Uma empresa do GRUPO PUBLIQUE

Brasil apresenta modelo ILPF à COP30 como exemplo global de sustentabilidade

Compartilhe:

Sistema de integração entre lavoura, pecuária e floresta ganha destaque na AgriZone e reforça papel do Brasil no combate às mudanças climáticas.

 

O Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) será uma das principais vitrines do agronegócio brasileiro na AgriZone, espaço de inovação e sustentabilidade que funcionará paralelamente à COP30, em Belém (PA). Localizada a 1,8 km dos pavilhões oficiais da conferência, a área organizada pela Embrapa Amazônia Oriental reunirá 45 cultivares e 30 sistemas produtivos de baixo carbono, em uma demonstração viva de como o campo pode ser aliado do clima.

Na Fazenda Álvaro Adolfo, vitrine da intensificação sustentável da Embrapa, o público verá sistemas integrados que combinam grãos, pecuária e florestas em uma mesma área. Estão incluídos modelos com eucalipto, teca, consórcios de gramíneas e leguminosas, além de cultivos de soja, milho, arroz, caupi e amendoim, exemplificando a diversificação de arranjos produtivos de baixo impacto.

A programação inclui também experiências de realidade virtual, permitindo visitas imersivas a propriedades que adotam o sistema ILPF, e um painel temático, no dia 11, sobre “Sistema Brasileiro de Agricultura de Baixo Carbono”, com representantes da John Deere, Embrapa, Suzano, Bradesco e Rede ILPF, sob moderação da Syngenta.

Para o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro, a tecnologia é símbolo de autonomia e segurança econômica para o produtor: “A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta significa a emancipação do produtor, porque tem renda de curto prazo nas lavouras, o gado no médio e o componente florestal no longo prazo”. De acordo com a Rede ILPF, o sistema já ocupa 17,4 milhões de hectares no país e tem potencial de alcançar 159 milhões de hectares de pastagens aptas à conversão, sem necessidade de novas áreas agrícolas.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, ressalta o papel ambiental do modelo: “Cada árvore no Sistema ILPF sequestra mais de 100 toneladas de CO₂ equivalente por ano.”

Combinando produção e conservação, a ILPF melhora a fertilidade do solo, reduz custos com insumos e torna o sistema mais resiliente às mudanças climáticas. O manejo adequado das pastagens e o abate precoce do gado contribuem para a diminuição das emissões de metano, enquanto o componente florestal amplia o sequestro de carbono.

“Abre-se na Conferência uma janela global de reconhecimento para a sustentabilidade do agro brasileiro”, conclui Matturro, destacando que a COP30 será uma oportunidade inédita para o país mostrar ao mundo como a ciência e a inovação já fazem parte do DNA do campo brasileiro.

Encontre na AgroRevenda