Asbram apresenta painel de comercialização nos oito meses do ano durante o Simpósio Nacional da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais
O economista e professor Felipe Serigati apontou uma queda de 17,8% na venda de suplementos minerais em agosto, o terceiro mês negativo consecutivo. O panorama dos custos de produção e da demanda por suplementos minerais em 2025 foi apresentado nesta quinta-feira, durante o 14º Simpósio da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), que começou ontem, em Campinas (SP).
“Se olharmos o ano inteiro, são 1,65 milhão de tonelada, um recuo menor, de 2,3% na comparação com 2024. São 67,6 milhões de cabeças suplementadas”, detalhou. Felippe destacou que as economias tiveram uma melhora de ânimo desde abril, tanto que o Fundo Monetário Mundial reviu o panorama de avanço para todas elas. Incluindo o Brasil, que deve elevar o PIB em 2,3%. “Entretanto, o nosso ritmo está diminuindo aos poucos, o governo está gastando demais e a inflação caiu, mas pouco. É preciso atenção a todos os atores da cadeia”, alertou o professor.
A expectativa, segundo o economista, é de que o ano se encerre com uma leve retração, já que o segundo semestre de 2024 foi marcado por uma base de comparação elevada devido ao bom desempenho naquele período. O economista lembrou que, embora algumas tarifas tenham sido efetivadas, o impacto médio global foi menor do que inicialmente anunciado. “O Brasil foi exceção, com tarifas de 50%. Mas, no geral, as medidas ficaram abaixo das expectativas”, pontuou.
No campo da proteína animal, Serigati ressaltou que a economia se mostra heterogênea, com setores reagindo de forma distinta. Já a bovinocultura apresentou resultados expressivos. “Apesar de toda a turbulência, as exportações de carne bovina têm aumentado. Em 2025, estamos operando com um volume recorde, superando o resultado de 2024”, afirmou.