Programa fortalece respeito aos direitos humanos na cadeia da cana

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Parceria entre Proforest e Imaflora envolve o setor sucroenergético em ações concretas de respeito, prevenção e engajamento social.

 

O programa “Direitos Humanos em Foco”, conduzido pela Proforest e pelo Imaflora, encerrou seu primeiro ciclo de três anos com resultados expressivos na promoção de práticas mais responsáveis na cadeia da cana-de-açúcar. A iniciativa contou com o apoio financeiro do Fundo de Impacto da Bonsucro, além de empresas como Nestlé, General Mills, ASR, Hershey e Barry Callebaut.

Durante o webinar que marcou o encerramento do programa — “Devida Diligência em Direitos Humanos (DDHH) na cadeia da cana: do compromisso à prática” —, cerca de 50 representantes de empresas, usinas, entidades civis e universidades acompanharam a apresentação dos resultados. Entre os destaques, 85% dos participantes afirmaram ter fortalecido processos internos de respeito aos direitos humanos, enquanto 90% declararam ter adquirido novas ferramentas para lidar com riscos e 89% se mostraram mais preparados para aplicar a devida diligência.

Nas usinas envolvidas, todas passaram a incluir cláusulas contratuais com fornecedores voltadas ao respeito aos direitos humanos, além de reforçar canais de diálogo e ações conjuntas com comunidades e parceiros locais. O programa também lançou um guia prático de implementação da devida diligência, complementado por seis módulos online de treinamento e oficinas presenciais que reuniram 127 participantes de diferentes segmentos.

De acordo com Eduardo Trevisan, diretor ESG e certificações do Imaflora, o projeto buscou compartilhar aprendizados reais das empresas envolvidas. “Ao longo do programa debatemos caminhos para ampliar o impacto e consolidar práticas responsáveis no setor da cana-de-açúcar, com o envolvimento de fornecedores, poder público e sindicatos”, afirmou.

Para Isabella Freire, diretora executiva da Proforest na América Latina, o êxito do programa está em considerar os contextos locais. “Precisamos olhar de forma coletiva e unir esforços, ampliando a participação das usinas e encarando os riscos com maturidade e método.”

Fabiana Pierre, especialista em Direitos Humanos da Proforest, destacou os próximos passos. “Vamos escalar o impacto, aprofundando o apoio às usinas e engajando novos participantes. Nosso compromisso é continuar de forma colaborativa, com uma visão integrada que conecta clima, natureza e direitos humanos.”