5 de fevereiro de 2013

Terra Forte vai investir R$ 300 mi em agroindústrias

O presidente do presidente do BNDES, Luciano Coutinho / Divulgação.

Com um investimento de R$ 8 milhões oriundos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a presidente Dilma Rousseff inaugurou na segunda-feira, no assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas, a agroindústria de leite da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran), pertencente ao Movimento dos Sem Terra (MST).

A inauguração fez parte do lançamento do Terra Forte – Programa Nacional de Agroindustrialização da Reforma Agrária – que possui aporte total de R$ 300 milhões para implantação e modernização de empreendimentos coletivos agroindustriais em assentamentos da reforma agrária de todo o País. Além do BNDES, a Fundação Banco do Brasil, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), entre outras entidades, participam da parceria.

Durante seu discurso, a presidente reforçou a importância de mudar a estrutura de produção nos assentamentos. “Assentamento não é igual à agricultura de subsistência. Não basta ter acesso a terra, é preciso este tipo de programa para fomentar a agroindustrialização no País”, decretou Dilma.

Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o entidade oferecerá R$ 150 milhões para o programa neste primeiro momento. Ele adiantou ainda que em todo o País existem 19 estados engajados no trabalho, com 80 projetos em análise que já somam R$ 90 milhões. “Onde há processamento industrial, existe a possibilidade de desenvolvimento de renda destas famílias”, salientou ele.

Já o presidente da Fundação BB, Jorge Alfredo Streite, ressaltou que a instituição bancária irá criar um escritório em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), para o desenvolvimento destes projetos de agroindustrialização. “Serão investidos mais R$ 3 milhões para que especialistas verifiquem a viabilidade destes projetos por todo o País. É preciso romper com a lógica que assentamentos rurais não produzem”, declarou ele.

A unidade produtiva paranaense – terceira entre as 14 cooperativas do MST no Paraná – deve começar a produção ainda esta semana e terá a capacidade de armazenamento de 90 mil litros de leite por dia. Inicialmente, a produção girará em torno de 10 mil litros de leite e deve auxiliar por volta de 2 mil famílias de assentamentos num raio de 150 quilômetros de Arapongas, que poderão enviar sua produção leiteira para a agroindústria. Além do beneficiamento do leite, o objetivo da unidade é produzir diversos derivados, como iogurte, manteiga, ricota, queijo mussarela, bebida láctea, entre outros. Só no Paraná, o Incra possui 321 assentamentos.

De acordo com a presidente da Copran, Dirlete Dellazari, a agroindústria é mais um passo importante para a organização produtiva dos assentamentos. “Além disso, ela será fundamental para agregar valor aos nossos produtos”, salientou ela. Os produtos fabricados nos assentamentos serão vendidos com uma marca intitulada “Campo Vivo”.

Fonte: Folha Web / Autor: Victor Lopes

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