Comércio exterior movimenta US$ 527 bilhões até outubro, impulsionado pelo agronegócio e pela indústria de transformação.
O Brasil encerrou o mês de outubro de 2025 com desempenho recorde em todos os indicadores do comércio exterior. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o país atingiu marcas históricas nas exportações, importações e corrente de comércio.
As exportações somaram US$ 31,97 bilhões, crescimento de 9,1% em relação ao mesmo mês de 2024, enquanto as importações totalizaram US$ 25,01 bilhões, leve queda de 0,8% na comparação anual. Com isso, o saldo comercial fechou o mês em US$ 6,96 bilhões e a corrente de comércio (soma de exportações e importações) atingiu US$ 56,98 bilhões, alta de 4,5% sobre o ano anterior.
No acumulado de janeiro a outubro, o comércio exterior brasileiro movimentou US$ 527,07 bilhões, avanço de 4,2% em relação ao mesmo período de 2024. As exportações cresceram 1,9%, alcançando US$ 289,73 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 237,33 bilhões, um aumento de 7,1%. O resultado garantiu um superávit comercial de US$ 52,3 bilhões, consolidando o bom momento do setor externo brasileiro.
A agropecuária teve papel de destaque. Em outubro, o setor registrou um crescimento de 21% nas exportações (US$ 1,18 bilhão adicionais), reflexo da força do agronegócio nacional. A indústria extrativa também apresentou alta expressiva, de 22% (US$ 1,39 bilhão), enquanto a indústria de transformação teve elevação mais modesta, de 0,7% (US$ 0,13 bilhão).
No acumulado do ano, os destaques positivos ficaram com a agropecuária, que exportou US$ 2,33 bilhões a mais que em 2024, e a indústria de transformação, com incremento de US$ 4,89 bilhões. A indústria extrativa, por sua vez, registrou queda de 2,9%, o equivalente a US$ 1,97 bilhão.
Do lado das importações, a indústria de transformação respondeu pela maior expansão, com alta de 9,3% (US$ 18,73 bilhões adicionais) no acumulado de 2025. A agropecuária também avançou 8,1%, enquanto a indústria extrativa recuou 23%, impactada pela redução na compra de combustíveis e minérios.


