A competente Luciana Martins, diretora da MPrado Consultoria Empresarial, está finalizando nesta semana uma pesquisa exclusiva com os presidentes das maiores cooperativas brasileiras. São executivos (logicamente, também são produtores e cooperados) que comandam instituições que, juntas, somam um faturamento de quase setenta bilhões de reais.
Ela está medindo como estão os impactos desta verdadeira hecatombe econômica que envolve todas as economias do mundo e quais as ações que elas estão tomando para evitar, ou melhor, diminuir os prejuízos nos próximos três meses.
Porém, ela adianta algumas informações para a gente. As cooperativas que administram supermercados para os associados tiveram um aumento no movimento na três primeiras semanas de março, por conta das pessoas que resolveram estocar produtos no início da crise. Mas ela observa que esta correria pelas compras vem diminuindo gradativamente porque, com o avanço do problema, as famílias estão cada vez mais com medo de ficarem sem dinheiro.
Outro dado problemático é que as cooperativas que administram postos de combustíveis já estão sofrendo mais, desde o início da pandemia, porque o movimento caiu assim que começou a pressão da mídia e de algumas autoridades de estados e municípios para as pessoas não saírem de casa.
Luciana também fala que a colheita da safra de verão segue bem em alguns estados. Em outros, há problemas com a seca. É o caso de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que tiveram algumas regiões bem castigadas pela falta de chuvas.
Bom, é isso.
A Luciana prometeu que, assim que o levantamento for concluído, entra em contato para passar tudo ao nosso Radar Agro. Ela disse que vai ser uma fotografia bem real sobre como estão as cooperativas agropecuárias brasileiras neste momento complexo e delicado.
