3 de maio de 2021

O salto do grão cor de ouro no mundo! Por Riba Ulisses

Com a soja foi assim.
Na década de 1980, começou uma corrida atrás da proteína vegetal para uso na alimentação humana e animal.
Ração, óleos, massas, bolachas, etc. etc.
E um gigante chamado China era o maior interessado em comprar.
Os ‘vermelhos’ até produziam muito, mas longe da necessidade.

As exportações explodiram.
A produção também.
Mas não atendia tanta procura.
Resultado: a commodity subiu de valor, mudou de patamar de preços, fixou-se em dólar e nunca mais voltou a cair.

O genial Osler Desouzart já alertava: vai ocorrer o mesmo com o milho.
É uma questão de tempo.

E aconteceu.
Agora, em 2021.

O ano em que o milho desgarrou nas bolsas de mercadorias mais importantes do mundo inteiro.
No Brasil, o saco de 60 quilos passou de cem reais.

Um exemplo.
Os pecuaristas paulistas enfrentam a pior relação da arroba com o milho desde junho de 2016.
E olhe que a cotação da arroba do boi gordo é recorde.
E estamos bem na entrada do primeiro giro do confinamento.

Para piorar, o atraso do plantio e da colheita da soja resultou na semeadura tardia do milho safrinha em boa parte do Brasil.
E tem chovido pouco nas importantes regiões produtoras.
O clima também é problema nos Estados Unidos, os maiores produtores do mundo, com mais de 330 milhões de toneladas por ano.
E os estoques internacionais estão em queda.

Ainda assim a estimativa de produção de milho safrinha no Brasil está em 106,07 milhões de toneladas.
O que é um bom volume.
E nos tornamos o maior exportador do grão da cor de ouro há dois anos.

A realidade é que o milho subiu de andar.
E não volta mais.
Igualzinho a soja.

Canal AgroRevenda

 

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