Os agricultores brasileiros vão plantar 31,8 milhões de hectares com sementes geneticamente modificadas de soja, milho (verão e inverno) e algodão na safra 2011/2012. Segundo estimativas do acompanhamento da adoção de biotecnologia agrícola no Brasil, divulgado pela Céleres, consultoria focada no agronegócio, a área é 20,9% maior que a cultivada no período anterior. A alta taxa de plantio de transgênicos está relacionada aos benefícios entregues, segundo a consultoria. “O agricultor tem vantagens evidentes, como facilidade no manejo de plantas daninhas, no caso da soja, e ganhos de produtividade no milho”, avalia Anderson Galvão, editor-chefe do relatório. “Indiretamente, a biotecnologia proporciona economia no uso de outros insumos e também oferece mais comodidade e tranquilidade.”
Além disso, o crescimento na adoção também se deve a um maior número de variedades com biotecnologia. “Todos os anos, trabalhamos para oferecer ao produtor germoplasma que seja adequado à sua região e às necessidades específicas, como ciclo e tolerância a doenças”, afirma Leonardo Bastos, diretor de Vendas da Monsanto. “O que estamos vendo, nesta safra, é a confirmação dos bons resultados em germoplasma de soja e um crescimento exponencial no uso de tecnologias para milho.”
O aumento nos preços das commodities, aliado à maior demanda por grãos, impulsiona a adoção da biotecnologia e aponta para boas oportunidades de negócio. “Com pouca área disponível para aumento do plantio, a adoção da tecnologia, entre elas o uso de sementes geneticamente modificadas, tornou-se obrigatória para garantir a oferta de alimentos e fibras”, afirma Galvão.
Crescimento em soja e milho
A soja continua sendo a principal cultura em adoção de transgênicos no Brasil. Neste ano, serão 21,4 milhões de hectares com biotecnologia, 3,1 milhões de hectares a mais que na safra 2010/2011 e 85,3% da área total destinada à cultura. O Centro-Oeste já passa a ser a região que mais planta o grão geneticamente modificado, seguida pelo Sul e Nordeste. “Para a cultura, devemos alcançar, em um futuro próximo, o mesmo índice dos Estados Unidos, de cerca de 92% de área com transgênicos”, estima Galvão.
O aumento do uso de biotecnologia na cultura do milho continua a surpreender: em três anos desde a aprovação, o plantio já chega a dois terços do disponível para o grão. Nas duas safras, a adoção total chegará a 9,91 milhões de hectares, uma área 32% maior em comparação aos 7,5 milhões de hectares da safra 2010/2011. Os agricultores darão preferência a tecnologias combinadas, ou seja, aquelas que oferecem tolerância ao herbicida e resistência a insetos. Já os cotonicultores deverão usar biotecnologia em 469 mil hectares. O Centro-Oeste deve ser a região com maior adoção.
Fonte: Monsanto em Campo
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