O insumo alicerce das safras é um dos três mais vendidos pelas revendas, carrega tecnologia crescente e é chave para produtividade e meio ambiente
Ela é a razão de tudo no campo. Alimento para seres humanos e animais. Mas tem inimigos conhecidos e perigosos. As oscilações do clima, pragas e doenças que resultam em perda de qualidade e produtividade das lavouras. E mais. O Brasil é feito de diferentes tipos de regiões, clima e solos. Logo, ela precisa ser cada vez mais resistente, num processo complexo que envolve melhoramento genético, adaptação, seleção de variedades com características específicas para prosperar em diferentes ambientes e carregar em si inovações que a fortaleçam. Semente. Óvulo maduro e fecundado das plantas gimnospermas ou angiospermas. Cultivada há doze mil anos. Como é vista hoje? Como semente da agricultura moderna e sustentável. Combina produtividade, resistência e qualidade. É melhorada geneticamente ou tratada com tecnologias avançadas que aumentam seu desempenho em diferentes condições de cultivo. Apresenta maior vigor germinativo e melhor aproveitamento dos nutrientes do solo. O produtor colhe mais e melhor em menos área. Contribui para o uso eficiente dos recursos naturais e para a preservação ambiental. E podem ser resistentes a pragas, doenças e estresses climáticos, como seca ou excesso de chuvas. O que resulta no uso de menos defensivos e garante uma produção mais estável, mesmo em condições adversas. Sem falar na uniformidade das lavouras. Facilita o manejo, a colheita e o planejamento da produção, refletindo diretamente na qualidade final dos grãos, frutas ou hortaliças. Ainda contribui para a inovação no campo, associadas a sistemas de agricultura de precisão, que utilizam sensores, drones e softwares para monitorar o desenvolvimento das plantas.
“O que o produtor busca hoje? Rentabilidade de uma cultivar que realmente produza em sua área, seja rentável e pague as contas da fazenda. Já, nós, buscamos sempre desenvolver materiais mais resistentes e adaptados para cada região. Cultivar certa, na região correta, vai influenciar positivamente a produtividade”, resumiu o coordenador comercial da Latitude Genética de Sementes, Taiuan Bruno Almeida Gomes. A empresa conta com mais de 3 mil combinações anuais de germoplasmas, um crescente número de progênies testadas e tecnologias avançadas como RR2PRO, Enlist-Conkesta e Xtend.
A palavra mágica é Ciência. E o tratamento de sementes industrial (TSI) tem ganhado protagonismo. Soluções que combinam recobrimento uniforme, resistência da película e fluidez operacional transformando a forma como sementes são preparadas antes de chegar ao campo. Para culturas como soja, milho, sorgo, trigo, arroz e algodão. Polímeros e pós secantes proporcionam melhor estabilidade da película, menor perda de material e maior fluidez nos processos industriais, otimizando o tempo de plantio e reduzindo perdas operacionais.
“O tratamento é uma etapa estratégica para garantir a qualidade do insumo e a segurança do plantio. Aumenta a eficiência operacional do produtor e contribui ativamente na proteção das sementes”, defende Milton Ribeiro, da Laborsan Agro, empresa brasileira com quase três décadas de atuação e que mantém o Centro de Tecnologia e Inovação em Sementes (CTIS) e parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), universidades e fundações regionais. As opções de recobrimento vêm crescendo globalmente, atingindo US$ 2,6 bilhões em 2023 e com potencial para alcançar US$ 5 bilhões até 2032. Crescimento médio de 7,27% ao ano.
Método mais do que recomendado pela Embrapa. Uma das melhores formas de começar bem a lavoura, criando uma barreira inicial contra fungos oportunistas, proteção boa germinação e uniformidade. “A distribuição irregular das chuvas e os períodos prolongados de altas temperaturas criam condições ideais para o desenvolvimento e a propagação de fungos em estados como Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Pará e Mato Grosso. E a expectativa é de que continue assim”, destaca Rafael Toscano, gerente técnico da Orígeo, uma sociedade entre a Bunge e UPL, especializada em soluções sustentáveis e gestão integrada para o Cerrado. Uma das principais doenças é a antracnose, causada por fungos do gênero Colletotrichum, que ataca sementes, plantas recém-germinadas e plantas adultas, provocando manchas escuras, necrose e queda prematura de folhas e vagens. A variação climática dificulta a definição do calendário de plantio e favorece surtos de doenças. Uma condição que deve prevalecer no Cerrado, de acordo com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
A onda TSI atingiu um marco histórico no Brasil. Pela primeira vez, mais da metade das sementes de soja comercializadas foram tratadas de forma industrial na última safra, superando o tratamento realizado diretamente na fazenda. A Boa Safra Sementes, referência nacional em qualidade e inovação, celebra esse avanço como resultado de uma mudança cultural no campo e do reconhecimento do TSI como essencial para produtividade, segurança e sustentabilidade. Impedindo riscos como dosagem imprecisa, exposição de trabalhadores a produtos químicos e falta de padronização. “É um momento de transformação. O agricultor superou antigos preconceitos e abraçou a inovação”, opina Tulio Pytlak, gerente executivo da empresa.
