Agrocete amplia uso de biológico 3 em 1 e reduz fertilização mineral no milho

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Produto GRAP NOD PHOS alia fixação de nitrogênio, solubilização de fósforo e promoção de crescimento, com ganhos médios de 18 sacas por hectare.

 

A Agrocete, multinacional brasileira referência em nutrição vegetal e biotecnologia agrícola, acaba de ampliar o registro de seu biológico GRAP NOD PHOS para a cultura do milho. O produto, que já vinha apresentando resultados expressivos na soja, combina três funções em uma única formulação — solubilização de fósforo, promoção de crescimento e fixação biológica de nitrogênio (FBN).

A tecnologia, validada em cinco regiões agrícolas do país — entre Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul —, demonstrou incrementos médios de produtividade de 18,3 sacas por hectare (+23%), mesmo com redução de 50% na adubação fosfatada. Em áreas tratadas, os pesquisadores observaram aumento de 40% na massa de raízes, 22% nos teores de fósforo e 15% nos de nitrogênio. A melhoria da eficiência nutricional também se refletiu na resistência a estresses hídricos e bióticos e em maior vigor das plantas.

Os ensaios foram conduzidos sob a coordenação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). O desempenho mais alto foi obtido com aplicação de 100 mL/ha, confirmando o potencial do bioinsumo como alternativa para reduzir custos e impactos ambientais associados ao uso intensivo de fertilizantes minerais.

Segundo Andrea de Figueiredo Giroldo, diretora de marketing e desenvolvimento da Agrocete, o GRAP NOD PHOS “reúne microrganismos benéficos de alta eficiência, conhecidos como ‘bactérias do bem’. O diferencial está em combinar funções distintas em uma única formulação, gerando efeitos sinérgicos que fortalecem o desempenho e a sustentabilidade das culturas”.

O produto associa três estirpes de Azospirillum brasilense e Pseudomonas fluorescens, que atuam de forma complementar para suprir as altas exigências nutricionais do milho. Enquanto o Azospirillum promove a fixação de nitrogênio e a produção de fitormônios de crescimento, a Pseudomonas intensifica a solubilização de fosfatos. O resultado é um sistema radicular mais robusto, folhas mais verdes e melhor aproveitamento da adubação.

“Seu diferencial está na concentração e combinação das estirpes em uma única embalagem, evitando incompatibilidades comuns quando se misturam inoculantes distintos”, explica Andrea. “A extensão do registro do NOD PHOS para o milho reforça a tendência de crescimento do setor de biológicos nas lavouras brasileiras e permite que produtores que já utilizam o produto na soja repliquem a estratégia em duas culturas-chave, potencializando o custo-benefício ao longo da sucessão de cultivos.”

A Agrocete ressalta que o uso de bioinsumos deve ser feito de forma técnica e orientada, com acompanhamento especializado. A empresa disponibiliza equipe de campo treinada para apoiar produtores na adoção segura e eficiente da tecnologia, avaliando ganhos em vigor, coloração foliar, resposta a estresses e produtividade final.

A ampliação do registro reforça o papel da Agrocete na chamada “Revolução dos Biológicos”, movimento impulsionado pela Lei de Bioinsumos (Lei 15.070/2024), que estimula o uso de soluções naturais para nutrição e proteção das plantas. Atualmente, 76% das vendas da empresa no Brasil já são provenientes de produtos classificados como sustentáveis.

Com sede em Ponta Grossa (PR) e unidades nos Estados Unidos, México e Paraguai, a Agrocete anunciou investimento de R$ 11 milhões na construção de uma nova fábrica dedicada à produção de biodefensivos, além de destinar 5% do faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento (P&D). A companhia prevê ainda o lançamento de oito novos produtos biológicos até 2027, fortalecendo seu portfólio de soluções integradas para o manejo sustentável de culturas.

“Com a nova planta, os lançamentos previstos e o investimento contínuo em P&D, ampliamos nossa capacidade de oferecer produtos biológicos cada vez mais inovadores e sustentáveis, atendendo às demandas do mercado de forma consistente”, finaliza Andrea de Figueiredo Giroldo.