O agronegócio brasileiro segue como um dos principais motores da economia nacional, responsável por movimentar cadeias produtivas, gerar milhões de empregos e impulsionar o desenvolvimento em diversas regiões. Mas, ao mesmo tempo em que cresce em relevância, o setor também se depara com desafios cada vez mais complexos, que vão desde os impactos das mudanças climáticas e oscilações do mercado até custos crescentes de produção, entraves logísticos e riscos ambientais.
Nesse cenário de incertezas, o seguro rural tem se consolidado como uma ferramenta estratégica para mitigar riscos e garantir a sustentabilidade dos negócios. Sua atuação vai muito além da proteção das lavouras, abrangendo também infraestruturas rurais, armazéns, maquinários, animais, transportes e lojas agropecuárias, o que assegura ao produtor a recuperação em casos de perdas inesperadas e a continuidade das operações.
Para especialistas, o seguro deixou de ser apenas um recurso financeiro e passou a integrar o planejamento estratégico das propriedades e empresas do setor. De acordo com Gustavo Bentes, presidente do Sincor-MG (Sindicato dos Corretores de Seguros de Minas Gerais), o instrumento é fundamental para a segurança do produtor em um ambiente sujeito a fatores imprevisíveis.
“O produtor rural lida diariamente com fatores que estão fora do seu controle — o clima, o mercado e até questões sanitárias. O seguro é o que garante a tranquilidade para continuar produzindo mesmo diante das adversidades. Ele protege o investimento e fortalece o setor como um todo, seja na fazenda, na loja agropecuária ou na empresa que atua na cadeia do agro”, diz Bentes.
Tecnologia amplia as opções de proteção – O avanço da tecnologia tem impulsionado o surgimento de novas modalidades de seguros voltadas às diferentes demandas do agronegócio, oferecendo coberturas mais personalizadas e adequadas à realidade de cada atividade produtiva.
Com isso, cresce também a consciência sobre a importância da prevenção. A contratação de seguros tem aumentado em todo o país, refletindo uma mudança de mentalidade do setor: a proteção não é mais vista apenas como um gasto, mas como um investimento essencial para preservar o patrimônio e a rentabilidade no longo prazo.