29 de agosto de 2020

O ‘alvo’ atual é o ministro Ricardo Salles! Por Riba Ulisses

Ele é o mais recente inimigo de alguns veículos de comunicação do Brasil.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Ricardo Salles é advogado e administrador, nascido de uma tradicional família de advogados da capital paulista.
Começou na política como fundador do movimento ‘Endireita Brasil’, uma organização que defende ideias como presença menor do Estado na Economia, menos impostos e privatização intensa.
Tudo o que os socialistas, de verdade ou de ‘mesa de botequim’, odeiam.

Foi secretário particular do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e acabou assumindo a Secretaria de Meio Ambiente do Estado durante dois anos.
Caçou briga com ong´s, ecologistas e o Ministério Público por defender soluções mais rápidas nas disputas ambientais.
Impôs uma visão prática na secretaria, privilegiando ações mais rápidas e favoráveis aos cidadãos e à sustentabilidade econômica.
Fechou lixões ilegais, pregou a luta contra a poluição dos rios e mudou o foco do trabalho ambiental das florestas e matas para os dramas reais das grandes cidades.

A ruptura com a visão ambiental dos governos federais petistas e do ministério público paulista imperou.
Salles virou notícia todo santo dia, com os jornalistas sendo abastecidos pelas tradicionais fontes ecológicas e do MP.
O governador Alckimin não resistiu à pressão política e tirou Ricardo do cargo.

Ele tentou ser deputado federal por São Paulo pelo Partido Novo, teve quase 37 mil votos, mas não conseguiu a vaga.
Porém, a visão prática e urbana do problema ambiental combinou como nunca com o pensamento do presidente eleito Jair Bolsonaro.
E Salles tornou-se ministro.

Suas prioridades nunca foram mistério para ninguém: agenda ambiental urbana, combate ao lixo do mar e mais agilidade nos processos de licenciamentos.
Aliás, uma ideia que Salles defendeu na famosa reunião ministerial de abril e que acabou sendo divulgada como revelação, uma armação.
De novo, em ação, os jornalistas, socialistas em geral e ecologistas.

E tome noticiário sobre desmatamento e queimadas.
As fontes de informação são sempre as mesmas.
Principalmente os formadores de opinião que recebiam cargos e verbas de Lula e Dilma, e as ong´s internacionais instaladas no Brasil e pagas para defender os interesses do agronegócio dos americanos e europeus.

Ricardo Salles segue com sua agenda, tratando da reabertura dos parques nacionais, criando aterros sanitários, enfrentou um desastre com o derramamento de petróleo na costa brasileira quase inteira, vive lutando por crédito para a despoluição de rios, conseguiu a aprovação da legislação sobre o saneamento básico, que vai permitir o investimento de empresas privadas no setor.
Sobre a Amazônia, tem o mesmo pensamento do Ministério da Agricultura: tudo começa pela aprovação urgente da legislação que trata da questão fundiária.
Isto é, legalizar a posse das áreas ocupadas naquela região há mais de quarenta anos. Várias delas oferecidas pelo próprio governo federal da época.
Porém, a questão está travada no Congresso Nacional.
Bombardeada por quem?
Exato: jornalistas, ong´s, ecologistas, ambientalistas, socialistas em geral e partidos de oposição a Bolsonaro.

O estilo de Ricardo Salles diante do bombardeio de agressões é até engraçado.
Ele é um homem bonito, jovem, de olhos claros, inteligente, articulado e com um semblante meio blazé.
É assim que ele enxerga a floresta ícone do mundo de artistas, formadores de opinião, pseudos intelectuais e nações estrangeiras ricas.
A iniciativa privada precisa participar da conservação da Amazônia se realmente está preocupada com o tema.
O dono de terras na Amazônia só pode explorar economicamente 20% de sua área, o que torna inviável a sua sobrevivência em muitos casos.

Para o ministro, a querela é fácil de explicar.
O sistema usado na região desde o primeiro governo Lula, de verbas estatais e atuação do terceiro setor, não deu certo.
Não reduziu a pobreza na região.
Salles vai na veia: “Muita gente fez palestra, viajou no Brasil e no mundo, mas a região continuou pobre.”
Qualquer plano que se fizer sobre a Amazônia deve respeitar as particularidades de cada região dentro do bioma, levar em conta o reconhecimento do papel da iniciativa privada no desenvolvimento e na conservação da Amazônia.

Ele fala mais.
“Vivemos muitos anos com visão de planejamento estatal e destinação de recursos do cidadão brasileiro ou de captação internacional, como o Fundo Amazônia, mas, mesmo assim, geridos por governos. E houve uma espécie de desconsideração, na prática, do papel do setor privado na Amazônia.”
O ministro ainda destaca.
Para atrair o capital privado àquela região, é preciso garantir a segurança jurídica sobre a questão da regularização da posse das terras.
E pagar a reserva legal por meio de serviços ambientais.
E isso já consta do programa ‘Floresta Mais’, recentemente lançado pelo governo federal.

Ricardo Salles finaliza: “Se o Brasil e o resto do mundo se beneficiam da Amazônia, nada mais natural do que pagar por isso”.
É muito claro, não?

O ministro do Meio Ambiente do Brasil não é burro, ignorante, bandido.
Se for, descubram o crime, investiguem e julguem.

Não é inimigo de florestas.
Nem das focas, das baleias, dos índios, dos micos e das árvores.
É uma pessoa esclarecida, bem informada, inteligente e domina o assunto.
Simplesmente, tem uma proposta diferente para resolver os problemas ambientais do nosso país.

E isso não é crime.
Muito pelo contrário.
O atual presidente da república foi eleito defendendo as mesmas ideias.
A maioria dos brasileiros escolheu este caminho.
Se o outro caminho não deu certo, porque não ‘optar’ por um novo?

 

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