Ferramenta permite acompanhar indicadores do Plano ABC+ e ampliar a transparência da agricultura sustentável.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), lançou o Painel Gerencial do Plano ABC+, uma plataforma digital que reúne dados estratégicos sobre práticas agrícolas sustentáveis e o avanço das metas brasileiras de baixa emissão de carbono na agropecuária.
A ferramenta centraliza informações sobre as dez tecnologias fomentadas pelo Plano ABC+, programa nacional de adaptação às mudanças climáticas e de mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE), e permite ao público acompanhar resultados em nível municipal, estadual e por bioma.
Segundo Lucivaldo Lima, analista de Soluções Digitais do Serpro, o novo painel representa um marco para a gestão ambiental. “O Painel Gerencial permite ao Mapa e aos gestores estaduais acompanharem a evolução dos indicadores de adoção das tecnologias sustentáveis e de emissão de gases de efeito estufa até o nível municipal. É um avanço enorme, pois pela primeira vez é possível mensurar, com base em dados concretos, o alcance e os impactos ambientais de cada prática agrícola.”
A estrutura do sistema foi construída com recursos de business intelligence (BI) e georreferenciamento, consolidando dados de múltiplas fontes. “Nosso papel vai desde o entendimento do negócio à integração dos dados que antes estavam dispersos, permitindo que o Mapa tenha uma visão nacional e detalhada de cada região”, acrescenta Lima.
O superintendente de Negócios Estratégicos do Serpro, Bruno Vilela, reforça que a iniciativa demonstra o potencial da tecnologia pública na gestão do campo. “A parceria com o Mapa mostra o poder da integração de dados e da inteligência analítica em prol da agricultura sustentável. A tecnologia do Serpro ajuda o governo a enxergar o território com precisão e planejar políticas de longo prazo com base em evidências.”
O projeto também gerou a plataforma Raiz Tech, lançada em maio, que disponibiliza serviços digitais ao mercado com dados georreferenciados sobre o território rural brasileiro. A primeira solução — voltada à identificação de pastagens degradadas — auxilia instituições financeiras, cooperativas e seguradoras na análise de risco ambiental e produtividade das propriedades.