E dá-lhe avanço. Caso dos grãos tratados que germinam em condições ideais. Para Adriana Matos, professora de Agronomia da Una Jataí, instituição com mais de 60 anos de tradição em ensino superior, a principal diferença dessas sementes em relação às convencionais está na proteção extra que recebem. “A semente inteligente é envolvida por uma camada de polímero que permite a germinação apenas quando o ambiente oferece condições ideais para a sobrevivência da espécie. O mecanismo evita que a planta gaste energia em situações adversas, garantindo mais vigor desde o início do desenvolvimento”, defende.
A tecnologia tem se mostrado especialmente eficaz em espécies florestais e hortaliças de alto valor agregado. Mas as pesquisas também avançam em culturas de milho, soja, algodão e feijão. “Ao proteger o processo inicial de germinação, a planta já sai na frente em relação às convencionais. E com sanidade melhor, essas plantas exigem menos aplicações, o que gera economia e menor impacto ambiental”, completa. Embora não haja riscos diretos ao produtor, é importante atenção ao armazenamento e ao prazo de validade do polímero. “O contato persistente com a umidade pode prejudicar a qualidade da semente, mesmo com a proteção. Por isso, o ideal é conservar em local seco e climatizado. E elas não substituem o manejo tradicional, mas funcionam como complemento. “É mais uma ferramenta disponível, que continua precisando realizar as aplicações iniciais de controle de pragas e doenças”, arremata.
As novas sementes são ‘vigiadas’ antes mesmo de germinarem. Uma nova empresa de tecnologia agrícola de Piracicaba (SP) lançou um sistema autônomo para avaliação da qualidade de sementes e plântulas (estágio inicial das plantas) em casas de vegetação. A solução utiliza câmeras de alta resolução e inteligência artificial para capturar e analisar imagens com extrema precisão, automatizando por completo o processo, até 20 vezes mais rápido do que o método tradicional, feito manualmente. O sistema realiza múltiplos escaneamentos diários das bandejas ou canteiros de germinação por meio de câmeras embarcadas, com controle remoto total e interface intuitiva. Com isso, gera mais eficiência, rastreabilidade e padronização para o setor de sementes, em suas análises de qualidade. As imagens capturadas são processadas por algoritmos avançados de visão computacional e inteligência artificial, capazes de identificar e quantificar características-chave das plântulas com precisão milimétrica. A tecnologia permite mensurar indicadores como cobertura foliar, número de plântulas emergidas, uniformidade de emergência e o IVE (Índice de Velocidade de Emergência). Um escaneamento completo de uma casa de vegetação de 21m x 7m (cerca de 550 unidades com até 100 sementes cada) leva cerca de 60 minutos”, explica Fernando Hinnah, fundador da empresa. Além disso, o sistema utiliza QR codes para identificar individualmente os lotes avaliados, eliminando o risco de erros humanos, viés subjetivo e retrabalhos. Toda a operação pode ser acompanhada de forma remota, diariamente. O objetivo é atender desde obtentores e desenvolvedores de cultivares até multiplicadores de sementes e laboratórios certificadores. Os agentes ganham em produtividade e o agricultor recebe uma semente cada vez mais rápido e com mais qualidade.
As sementes são a vedete da prateleira da distribuição de insumos agrícolas. Movimentam R$ 50 bilhões por ano. Trabalho de quase 370 empresas. Não há dados exatos, mas as estimativas são de que as revendas comercializam no país inteiro perto de 90% do total produzido pela indústria. Quase tudo TSI. E o envolvimento é total. Um grande exemplo é a Diamaju, uma das maiores redistribuidoras do Brasil, localizada no Rio Grande do Sul e atuante nos três estados da região. Só de milho, comercializa 100 mil sacas por ano de sementes de milho, principalmente da Syngenta. O próprio Jairo Luiz Casagranda, fundador e CEO, planta. E colhe muito bem. “Conseguimos atingir produtividade de mais de 200 sacas por hectare. E o grande desafio da genética é enfrentar o estresse da água”, confidencia.
