Distribuidores apostam no Brasil!

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Congresso da Associação Brasileira dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV) reúne 15 mil profissionais, mais de 250 empresas expositoras e aposta na AgroEconomia independentemente da Política

“O Brasil vai emergir de toda essa confusão política nacional e internacional. É certo que o mundo nunca mais será tranquilo, porém, temos agricultura, terras, energia. E gostamos de tecnologia. A economia vai subir de novo, independentemente da política. Nós é que estamos nos atrapalhando. Mas o Brasil vai se industrializar novamente, querendo ou não. Em torno de conceitos novos. Produção agropecuária e segurança alimentar. Só precisamos querer mais. Porque o horizonte é azul. E a Distribuição do Agro tem um poder sensacional de espalhar insumos pelo país e pode, ainda, levar outros tipos de produtos para todos os estados porque já têm logística adotada. Não se assustem com ‘três anos de tumulto e vento contra’. A vocação do setor é irreversível. E vai continuar crescendo, impulsionado por mais dois bilhões de habitantes que vão nascer nos próximos 25 anos”. A previsão objetiva e serena foi o ponto alto da apresentação do ex-ministro da Economia, empresário e professor Paulo Guedes, para um auditório lotado, no encerramento do 13º Congresso promovido em São Paulo pela Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), debatendo o tema ‘Agroeconomia Brasileira em Primeiro Lugar: Como assegurar o nosso propósito de alimentar o mundo. “Nos próximos 20 anos, o Brasil seguirá no ritmo da prosperidade do ponto de vista do campo. Crescendo entre 4% e 5%. Desde que tenha boa administração econômica e política. E o agro e a indústria devem caminhar juntos para essa evolução contínua, apoiado em inovações sustentáveis. E quem tem distribuição tem força”, disparou. Final que simbolizou bem os três dias de intensa movimentação em debates, negócios e relacionamento envolvendo quinze mil pessoas do segmento. Mercado que faturou R$ 151 bilhões no ano passado, com a área de insumos respondendo por R$ 94,8 bilhões e a comercialização de grãos R$ 33,3 bilhões. Encerramento que ainda contou com uma homenagem especial a Paulo Tibúrcio, Presidente Executivo da ANDAV pelos cinco anos de trabalho à frente da Associação.

O público da cerimônia também ouviu mais opiniões do ex-ministro sobre a história da economia internacional. Ele enfatizou que quatro bilhões de eurasianos saíram da linha da miséria e do socialismo instalado na maioria destes países nos últimos oitenta anos. Um fenômeno da globalização iniciado depois do fim da segunda guerra mundial, vencida pelos americanos. Um sucesso do modelo. Democracia e mercados. “Foram anos de liberdade. As nações derrotadas receberam ajuda importante dos vitoriosos. Alemanha, Japão, Europa também. Organizações internacionais importantes foram criadas, como Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial, etc. Oito décadas, todo mundo melhorando. Vitória das economias de mercado. E a época acabou. Não volta mais. O Brasil não viveu com intensidade esse momento. Sofremos com o avanço do Oriente. E, agora, o Ocidente está em crise, totalmente sem esperança. Nosso mundo parece um tumulto. Distúrbios políticos, guerras, ameaças, retaliações. Porém, o mercado freia um pouco, mas sempre demonstra solidez. Temos que acreditar nisso”, aconselhou.

DISTRIBUIÇÃO
A sugestão do ex-ministro da Economia do Governo Jair Bolsonaro sempre foi seguida pelos distribuidores. Tanto para as tecnologias como para a
sustentabilidade. O tema esteve em debate e ganhou força na posição de vários empreendedores do setor. “É necessário investir em governança e compartilhar com seus clientes as informações de forma transparente e ágil. Isso colabora com a eficiência dos serviços. O produtor está pronto para absorver novas funcionalidades e processos para o crescimento da agricultura sustentável”, justificou o CEO da Fiagril, Henrique Mazzardo. O chefe da geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Laurimar Vendrusculo, comentou que aplicar a ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta) traz mais resiliência diante dos efeitos das mudanças climáticas. “A tecnologia demanda uma mudança na forma de pensar a produção. Os distribuidores podem fornecer insumos agregando valor aos sistemas desenvolvidos”, disse. Para a chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente, Paula Packer, é momento de ’tropicalizar’ a sustentabilidade brasileira, mostrando sua verdadeira vocação como um país produtor. “Precisamos aprender a comunicar nossos indicadores. Há tecnologia para mitigar e adaptar”, reiterou.

