Empresa mira o futuro, inaugura uma nova sede, cria um conceito inovador de redistribuição, aumentando a sua capacidade de armazenagem e ainda ergue um campo de inovações, estúdio de alta tecnologia, agência própria de publicidade e centro de treinamento.
A tarde agradável e ensolarada de outubro estava terminando em Paulínia, cidade grudadinha em Campinas. Falando para um grupo de aproximadamente 150 pessoas, na entrada de um grande galpão, o engenheiro agrônomo de olhos verdes vívidos, descendente de imigrantes italianos, ficou sem voz. E com lágrimas no rosto, parou por segundos. E emendou: “Em toda a minha vida, eu nunca imaginei viver um momento assim. Nem eu, nem meu sócio Vado”. Um dos nomes mais representativos da redistribuição de insumos agrícolas do Brasil, Luiz Rossi Neto, Diretor da AgRoss, estava abrindo as portas de um complexo histórico na trajetória de 27 anos da empresa no Agro Brasil. Uma estrutura para viabilizar ao fornecedor uma redução de custos nas operações de acesso, adicionar o valor tempo em todo o processo e manter um campo de testes de novas tecnologias para potencializar a entrega das indústrias e garantir resultados ao produtor atendido por 2.300 pequenas e médias revendas ligadas à AgRoss. Uma iniciativa dele e do sócio Vado Montagnana.
Um complexo de 70 mil m² de armazenagem, três lajes, câmara fria para produtos biológicos e sementes, central de contingência para os Centros de Distribuição secundários espalhados pelo país. Ainda abriga a matriz da corporação, todas as divisões e empresas do grupo, estúdio de alta tecnologia para a TV AgRoss, agência de publicidade própria, centro de treinamento, auditório para clientes e centro de almoxarifado de manutenção para atender as frotas de veículos. E mais. Salas para a diretoria, marketing, financeiro, auditório, gestão de frota, logística, refeitório, Tecnologia da Informação, Jurídico. Incluindo a empresa financeira de fundos de investimentos creditórios, que fornece lastro de crédito para a operação logística comercial.
Sem falar em uma novidade quando tratamos de redistribuição de insumos no país. O Campo de Inovações AgRoss (CIA). “Tudo aqui foi pensado para acompanhar o crescente mercado de defensivos agrícolas, pois acessar mercados em um país continental é um dos investimentos mais caros e relevantes em toda a cadeia de trânsito dos insumos agrícolas”, explicou Luiz Rossi Neto, um dos diretores proprietários da AgRoss. “O custo dos insumos está alto. Temos que reforçar o valor da distribuição, que é fazer o que o fabricante não consegue. E falo isso pensando num panorama de uma década inteira pela frente. Queremos seguir a nossa tradição e o nosso pioneirismo, viabilizando ao nosso fornecedor uma redução real de custos, com logística de acesso e agregando valor no processo. E para suportar essa nova operação, aumentamos nossa capacidade de armazenagem consideravelmente, em todas as unidades”, acrescentou.
Foi o ponto alto de uma tarde/noite especial. A cerimônia de inauguração foi realizada no espaço de armazenagem de defensivos e contou com a presença de presidentes e diretores da esmagadora maioria das indústrias parceiras de defensivos agrícolas, a direção da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV), e vários funcionários da AgRoss. Todos acompanharam vídeos com explicações sobre os conceitos que envolvem as novas unidades e a história da corporação. O primeiro a falar foi o ex-ministro Aldo Rebelo, que destacou a força empreendedora e preservacionista do agronegócio brasileiro. “Nenhum país no mundo tem a capacidade produtiva que nós temos. Uma lei tão rigorosa em nome da natureza. E, graças a homens como o Luiz e o Vado, e empresas como a AgRoss, o Brasil tem conseguido garantir a segurança alimentar da nossa população. E do mundo também. E, mesmo com perseguições insistentes como a da União Europeia, com esse absurdo da legislação do desmatamento, seguiremos com a agenda da natureza e da preservação, mas também do desenvolvimento”, afirmou.
Na sequência, Luiz Rossi assumiu a apresentação, falando da grande paixão nutrida pela família, o agro e o Palmeiras, clube de adoração dele e do pai. E fez uma homenagem especial a três profissionais com histórico de atuação ao lado da redistribuidora. Elenice Franco, que há 23 anos atende na AgRoss pela FMC. “Nós estamos construindo uma história muito bonita juntos. Tenho muito orgulho. O Luiz e o Vado são meus ídolos”, comentou sorrindo Elenice. Outro lembrado foi João Bosco Freitas, Gerente de Negócios da Corteva. “A AgRoss sempre fez sucesso, desde os primeiros anos, com muitas inovações e tecnologia. Agradeço muito por essa lembrança”, falou emocionado. Por último, lembrou a memória de Antônio Carlos Queiroz, ex-presidente da Monsanto, que trabalhou anos ao lado de Luiz Rossi. “Esse Rossi é corajoso. Tinha uma bela carreira construída e resolveu iniciar uma atividade nova. Ele é um caso único de sucesso no agronegócio brasileiro“, falou o representante do homenageado, o ex-diretor da Monsanto Osmar Bergamaschi, que não pôde comparecer, mas já garantiu que vai visitar a empresa em breve.