A mesma qualidade alcança as sementes de pastagem, que servem a nutrição dos rebanhos brasileiros. Num momento crucial do avanço veloz da Integração Lavoura – Pecuária – Floresta, e da intensificação da produção de carne e leite das fazendas. Uma pastagem bem formada permite utilização antecipada de 60 a 70 dias após a emergência. “A escolha correta das sementes impacta diretamente na produtividade forrageira e na capacidade de suporte do rebanho, reduz os custos com suplementação alimentar, otimizando os ciclos de produção, além de garantir sustentabilidade e qualidade no manejo do solo e água. E menor necessidade de ressemeadura”, detalha Guilherme Caldeira, diretor de Categorias da Axia Agro, que possui mais de 60 lojas nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Pará, além de produção de insumos para nutrição animal.
Ele atenta para o tipo de solo (fertilidade, textura, drenagem), as condições climáticas (índice pluviométrico, seca, frio), finalidade do sistema pecuário (corte, leite, recria, engorda) e resistência às pragas e tolerância à salinidade ou acidez do solo. “Também essencial é investir em sementes com alta pureza e boa germinação, realizar análise e correção do solo antes do plantio, respeitar o período de formação do pasto antes de introduzir o rebanho e diversificar as forrageiras”, adiciona o diretor da Axia Agro. Que também lembra do aplicativo ‘Pasto Certo’, da Embrapa, para auxiliar na escolha da forrageira ideal, cruzando informações, como tipo de solo, clima e objetivos de uso para recomendar a espécie mais adequada à propriedade. “Além disso, ele oferece suporte técnico e dicas de manejo”, complementa.
Na decisão sobre braquiária ou panicum, os principais problemas são a baixa taxa de germinação dependendo da qualidade da semente, o controle de pragas, como a cigarrinha, e a necessidade de monitoramento contínuo do manejo para evitar degradação precoce. Ambas têm vantagens e exigências. De um lado, alta produtividade de forragem, palatabilidade e vigor. Do outro, a demanda por solos férteis e livres de compactação. “É preciso que haja manutenção da adubação para evitar degradação rápida. Fugir da pirataria. A adoção correta de sementes para pastagem tende a contribuir para o melhor resultado”, orienta. “O produtor atual busca produtividade e retorno econômico, optando por forrageiras que entregam maior eficiência e estabilidade produtiva ao longo do ano. Quem migrou de cultivares convencionais, relatam aumento expressivo na produção de forragem e no desempenho animal, demonstrando que investir em genética superior impacta tanto em produtividade quanto em rentabilidade”, reforça Penha Pontes, engenheiro agrônomo e Gerente técnico da Wolf Sementes, corporação que atua no Brasil inteiro e exporta para 65 países. O comandante do negócio, Alex Wolf, está animado, mesmo depois do aumento das tarifas de importações pelos Estados Unidos. “Diante da crescente pressão por maior produtividade por hectare e práticas de produção mais sustentáveis, nossa empresa tem observado uma demanda pelas nossas sementes acima do projetado. Ofertamos um material com teores de proteína bruta que chegam a 21% e produção de massa verde até 50% superior às braquiárias convencionais. Outra vantagem é sua excelente tolerância à seca. Por isso, estamos intensificando nossos treinamentos para garantir que todas as nossas equipes comerciais estejam totalmente alinhadas com as informações mais atualizadas sobre como nossa variedade pode ajudar o produtor a produzir mais. É essencial que o produtor tenha as melhores ferramentas em mãos para aumentar a produtividade da sua propriedade”, acrescenta.
E o produtor rural conta com uma enxurrada de opções e pesquisa. Um exemplo é a Golden Harvest, marca de sementes de soja da Syngenta Seeds, que lançou sete novas cultivares no mercado brasileiro, com foco nas regiões Sul, Centro Oeste e Norte. O gigante global investe US$ 2 bilhões no segmento e acaba de anunciar uma nova estratégia de acesso ao mercado brasileiro com a sua marca de licenciamento. A partir da safra 2025 | 2026, além dos tradicionais representantes de licenciamento e parceiros multiplicadores e distribuidores, o time ganha um reforço na geração de demanda com franqueados da marca de sementes de milho NK. A ambição é grande. “Já somos 50% mais rápidos no desenvolvimento e lançamento de novas soluções. Trazemos ao mercado um portfólio robusto e competitivo, que agrega valor aos negócios dos nossos parceiros e clientes”, destaca Carlos Hentschke, Presidente da Syngenta Seeds no Brasil. “Nossa capacidade de posicionamento será 10 vezes maior e vamos oferecer de forma integrada muito mais opções de soluções no campo”, renova Frederico Barreto, Diretor Comercial da empresa.
