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Governo destina R$ 96 mi para ampliar mercados da agricultura familiar na Amazônia

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Projeto Florestas e Comunidades: Amazônia Viva fortalecerá cadeias da sociobiodiversidade, com apoio do Fundo Amazônia e execução conjunta de cinco instituições federais.

 

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (9), um pacote de investimentos superior a R$ 96,5 milhões para impulsionar atividades produtivas sustentáveis e ampliar o acesso a mercados de agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia. O recurso financia o projeto Florestas e Comunidades: Amazônia Viva, apoiado pelo Fundo Amazônia e executado em parceria pelo MDA, BNDES, MMA, MDS e Conab.

Do total previsto, R$ 80 milhões serão destinados a projetos selecionados por chamada pública, com expectativa de apoiar ao menos 32 iniciativas voltadas ao fortalecimento de sistemas socioprodutivos. Os projetos poderão receber até R$ 2,5 milhões cada, abrangendo ações como fomento produtivo, compra de equipamentos, obras de infraestrutura e melhorias nas condições de beneficiamento e armazenagem.

Durante o lançamento, realizado na sede da Conab, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ressaltou que a iniciativa reforça a estratégia nacional de combate ao desmatamento e promoção da sociobiodiversidade. Ela destacou que o presidente Lula tem como compromissos pensar na sociobiodiversidade, preservar a floresta e desenvolver as pessoas que moram na Amazônia.

Além dos recursos destinados diretamente aos projetos selecionados, o governo investirá R$ 16,6 milhões para criar condições estruturantes, incluindo sistemas de informação sobre cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento das superintendências regionais da Conab. Segundo a diretora do BNDES, Tereza Campello, “é uma alegria enorme […] ajudar a construir uma política efetiva” com impacto direto na vida das comunidades.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, destacou que o programa deve reforçar o acesso das organizações locais a mercados como o PAA e o Pnae, além de incentivar sua participação no mercado formalizado. “É um legado que nós, do governo brasileiro, precisamos deixar para esse público da floresta”, afirmou.

Com foco em bioeconomia, logística, beneficiamento e adequação sanitária, o Amazônia Viva pretende acelerar a inserção de alimentos e produtos da sociobiodiversidade na economia regional e nacional. O projeto se integra às ações de retomada do Fundo Amazônia, que desde 2008 já apoiou mais de 144 projetos, beneficiando cerca de 260 mil pessoas e mobilizando doações de oito países e da União Europeia após ser reativado em 2023.

O fundo, gerido pelo BNDES, é considerado instrumento central para o cumprimento das metas climáticas brasileiras e para o fortalecimento das políticas de preservação previstas no PPCDAm.

 

DADOS E OBJETIVOS DO PROGRAMA AMAZÔNIA VIVA:

Investimento total

  • R$ 96,5 milhões destinados à agricultura familiar, povos indígenas e comunidades tradicionais.
  • R$ 80 milhões via chamada pública para projetos.
  • R$ 16,6 milhões para ações estruturantes (informação, logística e fortalecimento institucional).

Abrangência da chamada pública

  • Apoio previsto a 32 projetos selecionados.
  • Valor por proposta: até R$ 2,5 milhões.
  • Linhas de ação:
    • Fomento produtivo e beneficiamento
    • Aquisição de equipamentos
    • Obras e adequações de infraestrutura
    • Armazenagem e logística

Objetivos centrais

  • Fortalecer cadeias da sociobiodiversidade com geração de renda local.
  • Ampliar o acesso a mercados, incluindo PAA, Pnae e mercado formalizado.
  • Preservar a floresta, estimulando sistemas produtivos sustentáveis.
  • Empoderar povos da floresta com tecnologia, infraestrutura e inclusão econômica.
  • Criar sistemas de informação para apoiar a gestão das cadeias produtivas.
  • Modernizar unidades da Conab na região Amazônica.

Governança do programa

  • Execução conjunta de: MDA, BNDES, Conab, MMA e MDS.
  • Financiamento via Fundo Amazônia.

Contexto do Fundo Amazônia

  • 144 projetos apoiados desde 2008.
  • 260 mil pessoas beneficiadas.
  • Doações de oito países + União Europeia (após retomada em 2023).

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