E a mulherada chegou com tudo no Congresso, destacando a administração do negócio, marketing, questões tributárias, vendas e recursos humanos. Para a diretora da Adagro, Priscila Favaretto, a boa gestão deve ir além da temática operacional e abarcar a perspectiva estratégica do negócio. A sócia da Apoio Agrícola, Luciana Chaves, ressaltou que o produtor rural quer mais do que apenas adquirir o produto. “Ele quer apoio, consultoria, assistência técnica, pós-venda”, garantiu. A coordenadora jurídica da Agro Hara, Jaqueline Hara, lembrou de especificidades do agro, como os créditos presumidos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que ficam retidos e consequentemente impactam no caixa dos distribuidores. Já a gerente de marketing da Aprovar Agropecuária, Fernanda Nogueira, pontuou a busca por um marketing de insumos mais humanizado e não apenas somente pelo ponto de vista puramente comercial.

Tantos desafios na verdade consolidam um segmento hoje representado por mais de 3,4 mil distribuidores associados. Um quadro que triplicou nos últimos quatro anos. Mercado crescendo em infraestrutura, com alta de 7,8% sobre o número de lojas de janeiro de 2023. Que promete novas 419 lojas até o fim deste ano. Dando emprego a mais de 48 mil trabalhadores.

Negócios que fazem história!

É como uma ciranda. Começou no início dos anos 1970. O país resolveu plantar com energia. Empresas estrangeiras e empreendedores nacionais começaram a produzir tecnologia para lavouras e rebanhos. Agricultores e pecuaristas pegaram enxadas, máquinas e cavalos. Mas o campo era imenso. Mais de 8,5 milhões de km². Como levar insumos a fazendas, sítios, chácaras? As mãos da distribuição fecharam a roda. E as empresas sempre confiaram nesta parceria. Basta andar pelos corredores limpos, coloridos e refrigerados da feira de negócios do Congresso ANDAV, a cada ano mais amplos, para atestar uma parceria histórica, revolucionária, incomparável na economia mundial.

E são vários exemplos. “A presença aqui reforça a proximidade da companhia japonesa junto ao cliente, promovendo constantes investimentos em serviços que tragam maior conveniência no dia a dia deles e também na atuação do desenvolvimento de novas tecnologias por meio de uma agricultura mais sustentável”, afirmou Luciano Veronesi Jaloto, diretor de Marketing Brasil da Sumitomo Chemical. A companhia mostrou em São Paulo toda a liderança em pesquisa, desenvolvimento e na produção de Bio Racionais, além de trazer novas moléculas para o mercado de proteção de cultivos químicos, que ajudam a desenvolver um manejo mais sustentável no campo, promovendo uma experiência diferenciada para parceiros e clientes. “São serviços, benefícios e iniciativas que contribuem nos negócios, entendendo as necessidades dos produtores e trazendo soluções práticas para seu dia a dia”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, tem gente nova chegando, com força e resultados comprovados. A marca Tecnomyl é líder no Paraguai e atua no Brasil desde 2018. Os planos são ousados. Chegar a 5% de market share em três anos, num país que é um dos quatro gigantes mundiais. E a proposta é direta. ”Somos uma empresa fácil, que faz e entrega. Queremos mostrar nossa qualidade aqui também. Nossas fortalezas. Estamos no jogo para participar do mercado. Presentes no Brasil inteiro. E muito felizes com os resultados da feira. Temos o melhor time do mercado e um portfólio muito amplo”, explicou Marcos Sarabia, fundador do Grupo. Outros executivos estavam animados com a presença na ANDAV, inclusive para atestar o portfólio da empresa. “Temos um plano ousado para o Brasil. São 56 produtos atualmente e outros 80 para chegar. Banco de produtos robusto porque o agro é muito dinâmico. O produtor espera isso e queremos oferecer à altura”, emendou José Itamar Silveira Filho, Gerente de Marketing da Tecnomyl Brasil. Recado mais do que apoiado pelas áreas Comercial e de Operações da empresa.  “O Congresso ANDAV é um evento fantástico. Recebemos centenas de amigos, sem parar. Acho muito gratificante ajudar uma empresa a se instalar no Brasil. Isso move a gente. Entregar para os clientes, os acionistas e colaboradores”, ratificou Rogério Alencar, CFO da Tecnomyl.

“Temos o melhor time do mercado e portfólio amplo. Vamos carregar isso por muito mais tempo e somos uma empresa ‘de dono’. Ele está dentro das atividades. Mostramos uma história consolidada no Paraguai, trouxemos isso para o Brasil há seis anos. Operação para o país inteiro, em várias culturas, com centros de distribuição em quinze estados. E vamos avançar fortemente nos próximos cinco anos para onde ainda não estamos”, cravou Roberto Valadão, Diretor Comercial.

