A energia solar fotovoltaica ultrapassou a marca de 46 GW de capacidade instalada no Brasil, o equivalente a 19,5% da matriz elétrica do país, segundo o levantamento da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). O número leva em conta desde usinas de grande porte (geração centralizada) até pequenos sistemas residenciais e comerciais (geração distribuída). Embora o sistema seja eficiente durante o dia, ele não produz eletricidade à noite e reduz a geração em períodos de baixa luminosidade. Para Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída, investir em baterias específicas para energia solar é a melhor forma de aproveitar todo o potencial do sistema e maximizar sua eficiência.
Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) mostram que em menos de 15 anos os custos das baterias caíram mais de 90%, uma das quedas mais rápidas observadas em tecnologias de energia limpa. Essa descendente deve se manter, segundo projeções da Bloomberg NEF (BNEF), que prevê, ainda, uma redução pela metade do preço da bateria por kWh, até 2030, e de 68%, até 2050, à medida que a demanda aumenta.
“As baterias armazenam o excesso de energia gerada durante o dia para ser utilizada posteriormente, garantindo que haja um fornecimento contínuo, mesmo sem luz solar direta, além de significar uma maior independência da rede elétrica. Temos perspectivas promissoras e estaremos focados em dois mercados esse ano, o de mobilidade urbana e agronegócio”, explica Bourscheidt.
No segmento de mobilidade urbana, a Energy+ vai fornecer baterias para veículos elétricos e estações de recarga, que serão implantadas em centros urbanos, onde há maior demanda por esse tipo de carro, além de rodovias, postos de combustíveis, restaurantes e lanchonetes à beira das estradas. “O tempo de carga vai depender do modelo e da capacidade de potência elétrica que poderemos instalar em cada local. Teremos carregadores de carga rápida, com até 60 kW de potência, ou seja, uma bateria de um veículo elétrico de 36 kWh, será carregada em torno de 40 minutos, e carregadores de carga lenta, de 22 kWh, onde esse mesmo veículo levará em torno de 1 hora e 50 minutos para ser carregado. Cada estação terá entre quatro e seis vagas de carregamento para atender com conforto o maior número de consumidores possível”, diz Bourscheidt.
No agronegócio, as baterias serão usadas para armazenar a energia solar excedente captada pelos painéis fotovoltaicos e alimentar os pivôs de irrigação, sistema que permite a distribuição de água em lavouras de forma automatizada, beneficiando especialmente as regiões sem conexão com a rede elétrica ou em dias nublados. “O pivô de irrigação é um produto novo no portfólio da Energy+ e queremos comercializar de quatro a cinco projetos por mês. Cada vez mais, a produção de grãos depende das condições climáticas favoráveis para atingir o seu potencial e isso tem sido cada vez mais difícil. Então, o principal fator que potencializa ou que elimina a capacidade de produção de uma área é o nível pluviométrico, a quantidade de chuva. Nosso serviço vai mitigar esse problema de forma sustentável, usando energia limpa e ainda armazenando o excedente nas baterias”, afirma o executivo.
Produzidas a partir de íons de lítio, as baterias oferecidas pela Energy+ têm capacidade de armazenamento que varia de acordo com a demanda do cliente, desde residenciais, de 5 kWh, até industriais e áreas rurais, de 5.000 kWh montadas em contêiner. Quando usadas em 100% da sua eficiência, elas chegam a ter uma vida útil que pode ultrapassar os 30 anos e são ideais para instalações que precisam de maior autonomia e menor manutenção ao longo do tempo.
Com esse investimento, a rede que conta atualmente com 20 franquias em operação, projeta dobrar esse número até o final do ano e faturar R$ 106 milhões. “Com os novos serviços, pretendemos atrair investidores, inclusive empresários que já fazem parte do mercado de energia solar e queiram migrar a sua empresa para uma franquia da rede, justamente para ter acesso a esses produtos que, sozinhos, não conseguiriam oferecer em seus portfólios”, finaliza o CEO da Energy+.
Sobre a Energy+ – Fundada em 2019, em Toledo (PR), a Energy+ é uma rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída. Figurando entre as 50 maiores empresas do segmento no Brasil, a Energy+ atua desde o desenvolvimento e a construção, até o financiamento e operações da cadeia de energia solar. Atualmente com 20 operações, a meta é chegar ao final de 2025 com 40 unidades e faturar R$ 106 milhões.