24 de abril de 2020

Diário da Pandemia! Por Riba Ulisses

O Hospital de Amor, novo nome do Hospital do Câncer de Barretos, ficou sem atender pobres cancerosos do Brasil durante três dias porque o sindicato que ‘representa’ os funcionários de saúde entrou na justiça para impedir o trabalho deles por estarem enquadrados em grupos de risco do Covid-19.
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Ribeirão Preto e Região (Sindees).
Seis mil pessoas deixaram de ser atendidas.
As cirurgias marcadas só não foram suspensas por causa de uma ‘operação de guerra’ montada pela direção do hospital, que já perdeu R$ 11 milhões em doações desde que começaram o confinamento social e as restrições impostos pelas autoridades de São Paulo.
É que inúmeras promoções realizadas no Brasil para arrecadar ajuda foram suspensas.
A entidade que representa os funcionários informou que ainda pretende recorrer.
Que país é este?

Pérsio Arida
Uma luz da Economia.
Um dos criadores do Plano real.
Para ele, a saída do Brasil, com ou sem pandemia, é crescer mais.
E uma nação só cresce com atenção total para Educação, Produtividade, Segurança Jurídica e bom ambiente de negócios.
Mesmo com dívida pública de até 100% do Produto Interno Bruto (PIB).
Desde que controlada.
E o crescimento não vai ocorrer sem as reformas tributária e administrativa.
Que país vai aprovar?

Zeina Latif
Outra economista ‘iluminada’.
Afirmou que o governo federal deve aprovar ajuda financeira a estados e municípios.
E que o momento até suporta medidas não convencionais.
Mas nada deve ser feito sem estabelecer limites, que impeçam oportunismos.
Como é bom ouvir gente competente e equilibrada, não?
Quantos países entendem que 1 + 1 resulta sempre em dois?

Pós-Pandemia
Quando tudo voltar ao ‘anormal’, vai sumir álcool gel.
Sobrar máscaras nos hospitais.
Abraços e beijos sem parar.
Shoppings, cinemas, estádios, ginásios, escolas, pancadões, todos lotados.
Ódio, ressentimento, inveja, rancor, amor, amizade, ciúme.
Tudo de volta.
É a parte boa.

O duro é que vai permanecer TV Globo, Rodrigo Maia, STF, Alcolumbre, Sindicatos, servidores públicos, Bolsonaro, greves, milhões de desempregados, déficit fiscal bilionário, calotes, governadores, reformas paradas, prefeitos.
Será que o covid-19 não é um inimigo melhor para enfrentarmos?

Sergio Moro
Um dos servidores públicos mais brilhantes e corajosos que o Brasil já produziu nos últimos cem anos.
Pôs bandidos ricos e poderosos na cadeia apenas interpretando a lei.
E tratou todos com respeito.
Humilhou os privilegiados juízes do STF com simplicidade, trabalho, seriedade e cumprimento da Constituição, sempre privilegiando o cidadão e a ética.

Sai do governo com uma lisura e integridade incomparáveis.
Tenho gosto em gastar meu dinheiro pagando o salário de um servidor de tamanha competência.

Cavando o próprio poço!
Jair Bolsonaro.
Um de vários atores improváveis da política brasileira.
Como Itamar Franco, Tancredo Neves, Luiza Erundina, Jânio Quadros, Michel Temer, José Sarney, Tiririca, Celso Russomano.

Significou a única saída possível para os eleitores se livrarem da corrupção e incompetência dos anos PT na presidência, em 2018.

Pelo jeito, pode ser deposto do cargo ainda neste ano.
O Hamilton Mourão parece ponderado, educado, proativo e útil o suficiente para um momento tão complexo.
Tão bem-vindo como Itamar Franco e Michel Temer.

Um planeta de humanos
As imagens são de um lugar só.
Ruas quase vazias.
Pessoas com máscara no rosto.
Gente na fila para pegar uma quentinha.
Álcool gel para todo lado.
Fitinha amarela e preta para separar corpos a dois metros de distância.
Performáticos bacanas e outros sem graça, nas sacadas e janelas de prédios residenciais.
Imagens de inúmeras atividades realizadas dentro das casas e dos apartamentos, produtivas ou não.
Cenas meio incompreensíveis dentro de hospitais.
Vai e vem de gente, carros e caixões em funerárias e cemitérios.

Milhares de trabalhadores em ação em serviços considerados essenciais.
Censura sobre pessoas que querem trabalhar, apenas andar nas ruas, ou repreendidas com violência pela polícia.
Políticos demagogos com rostos sofridos e ternos impecáveis.
Privilegiados trancados em apês e casões, fazendo lives, acompanhando webinars, pedindo comida e bebida, falando com parentes e amigos, jogando stop virtual.

Raríssimas imagens de países africanos, da Oceania ou sudeste asiático.
Jornalistas excitados, anunciando mortes, perigo, o caos.
Exploração sem fim da dor humana em telas e caixas de som.
Seres humanos chorando, reclamando, denunciando, fazendo fitness, rindo do confinamento.
Trabalhadores e sindicalistas defendendo corporativismos.
O mundo é igual.
Os seres humanos são idênticos.

O novo vírus contagiou até agora 2,67 milhões de pessoas.
Morreram até esta quinta-feira 187 mil pessoas.
Logo, mais de 2,48 milhões de pessoas sobrevivem à ‘gripezinha’.

O planeta tem sete bilhões de habitantes.
O planeta parou há pouco mais de um mês.
É por aí mesmo?

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