13 de dezembro de 2011

Registro definitivo do biofungicida para combate a vassoura de bruxa deve sair ainda este ano

A vassoura de bruxa, praga que acomete as plantações de cacau, terá uma nova ferramenta para o seu controle. Isso porque o biofungicida Tricovab, que promete controlar a enfermidade, se encontra em fase final de registro. Já tendo atendido a todas as exigências do Ibama e da Anvisa, ele se encontra sob a atenção do Ministério da Agricultura para os procedimentos finais. A notícia é divulgada pelo Diretor Geral da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Jay Walace.

Walace afirma que o Tricovab é um importante instrumento para o controle da vassoura de bruxa. Ele explica que o biofungicida tem como agente de controle o fungo Trichoderma stromaticum – antagônico ao Moniliophtora perniciosa causador da referida doença. Quem compartilha desta opinião é o Presidente da Câmara Setorial do Cacau e do Instituto Cabruca, Durval Libânio. “O registro definitivo do produto e seu uso em larga escala irá propiciar menores perdas na produção e mais competitividade e sustentabilidade para o setor, que já contribui bastante com a conservação dos biomas Mata Atlântica e Amazônia”, diz

Libânio só lamenta o fato de que o produto não estivesse disponível antes, já que se passaram quase oito anos desde o início do processo. “É necessário que o Ministério da Agricultura se estruture melhor para dar mais rapidez aos procedimentos de registro de produtos fitossanitários, principalmente os de menor impacto ambiental.

Outros produtos
O diretor geral da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira, Jay Walace, anunciou ainda que outros produtos de controle biológico deverão ser submetidos à CEPLAC, tais como outros fungos antagônicos e óleos essenciais com comprovada eficiência no controle da vassoura de bruxa. Principal doença que afeta a produção de cacau no Brasil e em outros países da América Latina, ela causa a destruição de folhas e frutos, diminuindo a produção de amêndoas. Além disso, a enfermidade foi responsável pela queda na produção de cacau no sul da Bahia (de 400.000 toneladas para cerca de 120.000 toneladas), pelo desemprego em massa, pela emigração de cerca de 400 mil pessoas para outros locais e pela perda de cerca de 100.000 hectares de cacau – cabruca (cultivo conservacionista da amêndoa) com perdas significativas para o bioma Mata Atlântica.

Fonte: Portal Revista Fator Brasil

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.