Velocidade também firmada pela Agroallianz no Brasil, que apostou em entrar no mercado nacional de defensivos. “Estamos vivenciando uma concentração acelerada nos últimos cinco anos e precisávamos agir de uma forma diferente. Por isso a parceria estratégica com a Coopercitrus, anunciada há quatro meses, dando mais combustível à distribuição. Somos uma empresa orientada ao cliente e a Coopercitrus simboliza muito isso”, explicou Thiago Pedroso, Gerente Comercial Brasil da empresa. Outra união consagrada na Feira foi a da Ourofino Agrociência e as  multinacionais FarmHannong e ISK. O Terrad’or é um herbicida para manejo de plantas daninhas resistentes, como buva, capim-amargoso e outras. Que possui amplo espectro, que reduz as perdas de produção no campo de forma rápida e eficaz. “É uma molécula nova e que vem garantindo mais produtividade aos agricultores”, sacramentou Marcelo Abdo, CEO da Ourofino Agrociências.

Avançar a mil também é com os biológicos. O volume e a diversidade impressionam. Inseticidas, controle, fertilizantes, estimulantes. Chamam cada vez mais a atenção dos produtores e dos distribuidores. E eles não substituem apenas os químicos. “É um mercado bem amplo. Por isso, temos uma campanha verde, pregando que nossa empresa é escolha natural. Trouxemos vários lançamentos, em diversos vários cultivos. Bactérias desenvolvidas para proteger planta e solo. Defesa contra falta de água e altas temperaturas”, apontou firme Rogério Rangel, Diretor de Marketing da Biotrop.

E é novidade que não acaba mais. Até a água salgada dos oceanos proporcionam extratos para melhorar colheita e qualidade das lavouras. Ricardo Dias, o Diretor Comercial da Acadian Plant Health para o Brasil e o Paraguai, fala sobre uma empresa e um produto apaixonante. “Solução que entrega, é sustentável, faz com que o produtor colha mais e com qualidade. É fácil contar essa história. Falar com as revendas. De onde vem a alga, os bioativos extraídos, método de extração. São pilares do extrato de uma alga. Retirada no mar do Canadá. Trabalhos comprovando a eficiência para a agricultura, e com parceria importante da Koppert, além de outros, que formulam com a gente”, declarou animado.

A Microgeo também está de olho nos mesmos propósitos e quer abraçar cada vez mais as revendas. Lançou o Programa Sinergia, que estabelece regras de gestão do ambiente de negócios que permitam criar, compartilhar e capturar valor, beneficiando tanto a empresa quanto seus parceiros distribuidores. “Precisamos do distribuidor, temos paixão pelo campo como eles. Vamos chegar ao agricultor com qualidade, maximizar os resultados fisiológicos da planta e dos solos. Nascemos com um agricultor. Precisamos dessa energia no nosso modelo de negócio“, rogou Adriano Holand, CEO da Microgeo.

E tratar de distribuição é falar em importação de produtos básicos para o cultivo das plantações. Assunto que está na ‘ponta da língua’ de quem frequenta o Congresso há anos. “A ANDAV é sempre um dos principais pontos de encontro do setor, logo, um ambiente perfeito de conexão e transmissão das nossas competências e habilidades com o Comércio Exterior para o setor. A importação e a exportação destes insumos estão presentes no nosso dia-dia através do desembaraço aduaneiro, além de todo o conhecimento que absorvemos de novidades tecnológicas e tendências do Agro. E se tem agro, a Done Solutions está presente”, garantem os sócios da empresa Samara Baraldi e Luciano Vieira.

Realmente, atrelar o negócio industrial a uma distribuição eficiente em todo o território também está na mira de gigantes tradicionais. Como a UPL, que levou a São Paulo o conceito de ‘Casa de Soluções’, centralizando todas as necessidades dos distribuidores de insumos, sempre se baseando em soluções tecnológicas desenvolvidas com base em pesquisa e inovação. “Com isso, reforçamos nosso posicionamento como uma parceira na oferta de produtos eficientes para o manejo de todo o ciclo das mais diversas culturas agrícolas, do preparo da plantação até o fim da colheita”, destacou Giuliano Scalabrin, Diretor de Negócios da UPL.

Eficiência é uma boa definição para uma companhia que tem apenas quatro anos de operação, mas não hesita em ofertar, e bem, para as revendas. Um verdadeiro mantra para os sócios da AgriConnection Daniel Dias, Evaldo Carvalho e Flávio Mata. Novidades sem parar para o mercado. “Vivemos um novo momento, com um olhar especial direcionado também para empresas japonesas e europeias. Somos uma boa opção para a distribuição de novas tecnologias. Somos uma bela forma de acessar o mercado brasileiro”, garantiram.

