Percevejo: 10 curiosidades sobre uma das principais pragas do Agro Brasil

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Fábio Lemos, gerente de culturas da FMC - atual

Famoso e muito temido pelos produtores rurais, os percevejos têm características que afetam diretamente sua ação nas lavouras. Presente em todas as regiões produtoras do país, os prejuízos com essa praga podem chegar até 30% do potencial produtivo, caso não seja controlada a tempo. Será que você conhece todas as curiosidades sobre os percevejos que podem ajudar na identificação e controle na sua propriedade? Vamos lá:

  1. Eles mudam de cor!

O percevejo da soja pode mudar de cor ao longo da vida. Na fase jovem, são normalmente mais claros, mas, à medida que envelhecem, suas carapaças podem ficar esverdeadas ou marrons, tornando-se mais difíceis de detectar em meio às folhas.

  1. Salto de crescimento

Os percevejos pertencem a ordem Hemiptera, grupo conhecido pelo desenvolvimento incompleto. Quando estão na fase jovem (ninfa), apresentam semelhança morfológica com os adultos, não possuindo a fase de pupa.

  1. Eles gostam de calor!

A espécie Euschistus heros, conhecida como percevejo-marrom, muito frequente na sojicultura, ocorre em toda América do Sul, especialmente em regiões com temperaturas mais elevadas, entre 22°C e 28°C.

  1. Preferência por grãos cheios

Percevejos atacam diretamente as vagens da soja, perfurando-as para se alimentarem do líquido dos grãos em desenvolvimento. Eles preferem grãos mais cheios, o que significa que seus ataques costumam ser mais intensos na fase final do desenvolvimento das plantas.

  1. Eles se escondem!

Para se proteger ou se desenvolver, o percevejo se esconde estrategicamente durante o ciclo. O que determina se eles ficarão escondidos ou não é o ambiente favorável ou desfavorável e, algumas vezes, até a temperatura do local.

  1. 116 dias e 11 milímetros

O ciclo de vida de um percevejo tem, em média, 116 dias. Do momento da oviposição até chegar à fase adulta passam-se de 28 a 35 dias e, nessa idade o percevejo-marrom mede apenas 11 milímetros. No período de ataque, ele pode gerar perdas de até 30 kg/ha por percevejo/m².

  1. Hibernação parcial

Quando a cultura da soja não está mais no campo, o percevejo-marrom utiliza outras plantas como hospedeiras, buscando refúgio até encontrar as condições ideais de sobrevivência. Além disso, tem a capacidade de permanecer em estado de hibernação parcial, desde a colheita da soja até a nova semeadura.

  1. Ele é “bicudo”

Uma característica marcante do percevejo é a boca em formato de agulha, que é utilizada para “furar” e sugar o conteúdo das plantas. Esse hábito pode reduzir drasticamente a qualidade dos grãos e até inviabilizar a colheita.

  1. Dano invisível

O grande problema com os percevejos é que, muitas vezes, o dano só é visível no momento da colheita. Eles podem murchar os grãos internamente, o que reduz o peso e a qualidade, sem que os danos externos sejam perceptíveis no início do ataque.

  1. Simultâneo às lagartas

A infestação simultânea de percevejo-marrom e lagartas, como as diferentes espécies de Spodoptera, na sojicultura tem crescido nos últimos anos. Por isso, os produtores têm aumentado as misturas de defensivos nos tanques. Uma pesquisa divulgada pela FMC, empresa de ciências para agricultura, junto à Kynetec, revelou que, na safra 23/24, a área aplicada de defensivos em conjunto, para controle dessas pragas, aumentou 31% versus a safra passada e atinge, hoje, 27% dos modos de tratamento nessas plantações.

Para o controle efetivo do percevejo-marrom e das lagartas, o manejo com inseticidas inovadores é o mais indicado. Desenvolvido para o cenário brasileiro, o Premio® Star, da FMC, possui proteção para 50 alvos biológicos em mais de 50 culturas, sendo o único produto do mercado que oferece controle simultâneo contra as principais pragas da soja e do milho, como as lagartas e os percevejos.

O inseticida passou por uma fase de otimização para extrair o melhor efeito sinérgico dos ativos e sua combinação e a proporção exatas dos ingredientes conferem uma formulação diferenciada com altíssima performance para insetos mastigadores e sugadores na mesma aplicação.

“Além de evitar as misturas de tanque, o produto tem amplo espectro de controle, longo residual e tem como referência o lagarticida Rynaxypyr®, um potente inseticida para alta performance em lagartas e a Bifentrina, referência no controle de percevejos”, ressalta Fábio Lemos, gerente de culturas e portfólio da FMC.

 

 

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