15 de fevereiro de 2016

O momento é para adubação nitrogenada

A adubação nitrogenada de pastagens é uma prática comum na CFM, usada com o objetivo de elevar a longevidade dos pastos e, principalmente, aumentar a capacidade de suporte das fazendas

No espaço técnico deste mês, dividimos com os nossos parceiros alguns conceitos importantes para que a adubação seja eficiente e contribua para o resultado econômico da atividade pecuária.

O uso do nitrogênio deve acontecer quando os fatores de crescimento, como água, luz e temperatura, estiverem favorecendo o pleno crescimento das plantas. Portanto, na maior parte dos casos, opta-se por iniciar a adubação logo no início do período chuvoso, buscando acelerar a rebrota dos pastos e elevar a taxa de lotação. Outra possibilidade é aplicar nitrogênio no final do verão, com o objetivo de acumular forragem para a época seca. Nessa modalidade, o uso do nitrogênio não é tão eficiente, mas contribui para amenizar os efeitos da sazonalidade de produção das pastagens.

Várias fontes de nitrogênio podem ser usadas em pastagens e as mais comuns são a ureia (44 a 46% N), o sulfato de amônio (20 a 21% N) e o nitrato de amônio (32 a 33% N). A ureia tem o menor custo por kg de N, mas é a fonte mais sujeita a perdas por volatilização. O sulfato de amônio é uma fonte mais cara, porém costuma ser mais eficiente, por sofrer menos perdas por volatilização e, ainda, por conter enxofre, nutriente que contribui para a metabolização do N nas plantas. Por outro lado, o uso frequente do sulfato de amônio causa acidificação do solo, elevando a necessidade de calagem. Já o nitrato de amônio, opção que a CFM tem escolhido nos últimos anos, tem a vantagem de proporcionar baixas perdas de N a um custo intermediário. A desvantagem dessa fonte é que não deve ser armazenada por longos períodos, pois empedra facilmente, o que dificulta sua aplicação.

A volatilização é o processo que leva o N a passar para a forma gasosa e se perder no ar. Quando se faz opção pela ureia aplicada a lanço, as perdas de N por volatilização podem chegar, em casos extremos, a 80%. Portanto, o uso dessa fonte requer alguns cuidados.

As condições favoráveis à volatilização são a elevada temperatura e altas taxas de evaporação de água do solo. Portanto, não se deve aplicar ureia logo após uma chuva. Por outro lado, a ocorrência de chuva após a adubação pode ser benéfica. O ideal é uma precipitação de 10 a 20 mm, num período de até dois dias pós-aplicação. O uso de ureia protegida prolonga esse intervalo de segurança.

A dose de nitrogênio aplicada também é importante para que a resposta seja eficiente. Doses altas, não parceladas, costumam resultar em pior aproveitamento. Na CFM, cada adubação fornece cerca de 50 kg/ha de N. No caso do nitrato de amônio, a dose é de 150 kg/ha.

É muito importante ressaltar que o sucesso da adubação nitrogenada também depende do suprimento adequado de outros nutrientes e da correção do pH do solo. Não menos importante é o manejo das pastagens adubadas, que deve proporcionar elevado aproveitamento da forragem produzida.

Ana Carolina Rossetti – Agrônoma da Agro-Pecuária CFM

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