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Adiamento da assinatura do Acordo Mercosul -União Europeia frustra indústria!

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A novela prossegue com novos capítulos.
Naufragou a ideia de formalizar neste fim de semana, em Foz do Iguaçu (PR), a assinatura do Acordo de Comércio Mercosul – União Europeia, depois de mais de 25 anos de negociações.
Seria na 67ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul.

O oportunista presidente brasileiro ficou ‘chorando as pitangas’ por perder uma chance de mais uma jogada eleitoreira e demagógica.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstrou preocupação com o recuo.
Mas acredita que ainda há espaço para diálogo, até o início do ano que vem.

O acordo representa uma oportunidade para a indústria brasileira ampliar a inserção internacional do país, atrair investimentos, estimular ganhos de produtividade e fortalecer a competitividade.
Só no ano passado, a cada R$ 1 bilhão exportado do Brasil para a UE, foram criados 21,8 mil empregos, movimentados R$ 441,7 milhões em massa salarial e outros R$ 3,2 bilhões em produção.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, disse que o adiamento foi frustrante.
E que agora ganham ainda mais relevância as negociações em andamento com países como Canadá e México.
E o lançamento de negociações com parceiros da América Central e do Reino Unido.

A União Europeia é o principal investidor estrangeiro no Brasil, respondendo por 31,6% do estoque de investimento produtivo externo em 2023, o equivalente a US$ 321,4 bilhões. Já o Brasil é o maior investidor latino-americano no bloco.
O bloco da União Europeia respondeu por 14,3% das exportações brasileiras (US$ 48,2 bilhões) e por 17,9% das importações (US$ 47,2 bilhões).
É o segundo principal parceiro comercial do país.

A indústria é um pilar central da relação.
Em 2024, 98,4% das importações brasileiras vindas da UE foram de produtos da indústria de transformação, essenciais para o acesso a insumos, tecnologias e bens de maior valor agregado.
Nas exportações brasileiras ao bloco, 46,3% foram bens industriais.
Apesar de ser uma participação relevante, a indústria de transformação vem perdendo espaço nas exportações brasileiras para o bloco europeu, cenário que pode ser revertido com o acordo

Coluna Radar Agro

por Riba Ulisses

Jornalista há 38 anos. Formado na Universidade Estadual de Londrina e com especialização em Marketing na Cásper Líbero, em São Paulo. As principais experiências foram no jornalismo de televisão, e em revistas, sites e eventos ligados ao Agronegócio. Tem passagens por empresas como TV Globo, SBT, Safeway,  Jornal da Tarde, Folha de Londrina, Revista Placar e Rede Paranaense de Comunicação. Reportagem, com produção de matérias, programas e telejornais, e coordenação de equipes de trabalho em informação e entretenimento.
Desde 2017, AgroDiretor de Conteúdo no Grupo Publique.

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