E alcançar clientes num país gigantesco ainda exige manobras modernas de gente com muito tempo na estrada. Mais de quarenta anos depois, a Casa Bugre aproveitou a ANDAV 2024 para lançar oficialmente o Grupo, junção da marca com AgriForlife, Krilltech e Agrilife. “Foi um evento excelente, erguemos dois estandes, tivemos um movimento incrível de público, lançamos o Grupo e ainda fizemos as gravações para um podcast onde ouvimos ideias e soluções trazidas por revendedores, empresários, produtores, técnicos, pesquisadores de universidades, consultores e inovações”, comemorou Flávio Maia, CEO do Grupo Casa Bugre. “Tudo sempre movido pelo conceito que entregamos todo dia: interesse genuíno no produtor rural”, emendou Everton Molina, Diretor de Marketing da empresa.

ENTIDADES E COOPERAÇÃO
A evolução da agricultura da porteira para dentro colocou o Brasil em um novo patamar. “Mesmo assim, o setor ainda lida com problemas recorrentes como falta de crédito e subsídio, e a logística mais cara do mundo”, enfatizou o presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Nilson Leitão. Desde a criação, em 2011, o IPA tem colaborado para a modernização da legislação brasileira. Hoje, são 59 entidades participantes, incluindo a ANDAV, que conta com a organização do IPA junto a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), nas agendas para debater os temas e defender os interesses da agricultura. Os temas principais são regularização fundiária, marco temporal, modernização da lei dos defensivos e das novas ferramentas do Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais). “As entidades têm trazido o debate e provocado uma mudança de comportamento na política do agronegócio”, provocou Nílson Leitão. Neste caminho do associativismo, a Andav assinou dois acordos de cooperação para contribuir com o desenvolvimento técnico do Agro, completando nove compromissos. Com a Secretaria de Agricultura do Estado de Minas Gerais, para desenvolver ações nas áreas de armazenamento, comércio e transporte de insumos agropecuários, além de boas práticas agrícolas. Ao lado de Caio Coimbra, subsecretário de Política e Economia Agropecuária do Estado. E com a Associação Nacional das Empresas de Produtos Fitossanitários (AENDA), para executar projetos na área de capacitação e realizar ações regulatórias no setor industrial e na área de distribuição de insumos. Ao lado do diretor executivo da AENDA, Luis Carlos Ribeiro.

O objetivo é um só. A Agroeconomia. Termo que nasceu logo na abertura do evento. Força no campo para enterrar os fantasmas da segurança alimentar, transição para a descarbonização, mudanças climáticas e desigualdade social. Luta certa da agricultura e pecuária do Brasil. “Um desafio maravilhoso. Temos um papel central em termos planetários”, instou o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues. E ele justifica. Nossa safra de grãos é igual a uma fila de caminhões de 57 toneladas que dá três voltas ao redor do mundo. Usando apenas 9% do território brasileiro. Com matriz energética renovável em 47,4%. Biomassa, hidráulica, carvão vegetal e lenha, eólica, lixívea e outras renováveis. A do mundo é de míseros 15%. “A Andav é o meio de campo do agro, que liga as pontas da indústria à fazenda, como no futebol. Representa 23,8% do Produto Interno Bruto 9PIB) nacional, 26,2% dos empregos, 49% das exportações, com US$ 166,6 bilhões”, emendou Aldo Rebelo, ministro de várias pastas do governo petista.

Um retrato que espelha bem uma jornada de 33 anos, atuando sempre para distribuir insumos e cumprir as leis, como o Código Florestal. Promovendo um novo agro, ajudando a descarbonizar as cadeias produtivas, integrar as áreas rural e urbana. Originar novas oportunidades de emprego, outros sistemas integrados de produção e comercialização; mais eficiência e qualidade. Sabendo que em mundo conectado, o consumidor sempre vai estar no centro das decisões. “O agro é muito importante na vida de todos”, reforçou Paulo Tibúrcio. “A sociedade brasileira precisa apoiar a atividade por causa de sua amplitude, importância. Ajudamos a construir o território do país”, reforçou Aldo Rebelo.

A convocação serviu como provocação para outros debates. Como a COP30, que vai ser realizada no ano que vem, no Pará, e que vai ter como assunto principal o bioma Cerrado, que responde por cerca metade da produção de cana de açúcar (SP e centro-sul), café (MG), eucalipto (MG e MS), milho e soja (Centro-Oeste), e 98,8% da produção nacional de algodão, em especial em Mato Grosso e Bahia. Dados de estudo da Embrapa Territorial sobre uma área que ocupa 204 milhões de hectares, abrangendo 12 estados e o Distrito Federal, foram apresentados pelo chefe geral, Gustavo Spadotti. As lavouras ocupam apenas 14,2% do bioma e as pastagens, 29,4%. O rebanho bovino é estimado em 78 milhões de cabeças. São cerca de 52% de área coberta por vegetação nativa. “A recuperação das áreas degradadas e a intensificação têm sido constantes. A falta de logística levou à verticalização dos sistemas de produção (soja, milho para ração, etanol para o biodiesel). Agora, cresce ainda mais a importância da inovação tecnológica. O Agro brasileiro é exemplo de práticas sustentáveis em vários elos da cadeia”, disparou.

