GS1 Brasil e Embrapa reforçam parceria em favor do agro transparente e sustentável, e debatem políticas públicas e legislações, conexão entre sustentabilidade e rastreabilidade, cases de sucesso na indústria de alimentos e novas tecnologias
A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão promovendo hoje, dia 4, o ‘Agro em Código 2025’, maior encontro do agronegócio para o debate sobre rastreabilidade e sustentabilidade no setor. A parceria entre as duas organizações demonstra o compromisso em proporcionar
conhecimento e networking para especialistas, empresas, produtores e organizações empenhados em discutir como tecnologia, sustentabilidade e padronização moldam o futuro do agronegócio. Como o principal pilar da pesquisa e transformação tecnológica do campo, a Embrapa une pesquisa, inovação e padronização de processos que garantem mais transparência, competitividade e segurança alimentar. É por isso que a empresa tem papel fundamental no evento. “O envolvimento da instituição com o evento é estratégico e nasce de uma necessidade real do mercado. A ideia é mostrar a importância da padronização nos processos de rastreabilidade”, justificou o pesquisador da Embrapa Agricultura Digital, Anderson Luis Alves,.
Na parte da manhã, a terceira edição do evento foi aberta com as falas de Jana Silva, do Cubo Itaú, João Carlos Oliveira, presidente da GS1, e Stanley Oliveira, da Embrapa Agricultura Digital. Estão participando 150 profissionais de empresas do agro, startups, firmas de rastreabilidade e entidades de classe. Do Brasil, México, da Argentina, Colômbia e dos Estados Unidos. Na sequência, João Carlos e Stanley assinaram um termo de cooperação entre a GS1 e a Embrapa, para acelerar o processo de tecnologia no campo brasileiro, principalmente dirigido aos pequenos e médios produtores. “Estamos presentes em 150 países,
atuando com dois milhões de empresas. Queremos acelerar os processos de coleta de dados e digitalização dos processos ao longo de toda a cadeia produtiva do segmento”, prometeu João Carlos Oliveira.
A primeira apresentação coube ao Conselheiro para Mudanças Climáticas, Meio Ambiente e Energia da Delegação da União Europeia no Brasil, Laurent Javaudin, ao lado de Francesca Poggiali. “Acompanhamos o trabalho brasileiro ao longo dos anos no sentido de atender as exigências ambientais e de rastreabilidade implementadas pela legislação europeia. Pelo governo federal e também os estados. E tivemos ótimas informações durante a COP30, no Pará. Tenho certeza que os dois lados vão se entender e incrementar o nosso comércio bi-lateral”, afirmou Laurent. Em seguida, Bruno Vilela, Superintendente de Negócios da Serpro, apresentou a Plataforma Agro Brasil + Sustentável. Espaço para validar dados e certificações dos produtores rurais brasileiros, aberto a todos os agentes que negociarem juntos. A manhã terminou com o painel ‘Protocolos de rastreabilidade e sustentabilidade nas cadeias agropecuárias e a lei da EUDR – O Brasil está preparado?’. Participaram Anderson Alves (Embrapa), Aécio Flores (ABCAR), Eduardo Chikusa (MRE/Itamaraty), Leonel Almeida (MBRF), Pedro Garcia (ABIOVE) e Allana Rodrigues.
A tarde mostrará outros dois painéis. ‘Taxonomia Sustentável, Financiamento Verde e Rastreabilidade – O papel dos investidores e bancos. Com Camila Genaro (FGV), Paulo André Camuri (Imaflora), João Adrien (Itaú BBA) e Eduardo Bastos (MAPA). E ‘IA, Big Data e Blockchain no Agro – Como tecnologias emergentes estão revolucionando a rastreabilidade’.
Com Karen Baldin (CUBO), Mariana Granelli (Usina Granelli), Eduardo Castilho (Granjas 4 Irmãos), Henry Shigetomi (Suzano), Luiz Antonio Marques (Suzano), Eliel Schimidt (Marvinblue) e Natália Kurimori (Rever Consulting).
Rastreabilidade
A rastreabilidade é hoje um dos temas mais estratégicos para o agronegócio brasileiro e, consequentemente, para a segurança alimentar, já que é o primeiro passo para a cadeia de suprimentos informar à população a origem e a confiabilidade dos produtos que oferece. Mas não é só isso. É um processo que gera constantemente um repositório de dados importante para estruturar informações confiáveis sobre tudo o que acontece com um produto ao longo de sua cadeia produtiva. Do ponto de vista dos negócios, os dados ajudam a melhorar processos, reduzir desperdícios e tomar decisões com base em evidências. Além disso, a garantia de conformidade dos produtos atende a exigências de países que importam produtos do Brasil.
Padronização
Para a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, a chave da transformação digital no agro e o avanço dos negócios está na padronização. Em um segmento onde diferentes
empresas, indústrias e produtores usam sistemas próprios ou terceirizados, o uso de padrões globais GS1 garante que todos consigam falar a mesma língua digital para que as informações fluam com qualidade e segurança ao longo de toda a cadeia. A parceria entre GS1 Brasil e Embrapa se torna estratégica na união da pesquisa aplicada, da tecnologia e dos padrões internacionais para fortalecer a competitividade do agronegócio brasileiro.


