais, rastreabilidade, confiabilidade, redução de custos, integração da equipe, comunicação, entre outros ganhos que proporcionam um crescimento sustentável para o setor. Tais vantagens favorecem que o setor mantenha sua posição de destaque na economia.

Atualmente, a aquisição de diversas tecnologias tem influenciado o desempenho do agro, como, por exemplo, a tão conhecida Inteligência Artificial (IA). Entretanto, é importante enfatizar que este recurso, em específico, para o agronegócio, deve ser considerado como um dos pilares na gestão do setor, que tem muito a ganhar com a sua aplicação na utilização conjunta com outras ferramentas vitais para o segmento do agro, como o diagnóstico e recomendações de ações através de aprendizagem de máquinas.

Portanto, dentre as tecnologias existentes, destacam-se: a Internet das Coisas (IoT), que, por meio de sensores, consegue fazer medições e gerar alertas; Machine Learning, a qual, através da IA, dá às máquinas a capacidade de realizar tarefas com base em padrões e tendências; robótica, substituindo trabalhos repetitivos e de riscos no campo; e aplicações de sistemas mobile ou nuvem, proporcionando a integração do setor com a disposição de dados a qualquer hora e lugar.

O uso dessas tecnologias tem como foco principal não apenas contribuir para maior eficiência, mas também favorecer para a consolidação de uma gestão assertiva. Ou seja, com o maior controle de informações e organização das funções, torna-se mais ágil o processo de tomadas de decisões, baseadas em indicadores reais que garantem a solidificação do setor independente do período em que esteja atravessando.

Paralelamente, ter uma gestão assertiva para o agronegócio também é fundamental, considerando a ampla responsabilidade do segmento em aplicar os princípios da agenda ESG nas operações. Deste modo, a tecnologia contribui em cada um destes pilares, em que, do ponto de vista ambiental, proporciona um consumo mais sustentável dos recursos: na esfera social, traz um diferencial nas condições de trabalho e no desenvolvimento comunitário e regional; e no viés corporativo, reflete a integridade das operações com a transparência das movimentações para toda rede de clientes, fornecedores e colaboradores.

No entanto, assim como os outros setores, o agronegócio também é exposto a uma gama de desafios diariamente, que acometem, principalmente, os negócios familiares. Na prática, uma decisão tomada baseada em dados errados pode gerar impactos financeiros altamente significativos à operação da empresa. E, embora sempre seja enfatizado a vital importância da tecnologia para a garantia de crescimento e desempenho, ainda assim, não é incomum encontrarmos nesse meio posições resistentes quanto sua adesão.

Deste modo, precisamos reforçar que, mesmo o agro sendo um setor promissor, cenários de instabilidades causados pelas mudanças climáticas ou baixa de safras também podem afetar seu desempenho. Quanto a isso, não existe fórmula mágica, mas sim preparo, que pode ser feito a partir da utilização de sistemas de gestão que apoiem na realização de análises preditivas, antecipando movimentos a partir da obtenção de dados lapidados.

Outro aspecto importante é que a tecnologia, por si só, não tem o poder de provocar uma transformação. Ou seja, adotar algum dos recursos descritos anteriormente sem nenhuma base ou estrutura, dificulta o alcance do resultado esperado. Sendo assim, ter o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem é uma estratégia vital, uma vez que a equipe irá guiar em toda essa jornada, ajudando a identificar e traçar metas alcançáveis.

Em suma, o papel da tecnologia é acelerar de forma segura o crescimento do agronegócio. Ao olharmos para 2024, o setor terá pela frente uma série de desafios, os quais podem ser desburocratizados com a utilização correta dos recursos tecnológicos, auxiliando para uma maior acessibilidade e controle operacional. Todavia, para que esse resultado seja alcançado, é fundamental que aqueles que ainda não têm essa compreensão a obtenham o quanto antes, já que o tempo não espera, e ficarão à frente só os que estiverem preparados.

Alêssa Ramos é gerente de negócios da SPS Group, uma das principais consultorias e integradora de tecnologia.

 

Sobre a SPS Group: Localizada em São José dos Campos (SP), a SPS Group atua há mais de 11 anos como uma integradora de tecnologia multinacional brasileira, que se consolidou com operações de SAP Business One, com projetos premiados e reconhecidos internacionalmente por sua excelência e qualidade. Parceira SAP Gold Partner, além de oferecer as soluções do portfólio SAP, também desenvolve internamente extensões tecnológicas adicionais ao B1, com vasto know-how para atendimento de pequenas e médias empresas dos mais diversos setores da economia. Reforçando o compromisso em fornecer soluções tecnológicas de ponta para todo o mercado, a SPS passou a trabalhar também com os recursos de SAP S/4HANA, tanto na versão Public Cloud, quanto Private, apoiando as empresas em uma operação inteligente, com processamentos em tempo real, Machine Learning, análises preditivas e muito mais.

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