O mundo moderno das empresas de insumos agropecuários persegue, cada vez mais, a máxima: vender bem é bom se a venda for feita para quem está perto.
Comércio regional para ser mais específico.
Uma tendência que marca cada vez mais o processo de consolidação das empresas que atuam em insumos agropecuários.
A Yara, gigante mundial de nutrição de plantas, é uma empresa que vende mais de dez bilhões de dólares ao ano e mantém dezessete mil funcionários espalhados em todo o planeta.
O Brasil representa o segundo negócio mais importante da companhia no mundo.
A Yara tem aqui no nosso país sete mil funcionários e está investindo atualmente nada menos do que sete bilhões de reais na construção de duas fábricas, uma no Rio Grande do Sul e outra em Minas Gerais.
Pois bem, a Yara comunicou que a partir de junho, segunda-feira que vem, passará de uma ‘estrutura por segmento’ para uma ‘estrutura organizacional regional’.
As operações da corporação vão compreender apenas três frentes. As unidades Regionais, uma de Plantas Globais e Excelência Operacional, além de uma última, de Farming Solutions.
O chefão da empresa no mundo, Svein Tore Holsether, falou que o novo desenho pretende intensificar o foco no cliente de cada região, ao mesmo tempo em que vai impulsionar a transformação do negócio para o futuro.
E que é mais um marco na execução da estratégia de nutrição de plantas como um player integrado à cadeia de valor dos alimentos.
As três novas unidades chamadas de Regionais vão se concentrar na Europa, na América, e Ásia e África juntas.
Vão cuidar de produção de insumos, da cadeia de suprimentos em geral e das ações comerciais.
Em resumo, fabricar os insumos do portfólio atual, vendê-los aos produtores rurais e introduzir as novas tecnologias no mercado que virão da Farming Solutions.
A direção promete que as unidades terão autonomia e vão trabalhar de forma integrada.
A função de Farming Solutions será desenvolver novas tecnologias dentro do principal negócio da Yara, que é nutrição de plantas, e ainda contribuir com produtos premium, negócios digitais, ajudar na cadeia de valor dos alimentos e propor soluções na área de meio ambiente e sustentabilidade.
Já a unidade de Plantas Globais e Excelência Operacional será responsável pelas operações das maiores fábricas da Yara espalhadas pelo mundo, racionalizando e melhorando os processos de manufatura e promovendo a capacitação e gestão de competências em todas as unidades.
Entre os novos big executivos, há um brasileiro, nascido em Santa Catarina.
Lair Hanzen, que presidia a empresa no Brasil e agora é EVP da regional Américas.
O CEO global Svein Tore Holsether afirmou que a empresa persegue sem parar qualidades como agilidade, rapidez e força.
E uma configuração regional vai fortalecer o negócio.
A Yara confirma, assim, uma tendência que marca as grandes corporações no mundo inteiro há alguns anos.
Simplicidade, atuação regional, mais personalizada, mais ao lado do cliente.
E a constatação de alguns valores que acabam vencendo teorias conceituais de administração e se impõem de maneira clara.
Produtor precisa produzir.
Vendedor precisa vender.
Atendente precisa atender.
Empresário precisa administrar.
Cliente precisa ser bem atendido.
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