E exemplo de crescimento também, com potencial para ampliar a participação na exportação de grãos e carnes. Segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês), o agro brasileiro será responsável por 66% da soja adquirida em mercados globais, 33% de milho e 30% de algodão até 2034. Nas vendas externas de frango o país pode chegar a 41%, enquanto carne suína com 19% e carne bovina com 29%. “Alta produtividade e baixas emissões caracterizam o agro brasileiro. Nossa agricultura tropical tem uma capacidade fotossintética três vezes superior à agricultura temperada e o uso intensivo aperfeiçoa nossos solos”, pontuou o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Corrêa Carvalho. Outro ponto tratado foi o crescimento de medidas protecionistas, que exigem a cooperação e a revitalização de forma efetiva do multilateralismo. “Cooperação está ligada à criação de alianças com atores importantes que podem trabalhar conosco para equacionar o desafio do unilateralismo”, avaliou Luiz Carlos, na mesma toada da diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori. “Temos que trabalhar o acesso ao mercado, a representação da marca institucional do país como produtor sustentável e que o crescimento pela demanda de alimento mundial estará em países do Sudeste Asiático e da África Subsaariana. Por isso, o Brasil precisa de estratégia para exportar seus produtos para esses locais. Não devemos fechar os olhos para os blocos compradores, pois a União Europeia continuará demandando assim como a China. E o distribuidor tem o papel de levar a informação ao produtor sobre os mercados promissores que irão demandar os produtos”, indicou. A China, mesmo com um processo de crescimento menor da economia, continuará sendo um mercado fundamental para o agro, avaliou a diretora executiva do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Claudia Trevisan. Outro país promissor é a Índia, que em 2050 deverá ter uma concentração populacional de 1,670 bilhão de pessoas.

Mas o caminho do futuro também reserva cuidados. Os preços das commodities, incluindo as agrícolas, devem apresentar tendência de alta à medida que o Banco Central dos Estados Unidos reduzir as taxas de juros, movimento que é aguardado para este segundo semestre. “Em razão do quadro de desafio fiscal nunca antes ocorrido, eles caminham para uma recessão, independentemente de quem vença as eleições presidenciais de novembro. E os dados históricos mostram que quando os juros caem nos EUA, as commodities se valorizam, com o inverso acontecendo quando as taxas se elevam. No entanto, este movimento de recuo nos juros será momentâneo já que projeções, em amplitude global, já indicam alta nas taxas nos índices futuros”, alertou o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. E não fica só aí. A irrigação e a armazenagem são pontos importantes para a agroeconomia verde & amarela. E o Carlos Cogo, sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, insistiu que a irrigação tem o potencial de alcançar 47,7 milhões de hectares, contra os atuais 8,2 milhões de hectares, enquanto a armazenagem pode crescer devido ao déficit de 121,7 milhões de toneladas. “A classe média global vem se ampliando e a demanda por mais proteínas também, o que significa que a demanda por grãos deve aumentar substancialmente. O destaque será a soja, que ocupará na próxima safra 81 milhões de hectares. A área plantada com a commodity está crescendo 2,2%, mas só utiliza 1,7% do total do território. O fato é que o agronegócio está crescendo 3% ao ano devido à produtividade”, explicou, antes de fazer novas previsões. “Hoje, são 116 dias de reserva de soja no mundo, o que resulta em um cenário de preços baixos. Porém, os prêmios nos portos sobre preços futuros estão positivos. O ano vai terminar com a soja em alta, mas o ciclo poderá ser quebrado dependendo das eleições dos EUA. Já o milho pode ter safra de 130 milhões de toneladas, sem falar no potencial enorme com o etanol”, ratificou.

Na distribuição, o panorama é ficar atento. Marcelo Prado, tarimbado presidente da MPrado Consultoria, afirmou que a questão está na estratégia da compra do insumo. “Se o distribuidor consegue prever o melhor momento para ofertar a solução ao produtor rural, a margem poderá ser mais efetiva. A agilidade e o tamanho de estoque para o ano agrícola devem estar no planejamento do distribuidor e a tecnologia com suas mais diversas soluções auxiliam no gerenciamento de estoque e estratégia de venda”, recomendou. “No momento atual do país, é necessário reduzir o custo e analisar o crédito com critério”, observou Roberto Motta, CEO da Agro Amazônia. “Precisamos crescer de forma sustentável. Para isso, precisa ser rentável, eficiente e gerir um custo operacional menor para ter melhores resultados. O outro desafio é cuidar e preparar os colaboradores que irão atuar na linha de frente junto ao cliente”, acrescentou Alberto Yoshida, gerente de Relações Institucionais e Novos Negócios da Adubos Real. “O consumidor busca praticidade e novas formas de consumo e quem investir em modelos de automação e inteligência artificial vai poder definir melhorias futuras”, concordou Carlos Furusato, Diretor – Proprietário da AgroPodas.

