O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, disse nesta quarta-feira, dia 20, que a gigante francesa do varejo não vai mais comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul, o bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A informação estava em uma carta endereçada a Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores.
O país está, para variar, em meio a uma série infinita de protestos dos agricultores contra o acordo da União Europeia com o Mercosul.
A tal carta do CEO não possui nenhum detalhe se o grupo todo vai parar de comprar carne do Mercosul ou se a medida envolve apenas o Carrefour da França.
Na verdade, um desatino como o recente caso da Danone, que disse que não compraria mais soja brasileira por causa de desmatamento.
O mundo moderno e globalizado tem inúmeros aspectos interessantes e positivos para os consumidores.
Os produtores rurais da França morrem de medo de competir com os empreendedores rurais do Brasil, Paraguai, da Argentina e Colômbia.
Nós somos mais produtivos, eficientes, sustentáveis e competentes para ganhar a preferência de quem vai comprar alimentos de qualidade e saudáveis nos supermercados dos países da União Europeia.
E eles sabem disso.
Por isso mentem que usamos muitos venenos agrícolas, cortamos as florestas, temos produtos transgênicos e abusamos de remédios nos animais.
Os empresários e políticos de países como a França são reféns deles.
Os produtores rurais de lá são eleitores, dão empregos, pagam impostos e fazem barulho nos programas de tv das empresas de comunicação.
Porém, eles usam e abusam de nossos produtos, que são de excelente qualidade e muito mais baratos.
Os empresários e políticos de lá estão numa ‘sinuca de bico’.
Precisam agradar os eleitores.
Mas podem ter que pagar caro.
E perder consumidores em seus países e serem derrotados na competição internacional da indústria alimentícia.
Quem diria.
Nações como Inglaterra, França, Dinamarca, Espanha, Portugal, Alemanha e Itália dominaram o mundo, invadiram e saquearam dezenas de países, mataram milhares de pessoas, alimentaram a escravidão de milhões de negros e índios por mais de três séculos.
Com o consentimento de suas populações e cortes.
E agora ou compram alimentos de suas ex-colônias ou vão pedir falência.
Como diria o maravilhoso poeta Drumond: “Mundo, mundo, vasto mundo. Se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima. Não uma solução”.
Bem feito para as metrópoles do passado!
E, como digo, acho que o acordo Mercosul e UE não vai vingar.
E o Brasil não precisa ficar tão preocupado.
Mesmo com a perda de 400 milhões de consumidores de alta grana dos europeus.
Paciência.
Vamos exportar para Ásia, Japão, África, Estados Unidos e América Latina.
Até que a Europa derreta.
Depois, ela volta boazinha para comprar os nossos alimentos.
Caso contrário, morrerá de fome.