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Reabertura da China para carne de frango brasileira é vitória técnica e diplomática, destaca ABPA

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Após superar foco isolado de Influenza Aviária, Brasil conquista reabertura de seu principal destino de exportações avícolas, consolidando atuação técnica e política coordenada entre governo e setor privado.

 

A China oficializou a reabertura de seu mercado à carne de frango do Brasil, encerrando um período de suspensão iniciado após o único foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) registrado no país, em maio. O anúncio foi comemorado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que destacou o trabalho conjunto entre o governo e o setor produtivo para restabelecer as exportações.

Segundo a entidade, a rápida erradicação da doença e a pronta recuperação do status de país livre de IAAP pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) foram determinantes para a retomada. “Houve um amplo e altamente profissional trabalho de negociação, com a redefinição de certificados sanitários e forte articulação diplomática”, afirmou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

O Ministério da Agricultura e Pecuária, sob liderança de Carlos Fávaro, mobilizou suas secretarias de Relações e Comércio Internacional, de Defesa Agropecuária e contou com o apoio direto da Presidência, Vice-Presidência e do Itamaraty nas tratativas. O esforço garantiu a reabertura gradual dos mercados, culminando agora com o retorno da China — último grande importador ainda fechado.

Até a suspensão, o país asiático ocupava o posto de principal comprador da proteína brasileira. De janeiro a maio, adquiriu 228,2 mil toneladas, o equivalente a 10,4% das exportações nacionais do período, com receita de US$ 545,8 milhões. Para a ABPA, a decisão chinesa reforça a confiança internacional na segurança sanitária e na capacidade de resposta do agronegócio brasileiro.

Tanzânia – A ABPA celebra também o anúncio do MAPA sobre a abertura do mercado da Tanzânia para produtos de aves e suínos do Brasil. A informação foi confirmada hoje (07/11) pelo Secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, em evento realizado em Brasília (DF).

A decisão das autoridades tanzanianas permitirá a exportação de carne e produtos de aves e suínos, ovos férteis e pintos de um dia, além de outros produtos agropecuários brasileiros, marcando um novo capítulo na ampliação da presença nacional no continente africano.

A Tanzânia, com cerca de 70 milhões de habitantes (63% de cristãos e 33% de muçulmanos), é o quarto país mais populoso da África Subsaariana e deverá alcançar 140 milhões de habitantes até 2050, segundo projeções das Nações Unidas. O país também tem um setor de turismo e hospitalidade altamente dinâmico, que responde por mais de 17% do PIB tanzaniano e emprega 11% da força de trabalho, com destaque para o turismo de safári e os destinos litorâneos – segmento que é um importante canal de demanda para produtos avícolas e suinícolas, impulsionando o consumo fora do lar e o fornecimento a redes hoteleiras e gastronômicas.

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