31 de agosto de 2020

O Agro moderno e o aquecimento global! Por Riba Ulisses

Li um artigo bem bacana do Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas.
É mais uma oportunidade para esquecermos a campanha de difamação do agronegócio brasileiro por alguns meios de comunicação do nosso país.
E pensei algumas coisas…

O grande desafio da moderna agricultura é produzir alimentos, fibras e energia com o mínimo de emissão de carbono, especialmente na forma de gás carbônico, o CO2.
Apesar de que muitos cientistas afirmam categoricamente que o CO2 é uma benção para a vida existente no planeta.
Bom, sigamos em frente.

O sistema do plantio direto, por exemplo, é capaz de fixar quantidades significativas de CO2 no agroecossistema, contribuindo para menor emissão do gás para a atmosfera, mitigando o efeito estufa e o aquecimento global.
Aqui, outra retificação.
Inúmeros cientistas pelo mundo argumentam que o efeito estufa é que possibilita a vida dos seres humanos na Terra e que o aquecimento global é ótimo para a vida em nosso planeta e compõe um ciclo natural que existe há bilhões de anos na Terra.

Mas voltemos ao trabalho do Fernando.
O que interessa aqui é o carbono, elemento da vida, que ao ser fixado no solo possibilita lavouras mais férteis.
Em trabalhos desenvolvidos pela Embrapa fica evidente que é possível e viável o cultivo do algodoeiro em sistema de plantio direto, com aumento de 55% do teor de carbono nos primeiros cinco centímetros de profundidade do solo, e em 20% na camada até 40 cm de profundidade.
Não é uma questão de emitir menos para a atmosfera.
E sim ter um algodão de melhor qualidade e em maior quantidade.

Assim como podemos fazer com outras culturas. Soja, milho, feijão, arroz, olerícolas.
No sistema de plantio direto, o solo não é revolvido, é utilizada a rotação de cultura e o solo permanece coberto com palha ou material em crescimento.
Um modelo de produção que reduz os processos erosivos.

Outra prática positiva para o agronegócio é a recuperação das pastagens degradadas.
São quase 200 milhões de hectares cultivados com pastagens no Brasil.
E mais da metade apresenta algum grau de degradação, em todos os biomas brasileiros.
Se as plantas crescem menos devido à degradação, elas fixam menos CO2 via processo de fotossíntese.
Se a produção de forragem é menor devido à degradação da pastagem, os animais irão permanecer por mais tempo no pasto para ganhar peso.

Logo, na pastagem degradada, a produtividade é menor.
E a intensificação ecológica requer produzir mais alimento por unidade de área.

A Embrapa, os institutos de pesquisa, as universidades e as fundações de pesquisa desenvolveram sistemas capazes de melhorar a produtividade da pecuária bem como de grãos e fibras.
Sem falar que diversificam a fonte de renda do fazendeiro com atividades como o plantio de espécies florestais, por meio da Integração Lavoura Pecuária e Floresta, a ILPF.
Uma mesma área cultiva soja, pastagem e madeira.
Ou apenas a Lavoura e a Pecuária.
As integrações resultam em mais carne, produção de grãos, áreas menores de cultivo, melhor ambiente das propriedades e mais dinheiro no bolso do lavrador e pecuarista.
Um sistema de intensificação sustentável.

Temos no Brasil diversas iniciativas nesse sentido.
A marca ‘Carne Carbono Neutro’.
O Plano de Agricultura de Baixo Carbono, o Plano ABC.
Fundos estaduais que financiam diversas iniciativas para recuperação de solos.
Manejo integrado de pragas

Muito ainda pode ser feito com soja, milho, café, algodão, feijão e carne.
Podemos ofertar mais alimentos sem abrir novas áreas agrícolas.
Já somos líderes mundiais em grãos, carnes, fibras, celulose, suco de laranja, cana, açúcar.
Porém, continuar ocupando os mercados internacionais é um grande desafio.
Os compradores externos estão cada vez mais exigentes no que se refere ao modelo de produção utilizado.
Mas já possuímos tecnologias para tanto.

Somos o país que mais contribui com a redução na emissão de gases de efeito estufa.
Mesmo com toda a polêmica que ainda ronda este assunto.
E ainda damos um banho internacional em manejo de pragas, respeito a todos os organismos que habitam o solo, as plantas e o ar das fazendas.

O importante é que as entidades públicas, privadas e os agricultores brasileiros produzam mais, melhor e usando menos terras.
Usar menos para fazer mais.
Independentemente se há ou não efetivamente problemas com o efeito estufa, com a emissão de CO2, com o ciclo de resfriamento e aquecimento da Terra ou se é verdade que o ser humano tem efetivamente a capacidade de interferir de maneira decisiva no clima global.

E as dúvidas não atormentam o conhecimento.
Só fazem os cientistas investigarem e pesquisarem ainda mais.
Ciência não procura a verdade absoluta.
Pelo contrário.
É como o universo, que está em permanente expansão.
Não para nunca de mudar.
É um eterno investigar, aprender, desvendar.

Eu adoro a Ciência.
E admiro quem busca novos horizontes incessantemente.
Como o Fernando Mendes Lamas.

 

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