O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, litoral do Paraná, fez a primeira reexportação de fertilizantes.
17 mil toneladas, para os Estados Unidos, na semana passada.
A carga estava armazenada no terminal desde julho, quando chegou do Egito.
Por causa do grande volume do produto que foi importado para garantir a safra, e a queda nos preços dos fertilizantes, principalmente fósforo e potássio, a reexportação foi uma boa estratégia para o setor.
A carga chegou ao terminal, está na área de armazenagem, mas permanece propriedade do exportador.
É como se não tivesse entrado em solo brasileiro.
E pode ser vendida a outro país, sem pagar os impostos brasileiros.
Estratégia que aumenta a flexibilidade na comercialização, incluindo esta modalidade de reexportação.
Antonina tem capacidade estática para armazenar 320 mil toneladas, com estrutura operacional para a reexportação.
Nos próximos dias já estão programadas as vendas de 24 mil toneladas para a Turquia.
A operação é inédita no Porto Ponta do Félix.
A modalidade também reduz custos nas movimentações em território nacional.
O produto pode ficar nos armazéns do Porto Ponta do Félix, ou ser nacionalizado para um outro estado do país, evitando assim a bitributação.
O Brasil importa 85% do fertilizante usado nas lavouras.
E comprou um volume recorde de adubos este ano.
A medida foi para garantir insumos suficientes para a expansão da área plantada diante dos temores de escassez por conta da guerra entre Ucrânia e Rússia, que é um importante fornecedor.
A movimentação de fertilizantes pelos portos do Paraná, principal porta de entrada do produto no país, teve alta de 14% em comparação com o mesmo período do ano passado.