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Demanda por genética bovina cresce no Brasil e no exterior, indica ASBIA

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Aumento de doses para corte e leite, salto nas importações e expansão da inseminação artificial mostram confiança na pecuária brasileira.

 

O uso de genética bovina avançou de forma significativa no terceiro trimestre de 2025, segundo o Index ASBIA, elaborado pelo Cepea a pedido da Associação Brasileira de Inseminação Artificial. O levantamento indica que o total de doses comercializadas — somando corte e leite — cresceu 11,7%, passando de 7,4 para 8,3 milhões entre julho e setembro.

Na pecuária de corte, o aumento foi de 11,5%, com avanço de 5,9 para 6,6 milhões de doses. No leite, o crescimento foi ainda maior: 12,4%, subindo de 1,5 para 1,7 milhão de doses. Para a ASBIA, os dados reforçam a tendência de adoção da genética como instrumento de ganho de produtividade em sistemas de cria, recria e produção leiteira.

A produção nacional de sêmen também registrou salto expressivo: 29,6%, totalizando 6,9 milhões de doses. O movimento foi acompanhado pelo avanço das importações, que cresceram 29,8% no período (1,7 para 2,3 milhões de doses), ampliando a oferta de material genético de alta avaliação disponível no país.

O comércio exterior igualmente refletiu o bom momento. As exportações de sêmen de corte aumentaram 26,7%, chegando a 222.903 doses, enquanto o volume destinado ao segmento leiteiro subiu 20,5%, atingindo 89.460 doses. Para a executiva da ASBIA, Lilian Matimoto, os números evidenciam a força da pecuária nacional no mercado global: “Essa é uma demonstração clara do quanto o mercado internacional confia na qualidade da nossa pecuária – uma das mais importantes do mundo”.

Outro indicador relevante foi a prestação de serviços, que cresceu 7,4% (de 325.685 para 349.719 doses). Esse modelo permite que produtores multipliquem genética própria com apoio de empresas especializadas, ampliando alternativas de melhoramento.

Para Matimoto, os resultados confirmam o avanço da cultura da inseminação artificial no país. “Temos trabalhado para levar a mensagem da importância do investimento em genética… e sentimos que essa dedicação tem surtido efeito”, afirma. O Index identificou uso da técnica em 78,7% dos municípios brasileiros no trimestre.

Os dados completos podem ser consultados no site da ASBIA (www.asbia.org.br), que desde 1974 atua na difusão da inseminação artificial e na articulação com o setor produtivo e o governo.

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