EDUCAÇÃO
A formação educacional das novas gerações é realmente estratégica para o País e o agronegócio, que podem perder competitividade num cenário cada vez mais complexo”. A avaliação da presidente da associação ‘De Olho no Material Escolar’, Leticia Jacintho, deu a chave para o momento de examinar compromisso social e propósito de educar. O resumo foi de que o Brasil tem questões estruturais de difícil superação em sala de aula, investe mal, tem resultados ruins nos exames internacionais de avaliação do aprendizado. E a atual proposta do Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Congresso, não avança em eixos como alfabetização, formação de professores, segurança, ensino técnico e governança. A presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG – RP), Mônika Bergamaschi, falou sobre o ‘Programa Educacional Agronegócio na Escola’, que é focado na capacitação de professores, abrindo as portas do agro para a educação. Desde 2001, foram quase 290 mil alunos participantes, de 909 escolas, 232 municípios e 22 de estados. “A educação é um trabalho que precisa ser realizado continuamente. Por isso, há 24 anos, a ABAG/RP realiza essa iniciativa, que a cada ano tem novos desafios”, disse Mônika, que ainda recebeu a homenagem ‘Prêmio Andav de Reconhecimento: categoria Educação’, por essa ação inovadora de levar o agro para os estudantes de todo o país.

CLIMA E POLÍTICA
E o que não está diretamente nas mãos do produtor rural e do distribuidor? Dois temas são íntimos da fazenda e da revenda faz tempo. “Não há indícios de problemas para o Sul do Brasil na safra de verão do ponto de vista climático. A safra 2024 – 2025 será influenciada pelo La Niña, começando em setembro e outubro. O período mais seco dificulta o início do plantio. E demora para a regularização das chuvas”, analisou o agrometeorologista e sócio-diretor da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos. O outro tema é mais espinhento e tão imprevisível quanto. O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, falou no Congresso e destacou as prioridades do colegiado de parlamentares ligados ao agro na agenda do Congresso Nacional para este segundo semestre. Entre os pontos principais estão a tramitação da reforma tributária no Senado Federal, o licenciamento ambiental, novo modelo de seguro rural, a regularização fundiária e o marco regulatório para produção de bioinsumos. “O objetivo é que o texto da reforma tributária aprovado na Câmara dos Deputados, aceitável e razoável para o agro, seja mantido no Senado. E ainda temos as disputas envolvendo transição energética e infraestrutura logística como outros temas em destaque no radar da FPA, assim como a vigilância constante que possam endereçar políticas públicas, que garantam a segurança jurídica no país”, detalhou Lupion, ‘grudadinho’ na senadora Tereza Cristina, ex-Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e também integrante da FPA, que prestigiou o Congresso ANDAV. “Nosso setor busca compartilhar perspectivas e visões, encontrando soluções inteligentes e ideias inovadoras, para aproveitar as oportunidades para uma economia resiliente e fortalecida”, finalizou Paulo Tibúrcio.


9ª PESQUISA NACIONAL DISTRIBUIÇÃO ANDAV!

“É um imenso prazer ajudar a construir uma ANDAV forte. Com todo o apoio do Conselho Diretor da entidade”. A frase abriu a apresentação de Paulo Tibúrcio, Presidente Executivo, na divulgação dos dados da pesquisa mais aguardada pelo setor. O trabalho é complexo e se desenvolve ao longo de um ano inteiro. A pesquisa de estoque é realizada a cada três meses, com reuniões na sequência, para avaliação de todos os associados. Ainda há o levantamento sobre recursos humanos. Salários, benefícios, promoções. E uma reunião sobre tudo o que o Brasil importa de insumos. E o associado usa todo esse apoio. “Para isso existe a ANDAV”, crava Tibúrcio. A Associação atua com 7.993 CNPJ´s. Em quatro anos, dobrou o número de associados e agora representa 75% do faturamento da Revenda Brasil. São 48% do mercado de insumos do país, para soja e milho, essencialmente. Mil novas revendas em apenas três anos. Mudança positiva mesmo diante de tamanha adversidade. 73% deles responderam as perguntas e enviaram até abril deste ano. O ano base para as avaliações foi 2023. Tibúrcio destaca aspectos positivos do avanço na área, critica algumas posturas e analisa a performance da revenda. “Ainda fazemos mal o pós-venda. Precisamos melhorar esse tipo de atendimento. Já sobre os estoques no período difícil de 2023, o valor aceitável é de 10% a 12%. Até chegou a 28% com preços lá em cima, mas estamos conseguindo baixar. Agora, os desafios são trabalhar com fidelidade a questão do acesso. O fornecedor representa 53% do nosso negócio. E são muitos investimentos no segmento. Duas empresas chinesas participaram do Congresso no ano passado e em 2024 são 28. Abrimos pavilhões para eles, para a Itália e vários países da América do Sul”, conta.

