3 de janeiro de 2024

Bioinsumos diminuem impactos negativos no plantio de milho

Oficialmente, estamos na época do plantio de milho da safra verão 23/24. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio já está bem avançado, indo para 75,5% do total previsto para período, de acordo com dados de referência de 26 de dezembro de 2023. Porém, apesar das boas perspectivas, a safra não está isenta de desafios. Um deles são as mudanças climáticas, puxadas pelo El Niño, tão temido pelos agricultores. Mudanças climáticas, ondas de calor e chuvas torrenciais são fatores cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Essas alterações bruscas também afetam, e muito, a produção agrícola nacional. Em um período de plantio, as altas temperaturas trazem consigo um grande empecilho para a produção de qualquer alimento: a seca. Mas o que fazer para reduzir riscos e perdas econômicas? 

A chave para equilibrar a situação estão nos bioinsumos, mais precisamente, nos condicionadores de solo. Esses produtos contêm uma característica peculiar: ao melhorar as condições físicas do solo, eles garantem que a planta tenha uma maior absorção de nutrientes, pois promovem o crescimento saudável das raízes, o que a torna mais resistente e resiliente a pragas, como cigarrinha do milho, nematoides, e a condições extremas, como temperaturas muito altas ou baixas. De uma forma mais simplista, para mitigar os riscos, é preciso ‘fincar as raízes no chão’, uma função que os condicionadores de solo desempenham muito bem. 

Outro desafio que está sempre presente, tanto quanto as condições climáticas, são as pragas. A mais popular, a famosa cigarrinha do milho, não poupa plantações, isso é fato. Mas casos de outros agentes causadores de perdas e enfermidades nas plantas estão aparecendo cada vez mais, como os pulgões e a lagarta do cartucho, que se mostra mais resistente aos híbridos transgênicos de milho. Novamente, o segredo está nas raízes das plantas. Os condicionadores de solo promovem um aproveitamento da adubação da terra feita pelo produtor (ou natural), impulsionando o crescimento das raízes. E quanto maiores as raízes, mais acesso a nutrientes elas terão, tornando-as mais resistentes a intempéries. 

Além disso, os defensivos biológicos, que combinados com o bom manejo de solo, agem de forma sinérgica e garantem proteção e resistência das plantas. Não é mero exagero quando dizemos que os bioinsumos são o futuro da agricultura moderna. Além da biotecnologia, acionada por meio dos transgênicos, esses produtos contribuem e muito para a sustentabilidade no campo. Diante de tantos desafios produtivos, a adoção de um manejo sustentável, atrelada ao uso de bioinsumos e outras tecnologias de ponta, geram um bom retorno financeiro ao produtor, além de reduzir a pegada de carbono que uma produção em larga escala pode trazer. Ao produtor rural: a preocupação é válida e necessária. Mas nem tudo está perdido. É possível mitigar os riscos e garantir seu retorno econômico para essa safra. E repito: o segredo está nas raízes. 

Bruno Arroyo é engenheiro agrônomo e gerente de desenvolvimento de mercado da Agrobiológica, empresa da holding Crop Care.

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