Atualmente, muito se fala sobre a inteligência artificial generativa (Gen IA), que nada mais é do que uma subdivisão da IA convencional, que por meio desta tecnologia tem o objetivo de criar novos conteúdos a partir de dados existentes. Devemos lembrar que a Gen IA, não é capaz de criar algo por si própria, mas por meio de algoritmos preditivos ela é capaz de gerar códigos, imagens, vídeos, entre outros tipos de conteúdo de maneira autónoma. Por conta da facilidade da inteligência artificial generativa em criar dados e conteúdos, as companhias enxergam um grande potencial nesta tecnologia em resolver os seus problemas, além de inovar e se destacar competitivamente no mercado. As empresas, principalmente na América Latina, estão em um estágio de obter conhecimento e experimentar as possibilidades que e IA oferece.
As companhias sem dúvidas devem contar com a IA como aliada, conforme foi relatado em uma pesquisa da Gartner, a GenAI será parceira na força de trabalho de 90% das empresas até 2025, ou seja, a utilização desta ferramenta irá crescer exponencialmente até o próximo ano e as empresas precisam utilizá-la da maneira mais funcional possível. Pode até parecer que é necessário um alto investimento para implementar a inteligência artificial generativa na empresa, mas na verdade é possível iniciar com um projeto piloto pequeno e escalar à medida em que o projeto gere resultados tangíveis em redução de custos, facilitando a implementação tanto em negócios grandes quanto pequenos.
A alta direção deve estar atenta para aproveitar o máximo potencial da IA dentro dos negócios. Para os colaboradores e clientes, a criação de conteúdo está mudando rapidamente o modo como o trabalho é realizado dentro das empresas, assim como a inteligência artificial também muda a forma com que as companhias constroem suas plataformas e aplicativos, sendo que esta tecnologia auxilia na arquitetura de projetos. A GenAI é um multiplicador de forças quando combinada com as tecnologias de hiperautomação.
À medida que as empresas implementam a inteligência artificial em seus processos, sua capacidade de desenvolver produtos inovadores, criar conteúdo de qualidade para clientes, abrir novos caminhos de receita, otimizar talento, melhorar a forma como os seus processos são realizados, maximizar o uso de dados, mitigar riscos e aprimorar o ESG aumenta.
É preciso entender que a IA por si só não irá resolver todos os problemas de uma empresa, mas, sim, ajuda a analisar um grande número de dados, mais rapidamente do que um humano analisaria, consequentemente aumentando a velocidade da tomada de decisão. As empresas não necessariamente precisam começar esta implementação contratando uma grande equipe e diretores especializados em IA, é possível começar “pequeno”, com a capacitação de colaboradores para que estejam constantemente estudando, se atualizando e desenvolvendo as melhores estratégias para o uso da IA dentro da companhia.
Podemos perceber para os próximos anos ou até mesmo meses, algumas tendências da GenAI, como avanços na tomada de decisão automatizada, maior desenvolvimento no processo de linguagem natural (NLP) e processamento de linguagens, transformação das relações que as empresas têm entre clientes e funcionários, crescimento do uso desta tecnologia dentro dos setores de segurança cibernética, medicina, veículos e transporte inteligente, além de normas e padronizações continuarem surgindo.
Com soluções de hiperautomação e a aceleração da transformação digital, que passam a incorporar a IA em sua operação poderão perceber algumas vantagens competitivas, como o aumento da eficiência interna, que alcançará todos os departamentos, melhora da experiência do cliente, com um atendimento omnichannel, além da hiperautomação de processos de negócios do começo ao fim.
Para não se perder no processo de implementação, deve-se entender quais são as áreas prioritárias da companhia e se concentrar nela com um projeto piloto. Após isso, pouco a pouco a tecnologia poderá ser escalada para outros setores. Sempre com atenção nas medidas de segurança, para mitigar riscos e contanto com uma empresa parceira experiente para a implementação da IA. Com esse caminho iniciado de maneira correta, é questão de tempo até a empresa acelerar os seus negócios significativamente e se destacar competitivamente no mercado.
Rubens Daniel Junior é Head of Business Innovation da Getronics.