O estudo ainda mostrou o número de mulheres crescendo no quadro de funcionários das revendas, além de advogados, economistas e administradores entrando no agro. Também vimos a primeira diminuição drástica no número de roubos e furtos. “Queremos agradecer à CropLife, ao Nílton Mendes e à parceria firmada com a Polícia Federal no sentido de localizar os donos dos materiais roubados. É a nossa tarefa. Atender os distribuidores. Propor sempre políticas claras de acesso aos fornecedores. Bancamos 23% do agro brasileiro. O governo federal 3% ou 5%. E o fornecedor representa 53% do nosso negócio”, ratifica. Acompanhe os principais resultados da pesquisa.


DISTRIBUIDORES DE INSUMOS NO BRASIL
# 7.993 CNPJ´S
# Associados ANDAV: 3.472
# 954 cidades com lojas físicas

FATURAMENTO
# Até R$ 20 milhões: 28%
# De R$ 20 a R$ 50 milhões: 20%
# De R$ 50 a R$ 100 milhões: 17%
# De R$ 100 milhões a R$ 300 milhões: 24%
# De R$ 300 milhões a R$ 600 milhões: 6%
# De R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão: 2%
# De R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões: 1%
# Mais de R$ 2 bilhões: 2%

9ª PESQUISA NACIONAL DISTRIBUIÇÃO ANDAV
# Coleta de dados com 73% de associados | Realizada em abril de 2024 sobre dados de 2023
# 2.421 CNPJ´s
# Paraná e Santa catarina: 18%
# Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul: 15%
# Minas Gerais e São Paulo: 12%
# Mato Grosso: 7%
# Mato Grosso do Sul, Rondônia e Nordeste: 6%
# Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará: 4%
# Luís Eduardo Magalhães: 3%
# Rio de Janeiro e Espírito Santo: 2%

FATURAMENTO POR REGIÃO, CULTURA E PRODUTOS
# Total: R$ 151 bilhões
# R$ 33 bilhões em faturamento com comercialização de grãos
# R$ 94,8 bilhões em faturamento com insumos
# Mato Grosso: 26,7%
# Paraná: 15,3%
# Minas Gerais; 12,5%
# São Paulo: 10,5%
# Goiás: 9,9%
# Rio Grande do Sul: 9,4%
# Mato Grosso do Sul: 8,6%
# Nordeste: 2,5%
# Bahia: 2,3%
# Piauí: 1,7%
# Rio de Janeiro e Espírito Santo: 0,6%

FATURAMENTO POR CULTURA
# Soja: 58%
# Milho: 22%
# Outros grãos: 6%
# Hortifrutis: 5%
# Outros: 4%

FATURAMENTO POR SEGMENTO
# Fertilizantes de solo: 24%
# Sementes: 22%
# Fungicidas e herbicidas: 14%
# Inseticidas: 13%
# Fertilizante foliar: 6%
# Insumos biológicos: 3%

INFRAESTRUTURA
# Número de lojas cresceu 18% de 2021 a 2022
# Aumentou 15% de 2022 a 2023
# Deve se elevar em 7,8% em 2024

SATISFAÇÃO DO CLIENTE
# Não avalia a satisfação do cliente de forma proativa. Só depois de elogio ou reclamação: 63%
# Avalia com pesquisa formal, mas não periódica: 29%
# Avalia com pesquisa periódica e equipe informa resultados aos gestores das áreas: 8%

MARCA PRÓPRIA – FRANQUIA – EXCLUSIVIDADE
# 19% possuem marca própria
# 52% possuem parceria/exclusividade com algum fornecedor de insumos
# 44% dos fertilizantes foliares
# 19% dos defensivos biológicos
# 14% dos fertilizantes de solo

ESTOQUE DE PASSAGEM
# A médio Geral é de 17,8%
# 73% de defensivos químicos
# 26% de inseticida
# 23% de fungicida
# 21% de herbicida
# 3% de outros defensivos

