26 de agosto de 2011

Phibro Brasil aposta no setor de bovinos para crescer 20%

 

Carlão da Publique com Stefan Mihailov da Phibro do Brasil

A empresa norte-americana Phibro, que atua no segmento de produção e comercialização de aditivos para nutrição e saúde animal, fechou o seu ano fiscal com um faturamento de US$ 100 milhões no Brasil, um crescimento de 40% se comparado ao ano anterior. A expectativa para o próximo período é de um incremento nos ganhos, superior a 20%, principalmente com a bovinocultura, que atualmente representa 13% do faturamento.

A empresa, que possui unidades em Guarulhos (SP) e em Bragança Paulista (SP), fechou o resultado de vendas acumulado nos últimos 12 meses (fechados em julho), com faturamento de US$ 30 milhões no mercado interno, e outros US$ 70 milhões em exportações a partir do Brasil, totalizando os US$ 100 milhões. “Com este incremento de receita, a empresa cresceu mais que o dobro da média do mercado doméstico de produtos para saúde animal, que aumento 17%, e frente aos 6% sinalizados pelo setor de alimentação animal para o mesmo período”, afirmou o presidente da Phibro Animal Health no Brasil, Stefan Mihailov.

O setor de maior destaque neste ultimo ano fiscal da empresa foi a bovinocultura, principalmente gado de corte, que cresceu 136% frente ao balanço do ano fiscal anterior, em especial, no segmento de aditivos melhoradores de desempenho nos confinamentos no Brasil, alcançando neste período a posição de liderança com significativa participação de mercado superior a 50%, percentual que representa 1,7 milhão de cabeças de gado que recebem a Virginiamicina (produzida pela empresa a partir do Brasil e exportado para mercados como Estados Unidos e Europa, entre outros) adicionada à dieta.

Com crescimento superior a 20% no uso dos confinamentos no Brasil em 2010, Mihailov se mostrou bastante otimista em relação à participação da bovinocultura nos negócios da empresa. A expectativa até 2014, é que esse setor represente aproximadamente 50% do faturamento brasileiro, ante os 17% desse ano, e os 8% do ano passado. “A agricultura está aproveitando o momento para crescer em cima das pastagens que já estão degradadas, e com isso o pecuarista está optando cada vez mais pelo ganho de produtividade, ou seja, usar as pastagens, mas encurtar o tempo de engorda do animal com o confinamento. Com isso devemos faturar 60% a mais neste próximo ano, com produtos voltados a esse setor”, disse Stefan Mihailov com exclusividade ao DCI.

Na comercialização de produtos para os mercados de aves e suínos, áreas que juntas respondem por 83% dos negócios da Phibro Brasil, o crescimento alcançado foi de 26,3%, liderado pelo aumento nas vendas de produtos a base de Nicarbazina, Semduramicina e Virginiamicina, três moléculas produzidas pela própria Phibro no Brasil – única empresa sediada no País que fabrica essas substâncias para saúde e nutrição animal. “O setor de suínos sofreu bastante no começo deste ano, por conta do embargo russo às carnes brasileiras, e o preço dos alimentos que cresceu muito. Nós ainda não sentimos o efeito desse problema aqui. Mas se o caso continuar é provável que o abate de fêmeas, e a redução de plantel proposta pelos suinocultores nos afetarão”, explicou o presidente da companhia.

Para o próximo ano fiscal, recém iniciado e que se encerra em junho de 2012, a meta da Phibro é crescer no total outros 15% em volume de vendas no Brasil, e atingir a marca de US$ 120 milhões. “Prevíamos crescer 20% no faturamento de 2010/2011, e conseguimos 40%. Para esse próximo período prevemos atingir os US$ 120 milhões, mas nada impede de superarmos essa meta. Ainda mais com o Brasil que é o nosso principal mercado”.

Mihailov assumiu que o grupo global já estuda a expansão de unidades para outros países, a fim de ampliar o campo de distribuição da substância Virginiamicina, até então produzida em grande escala no Brasil. “A expansão visa atender países mais distantes do Brasil, mas ainda não temos muitos detalhes. Aqui não temos nenhum plano de expansão ainda. Até porque os investimentos nas unidades existentes ainda são grandes”, afirmou.

No Brasil
Para 2011/2012 a empresa espera intensificar as vendas do Aviax Plus, um anticoccidiano integralmente desenvolvido e fabricado no Brasil. O produto é fornecido em formulação 100% granular, na qual todos os grânulos contêm a quantidade indicada de cada um dos princípios ativos, que são a Nicarbazina, e a Semduramicina. “Com isso, obtém-se maior ganho de peso e melhor conversão alimentar das aves, garantindo plantéis mais saudáveis e com melhores índices produtivos, e com muito mais segurança para a exportação ao mercado europeu”, finalizou o executivo.

Apesar de produzido no Brasil, o Aviax Plus já era comercializado na África do Sul, México, Malásia e Argentina.

Fonte: DCI – Diário do Comércio & Indústria / Daniel Popov

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