O milho é outro exemplo de ‘Eldorado‘. Por trás de cada grão colhido existe uma trajetória silenciosa, que conecta ciência de ponta, decisões estratégicas e anos de trabalho contínuo. Até que um novo híbrido chegue às mãos do agricultor, ele percorre um caminho que começa nos laboratórios de pesquisa genética e passa por testes rigorosos, cruzamentos precisos e o uso das mais modernas tecnologias de melhoramento e de avaliação no campo.
“A base de tudo está no DNA da planta e na interação do genótipo com o ambiente”, conta Cristian Rafael Brzezinski, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Global da GDM, empresa de melhoramento genético de sementes que atua em 15 países.
A partir desse material genético, os melhoristas entram em ação, cruzam linhagens com características complementares, como por exemplo a tolerância ao enfezamento do milho, e melhores componentes de produção como peso de grãos, número de grãos, dentre outros. E acompanham a performance das novas gerações em diferentes solos, climas e regiões do país buscando mais adaptação e estabilidade produtiva. São anos de avaliações conduzidas em uma rede de estações experimentais e campos de ensaio, até que se chegue a um híbrido produtivo, estável, e muito confiável. Com o avanço da biotecnologia, novas camadas se somam a esse processo. As entidades de melhoramento genético integram eventos transgênicos aprovados, como o gene Bt, que confere tolerância a pragas, sempre seguindo os mais rigorosos padrões de segurança ambiental e alimentar.
Existe também a edição gênica com técnicas como o CRISPR-Cas9, que permite modificar genes da própria planta com precisão cirúrgica, acelerando o desenvolvimento de híbridos mais tolerantes ainda às principais doenças, sem necessidade de inserção de DNA externo. Além de oferecer soluções mais rápidas, essa abordagem abre caminhos regulatórios mais flexíveis em diversos mercados, por não ser considerada transgênica.
“Antes de chegar ao mercado, cada novo híbrido desenvolvido passa por grande rede de testes em condições de manejo semelhantes ao dos agricultores e ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU), exigidos pelo Ministério da Agricultura, que atestam produtividade, sanidade e estabilidade em todas as regiões edafoclimáticas recomendadas. Somente após essa validação científica e regulatória é que a produção comercial começa, garantindo ao agricultor uma semente de alta performance, pronta para entregar resultado”, conta André Gradowski de Figueiredo, da GDM.
Outra investida é o anúncio dos primeiros híbridos comerciais de sorgo desenvolvidos no Brasil. Os materiais chegam objetivando precocidade, rendimento e estabilidade em condições de safrinha, além de diferenciais agronômicos voltados às principais regiões produtoras do país. Em apenas quatro anos, mais de 2.000 híbridos experimentais foram testados em áreas distribuídas pelos principais polos de produção de Minas Gerais e Goiás. “Durante o período de testes, os desafios envolveram a ampliação das áreas de avaliação para o Norte do país e a incorporação de tolerância ao pulgão nas linhas genéticas. Uma geração que traz tolerância à antracnose, alta produtividade de grãos, tecnologia HT, excelente stay green e ciclo precoce, fundamentais para o cultivo na safrinha. E vamos exportar, ampliando o alcance da genética desenvolvida no Brasil”, explica Pedro Duque, responsável pelo projeto e atual gestor de marketing da Supra, a marca de milho do Grupo GDM no Brasil.
É a ‘corrida saudável’ no segmento. Concorrência que usa como artilharia informação, pesquisa e inovação. Vários especialistas indicam uma forte concentração nos próximos dez anos, fincando em no máximo uma centena o número de indústrias. As pequenas escolheriam atuar na prestação de serviços. O crescimento médio crava 5% ao ano em área e volume. Já a receita obteve 17% de avanço. Crescimento de área plantada aponta para aumento na venda de sementes. 8,3% ao ano até 2027. Velocidade parecida com a das hortaliças, instaladas hoje em 900 mil hectares cultivados no território nacional e um mercado de R$ 100 bilhões em produtos frescos e enlatados. Os empecilhos são os mesmos. As ‘sementes salvas’ e a pirataria, que ‘roubariam’ até R$ 2,5 bilhões do setor. “Todos os atores da cadeia precisam mirar no mesmo sentido. Investir em qualidade, pesquisa e desenvolvimento de novas variedades. Nossa estimativa em 2025 é de uma produção de quase 3 milhões de toneladas, quantidade suficiente para abastecer o campo. Soja, trigo, milho, arroz, feijão, aveia, algodão, cevada, sorgo e triticale, pela ordem. E seguimos crescendo”, resume Ronaldo Troncha, presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem).
