24 de fevereiro de 2012

Cresce adoção de transgênicos nas lavouras brasileiras

Anderson Galvão, da consultoria Céleres.

Os agricultores brasileiros vão plantar 31,8 milhões de hectares com sementes geneticamente modificadas de soja, milho (verão e inverno) e algodão na safra 2011/2012. Segundo estimativas do acompanhamento da adoção de biotecnologia agrícola no Brasil, divulgado pela Céleres, consultoria focada no agronegócio, a área é 20,9% maior que a cultivada no período anterior. A alta taxa de plantio de transgênicos está relacionada aos benefícios entregues, segundo a consultoria. “O agricultor tem vantagens evidentes, como facilidade no manejo de plantas daninhas, no caso da soja, e ganhos de produtividade no milho”, avalia Anderson Galvão, editor-chefe do relatório. “Indiretamente, a biotecnologia proporciona economia no uso de outros insumos e também oferece mais comodidade e tranquilidade.”

Além disso, o crescimento na adoção também se deve a um maior número de variedades com biotecnologia. “Todos os anos, trabalhamos para oferecer ao produtor germoplasma que seja adequado à sua região e às necessidades específicas, como ciclo e tolerância a doenças”, afirma Leonardo Bastos, diretor de Vendas da Monsanto. “O que estamos vendo, nesta safra, é a confirmação dos bons resultados em germoplasma de soja e um crescimento exponencial no uso de tecnologias para milho.”

O aumento nos preços das commodities, aliado à maior demanda por grãos, impulsiona a adoção da biotecnologia e aponta para boas oportunidades de negócio. “Com pouca área disponível para aumento do plantio, a adoção da tecnologia, entre elas o uso de sementes geneticamente modificadas, tornou-se obrigatória para garantir a oferta de alimentos e fibras”, afirma Galvão.

Crescimento em soja e milho
A soja continua sendo a principal cultura em adoção de transgênicos no Brasil. Neste ano, serão 21,4 milhões de hectares com biotecnologia, 3,1 milhões de hectares a mais que na safra 2010/2011 e 85,3% da área total destinada à cultura. O Centro-Oeste já passa a ser a região que mais planta o grão geneticamente modificado, seguida pelo Sul e Nordeste. “Para a cultura, devemos alcançar, em um futuro próximo, o mesmo índice dos Estados Unidos, de cerca de 92% de área com transgênicos”, estima Galvão.

O aumento do uso de biotecnologia na cultura do milho continua a surpreender: em três anos desde a aprovação, o plantio já chega a dois terços do disponível para o grão. Nas duas safras, a adoção total chegará a 9,91 milhões de hectares, uma área 32% maior em comparação aos 7,5 milhões de hectares da safra 2010/2011. Os agricultores darão preferência a tecnologias combinadas, ou seja, aquelas que oferecem tolerância ao herbicida e resistência a insetos. Já os cotonicultores deverão usar biotecnologia em 469 mil hectares. O Centro-Oeste deve ser a região com maior adoção.

Fonte: Monsanto em Campo

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