21 de maio de 2020

O perigo da Carne Brasil! Por Riba Ulisses

Apesar da Covide-19, o Brasil pode bater de forma expressiva o recorde de exportações de proteínas de origem animal.
Carne de frango, suína e bovina.
Porém, a indústria do setor vem enfrentando um autêntico ‘fogo amigo’, aqui mesmo dentro do país.
E olhe que este é o segmento que envolve os frigoríficos responsáveis pelo abate e processamento de mais de sete bilhões de animais, entre aves, suínos e bovinos do Brasil.
São quase cinco mil empresas privadas e cooperativas agropecuárias.
Que empregam aproximadamente 250 mil trabalhadores, acionando uma cadeia que produz por ano quase trinta milhões de toneladas de carnes.
Bem antes de qualquer governador, prefeito ou mesmo o presidente Bolsonaro e o ministro da saúde Mandeta pensarem em como proteger a população contra o novo coronavírus, frigoríficos do Brasil inteiro faziam diagnóstico e testes em funcionários.
Na frente até das medidas de quarentena e confinamento social.

A Associação Brasileira de Proteína Animal, a ABPA, vem esclarecendo como as empresas podem continuar abatendo animais e produzindo alimentos para a população comer.
As indústrias adotaram medidas preventivas necessárias para proteger e prevenir, ao máximo, o risco nas unidades de produção.
Como o imediato afastamento de todos os colaboradores identificados como grupo de risco, aqueles com mais de 60 anos de idade, doenças pré-existentes, grávidas, etc.
Intensas ações de vigilância ativa nas unidades frigoríficas e monitoria da saúde dos trabalhadores, com a verificação constante de temperatura.
Reforço na segurança das vestimentas, na ventilação dos espaços, na proteção total à cabeça, as mãos, aos braços e pernas das pessoas.
Distanciamento nos postos de trabalho, nos refeitórios e nos banheiros.
Colocação de todos os produtos de higienização, como álcool em gel e líquido, luvas, máscaras, sanitizantes, limpeza sem parar.
Reforço no número de veículos utilizados para transporte de mercadorias e funcionários, aumento do rodízio dos turnos de trabalho para diminuir o tempo em que os colaboradores permanecem dentro das unidades produtivas.

Tanto a ABPA como as indústrias e cooperativas vêm repassando todas as informações para o Ministério Público e às , além de alertar para o perigo de se acreditar em teorias e opiniões de profissionais mal informados, que ameaçam o bom andamento do trabalho nas unidades produtivas, com segurança total às pessoas.
Sempre que há um caso possível de uma pessoa doente, são seguidos todos os protocolos estipulados por autoridades de saúde do Brasil e da Organização Mundial de Saúde, a OMS.
A direção da ABPA ainda reforçou: “Estamos apoiando nossas associadas, acompanhando a situação e dando suporte. O nosso trabalho faz parte do rol de atividades essenciais ao país. E podemos garantir a produção de alimentos seguros e a oferta de alimentos para a população com atenção máxima à saúde das equipes, que é nossa prioridade indiscutível”.

Em vários estados, a ABPA vem apoiando que novas portarias da Saúde sejam elaboradas em conjunto entre a agroindústria e todas as autoridades, como Secretarias de Agricultura, de Saúde, Assembleias Legislativas, Judiciário e Ministério Público.
O objetivo é que se impeça o fechamento puro e simples de abatedouros, que haja o diálogo do Estado com a Agroindústria e seja encontrada uma equação para preservar a saúde do trabalhador e manter a produção alimentar.
Sem falar que é preciso preservar o setor para que não haja prejuízo aos certificados nacionais e internacionais de nossa indústria.
Há um controle rigoroso na produção animal brasileira, nas granjas, fazendas e indústrias.
Que foram ampliados com a Covid- 19.
Fechar a agroindústria não garante a não proliferação do vírus.

O fechamento das agroindústrias atingem a economia, o abastecimento e o meio ambiente. Só para você imaginar o tamanho da tragédia, só em Santa Catarina, são abatidos três milhões de frangos e 30 mil suínos por dia.
Em semana, um frigorífico fechado significa sacrificar e descartar em aterros sanitários quase um milhão de frangos.

O presidente da ABPA, Francisco Turra, explicou que o Brasil tem uma estrutura de produção muito diferente dos Estados Unidos.
Lá, onde houve vários casos de mortes de funcionários de frigoríficos e o fechamento de muitas unidades industriais, a marca é a existência de grandes abatedouros, com milhares de trabalhadores em cada um. Aqui, as indústrias mantêm centenas de frigoríficos espalhados em vários estados.
O que facilita a prevenção e a tomada de medidas de segurança quando há alguma suspeita de contágio.

É incrível como pessoas mal informadas, mal intencionadas e sem qualquer envolvimento com a cadeia do agronegócio que sustenta a economia do país encontra espaço na sociedade e nos meios de comunicação para prejudicar a própria população. Para boicotar o próprio Brasil.
O Radar Agro está ao lado da população brasileira, que deseja viver, trabalhar, manter a saúde e se alimentar bem.
E também apoia o Francisco Turra e o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que repetem sem parar, há muito tempo: “Sem alimentos, não há paz social. Nem no Brasil, nem no planeta”.

 

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