Um exemplo seguido à risca por negócios como da LongPing High-Tech, empresa do Grupo CITIC e uma das três maiores em participação do mercado brasileiro da safrinha e do verão, produzindo sementes de milho e sorgo. A que mais cresceu em participação de mercado na safra de milho verão 2024 | 2025. “Crescer pelo segundo ano consecutivo e ganhar participação em um ciclo de retração de área mostra a força do nosso portfólio e a confiança que o produtor deposita na genética. As empresas entregam valor real para o agro em um mercado competitivo e desafiador”, sentencia o presidente Aldenir Sgarbossa. “Os produtores precisam estar bastante atentos às janelas de plantio no país inteiro. Condição de solo, umidade, tudo alinhado à previsão de tempo, as condições mais favoráveis. O Brasil é gigantesco e o clima muda demais de um lugar a outro. Não vale a pena arriscar com um insumo tão precioso. E se o lavrador plantar e a chuva demorar um mês? A planta vai perder produtividade e o fazendeiro a rentabilidade. O que chamo de erros ocultos no plantio”, decreta o pesquisador Alexandre Gazola, do alto de mais de três mil treinamentos no Brasil e exterior.
SEMENTES INTELIGENTES
# Manter em local seco, arejado e protegido da luz solar direta
# Evitar contato com umidade para preservar a camada de polímero
# Respeitar a data de validade indicada pelo fabricante
VANTAGENS
# Germinação apenas em condições ideais, reduzindo perdas
# Maior resistência inicial a pragas e estresses ambientais
# Menor necessidade de defensivos agrícolas
# Redução de impactos ambientais e maior eficiência produtiva.
CULTURAS MAIS BENEFICIADAS
# Hortaliças de alto valor agregado
# Espécies florestais utilizadas em reflorestamento
# Pesquisas em andamento com milho, soja, feijão e algodão
MITOS E VERDADES NA SEMENTE DA SOJA!
# Existem diferenças de qualidade nas sementes certificadas. Determinadas pelas taxas de germinação, vigor e lotes diferentes. Há, também, diferenças genéticas e no tamanho
# Semente salva (de uso próprio) pode ser mais barata, mas não tem o mesmo desempenho agronômico de uma semente certificada
# A alta germinação precisa estar acompanhada de um alto vigor. Por si só, não garante alto desempenho.
# Nem sempre o maior preço garante maior produtividade. O agrônomo vai analisar os fatores envolvidos no preço da semente e auxiliar na tomada de decisão para cada situação, sistema de produção e propriedade.
# Quanto maior a qualidade (germinação e vigor), melhor será o estabelecimento do estande inicial e as chances de alta produtividade
# Tratamento de sementes de qualidade é essencial. É proteção contra pragas e doenças, agrega tratamentos nutricionais e auxilia na conservação
# Escolher a variedade correta para cada ambiente é a melhor estratégia
# Cuidados no manejo são necessários e indispensáveis também para material transgênico
# O manejo da semeadura e a tecnologia isolada são complementares. Garantem alta produtividade, lucratividade e performance.
SEMENTES DE HORTALIÇAS
# Mercado de R$ 1,5 bilhão ao ano
# Principal: tomate
# Área de 823 mil hectares
# Volume comercializado de 2,4 milhões de toneladas
BIOTECNOLOGIA
# Área de 68 milhões de hectares cultivados
# 150 eventos de Bt aprovados para uso comercial (1998 – 2024)
CULTIVARES REGISTRADAS DE GRANDES CULTURAS
# 330 em 2024
# Milho: 6330
# Soja: 2659
# Arroz: 341
# Trigo: 298
# Algodão: 284
# Cana-de-açúcar: 214
CULTIVARES REGISTRADAS POR GRUPOS
Grandes culturas: 12321
Ornamentais: 9607
Olerícolas: 6855
Frutíferas: 1500
Florestais: 1109
Forrageiras: 464
Medicinais e aromáticas: 5
Outros: 1064