ESTOQUE EM RELAÇÃO AO FATURAMENTO COM INSUMOS
# Goiás e Distrito Federal: 30%
# Luis Eduardo Magalhães: 29%
# Nordeste: 21%
# Rio de Janeiro e Espírito Santo: 21%
# Minas Gerais: 20%
# Mato Grosso do Sul e Rondônia: 20%
# São Paulo: 18%
# Paraná e Santa Catarina: 18%
# Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará: 16%
# Mato Grosso: 12%
# Rio Grande do Sul: 11%

FATORES PARA ESCOLHA DE FORNECEDOR
# O que mais importa no defensivo químico é campanhas comerciais e preço para atrair agricultores: 29%
# O que mais importa no defensivo biológico é geração de demanda e suporte ao posicionamento em campo: 27%
# O que mais importa em fertilizante de solo é campanhas comerciais e preço para atrair agricultores: 43%
# O que mais importa em sementes é a geração de demanda e suporte ao posicionamento em campo: 21%
# O que mais importa em nutrição e saúde animal é campanhas comerciais e preço para atrair agricultores

COLABORADORES
# Homens: 69%
# Mulheres: 31%
# 86% dos diretores são homens
# 82% dos gerentes são homens
# 60% dos coordenadores são homens
# 52% dos analistas são mulheres
# 72% dos homens ocupam outras funções

COLABORADORES II
# 48 mil diretos
# Equipe interna: 65%
# Equipe comercial: 35%

EQUIPE TÉCNICA E COMERCIAL
# Engenheiros agrônomos: 62%
# Técnicos Agrícolas: 19%
# Outras formações: 16%
# Médicos Veterinários: 2%
# Zootecnistas: 1%

CONTRATAÇÕES
# Cresceram 18,1% de 2021 a 2022
# Cresceram 12% de 2022 a 2023
# Devem crescer 4,6% em 2024

INCIDÊNCIA DE ROUBOS E FURTOS
# 2020: 11%
# 2021: 11%
# 2022: 13%
# 2023: 7%

PRODUTOS ROUBADOS
# Defensivos: 37%
# Materiais de escritório: 23%
# Veículos: 9%
# Máquinas: 6%
# Fertilizantes, sementes, grãos e dados: 3%
# Outros: 11%

ADESÃO DE SEGUROS
# Patrimonial (incêndio, roubo, etc.): 84%
# Frota: 81%
# Transporte: 35%
# Responsabilidade Civil e Ambiental: 27%
# Outros: 25%
# Não possui nenhum: 5%

MODALIDADE DE CRÉDITO
# Fornecedor de insumos: 53%
# Recurso próprio: 23%
# Banco privado: 9%
# Banco público: 5%
# FIDC: 3%
# CRA: 3%
# Fintech, CDCA e Trading: 1%

FATURAMENTO DE INSUMOS POR MODALIDADE DE PAGAMENTO
# Até 180 dias: 24%
# Até 360 dias: 19%
# Barter a prazo: 19%
# Pagamento à vista: 15%
# Até 90 dias: 10%
# Crédito Rural – Plano Safra: 8%
# Barter à vista: 5%
# Outros: 1,5%

BARTER
# 49% realizam
# Mato Grosso: 91%
# Tocantins: 62%
# Goiás: 63%
# Minas Gerais: 59%
# Mato Grosso do Sul e Acre: 58%
# Bahia: 50%
# Paraná: 46%
# Espírito Santo: 43%
# São Paulo e Rio Grande do Sul: 33%

CÉDULA DO PRODUTOR RURAL (CPR) POR CULTURA
# Soja: 96%
# Milho: 61%
# café: 14%
# Algodão: 4%
# Gado – Bovinos: 2%
# Outros: 16%

ESG
# A principal prática é a gestão eficiente de resíduos (embalagens) seguida do uso de energia renovável
# 49% realizaram iniciativas sociais com colaboradores e a comunidade
# 82% possuem algum tipo de planejamento estratégico

GESTÃO
# 87% não passaram por processo de fusão/aquisição e não têm conselheiro independente
# 66% não possuem plano de sucessão para cargos de liderança
# 65% não possuem conselheiro independente
# 52% não avançaram depois de receber consulta para fusão/aquisição
# 29% não têm diretoria formalizada, com atuação e cargos definidos
# 14% não têm o fundador atuando na empresa

EXPECTATIVA DE ABERTURA DE NOVAS LOJAS
# 42% pretendem abrir unidades nos próximos 3 anos | 419 lojas
# Em 2021, eram 781
# 2022: 1.038
# 2023: 894

DESAFIOS DA DISTRIBUIÇÃO
# Margem do distribuidor: 72%
# Inadimplência: 61%
# Concorrência com grandes grupos: 56%
# Mão-de-obra qualificada: 53%
# Crédito ao produtor: 53%

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