28 de dezembro de 2023

Governo e STF contra a posse legal de terras no Brasil! Riba Ulisses

A posse das terras no Brasil virou uma disputa entre Congresso, STF, Governo Federal, índios e produtores rurais.
E vai causar faíscas em 2024

O Brasil tem um território de 8,5 milhões de quilômetros quadrados.
E os índios são donos de quase um milhão de quilômetros quadrados.
117 milhões de hectares.
Mais de 13% do país inteiro.
Ocupados por 900 mil índios.

Em 1988, os deputados federais eleitos pelos brasileiros para elaborar uma nova Constituição decidiram que os índios do país já têm terra suficiente para viver e trabalhar.
E que não haveria mais nenhuma demarcação a favor deles para impedir um clima de insegurança sem fim sobre a propriedade de áreas rurais no Brasil.

A decisão virou uma briga.
Chamada de ‘marco temporal’ pelas empresas de comunicação.
O Supremo Tribunal Federal (STF), mais uma vez, decidiu atuar como congressistas e declarou que a Constituição de 1988 não vale.
E ainda decretou que terras que sejam devolvidas aos índios serão indenizadas aos proprietários brancos.
Isto é, eu e você vamos pagar por isso.
Os juízes do Supremo também vão pagar.
Mas eles ganham mais de R$ 40 mil por mês, têm direito a carro, auxílio moradia mesmo tendo casa de graça paga pelos brasileiros, além de seguranças, auxílios diversos, viagens internacionais, etc. etc.

Deputados e senadores criticaram duramente a decisão e aprovaram uma nova lei, reafirmando que os índios brasileiros já possuem terra suficiente para viver e trabalhar.

O presidente vetou parcialmente o projeto aprovado no Legislativo, argumentando que a tese já havia sido considerada inconstitucional.
O Congresso derrubou os vetos do presidente e promulgou a nova lei.

As empresas de comunicação, os empregados das redações, advogados, entidades que se chamam de ‘ambientalistas’ e partidos que apoiam o corrupto julgado e condenado em todas as esferas da justiça brasileira, e que governa o país atualmente, começaram a cantilena de sempre.

“Todo dia é dia de luta”.
“A gente continua na resistência”.
“Já resistimos por mais de 500 anos”.
“Os índios são os habitantes desse país”
“Os índios são os primeiros habitantes originários dessa terra”
“Quando houve a invasão do Brasil, os índios já estavam aqui”.
“Um marco ilegal, violações de direitos que ocorreram desde a invasão,
retiradas forçadas dos índios, processo de violências”.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) opinou que o desrespeito à Constituição de 1998 vai criar uma insegurança jurídica total.
Com a possibilidade de expulsar milhares de famílias que trabalham no campo.
Que ocupam suas terras há centenas de anos, passando por várias gerações.
Que estão na rotina diária para garantir o alimento que chega à mesa da população brasileira e mundial.

O que vai ocorrer agora?

Os que vivem na cidade e acham que os alimentos baratos que eles compram nascem nas gôndolas dos supermercados defendem os índios.
Até que a comida fique cara porque terras serão invadidas com apoio de leis.

Outros defendem os índios e acham que o STF pode encontrar uma solução mais equilibrada.
Não estão tão errados.
Afinal, o STF considerou o atual presidente um corrupto ao aprovar os julgamentos em outras instâncias e trocou de posição menos de três anos depois.
Por que consideraram que o julgamento estava na cidade errada.
Oito anos depois da análise ter começado.

Uma terceira categoria, onde me encontro, pensa que os índios estavam aqui quando os brancos invadiram as terras.
E os brancos trouxeram violência, inteligência, vírus, tecnologia, exploração comercial, produção de alimentos para mais de um bilhão de pessoas no planeta.

E que os índios já são donos de quase um milhão de quilômetros quadrados do território.
E é terra de sobra.

Mas, afinal, o que vai ocorrer agora?

Difícil saber.
Como dizia o sábio e agora nem tão confiável Pedro Malam, “No Brasil, até o passado é incerto”.

Mas eu prevejo o futuro.
Só não sei quando ele vai chegar.

O brasileiro vai achar que os índios têm terra de sobra assim que os preços de alimentos subirem demais.
As autoridades vão ter que punir os atuais ‘protegidos’ índios porque eles também destroem a floresta, fazem acordos com mineradores e madeireiros ilegais.

Índio adora cada vez mais a cidade, o dinheiro, o telefone celular, o Flamengo, chinelo nike, a TV de plasma, a cerveja.
E odeia cada vez mais viver no mato.

Uma ironia do ‘destino histórico’.
O branco invasor defendendo os direitos de índios invadidos.
O branco e o índio modernos amando as florestas.
Mas fazendo questão de viver em cidades.

Dormindo em uma cama de casal, com ar condicionado, num imóvel próprio, pensando nos filhos matriculados em boa faculdade, com o pagamento da previdência privada em dia, uma boa bolada guardada na poupança ou em ações na Bolsa de Valores, depois de ver um filme no Netflix e ter ‘matado’ uma pizza meia portuguesa, meia calabresa, entregue pelo I-Food.

Mundo, mundo, vasto mundo.
Se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima.
Não seria uma solução.

 

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.