2 de agosto de 2011

Marketing Digital no Agro foi tema no Congresso da ABMR&A

 

Claudio Peixoto: diretor de Marketing da Pioneer

Entender que a internet é rede de pessoas e não de computador, bem como produzir conteúdo interessante, atual e direcionado para o momento são, segundo o diretor de Marketing da Pioneer, Claudio Peixoto, os desafios para o sucesso de vendas através das ferramentas digitais. A afirmação foi feita durante palestra Marketing Digital no Agro, que proferiu no Painel Mídia e Novas Tendências, no dia 28 de julho, quinta-feira, durante o 8 º Congresso Brasileiro de Marketing Rural.
Com desenvolvimento do agronegócio no Brasil, a partir de 1970, explicou, houve uma grande transformação no setor, principalmente dentro da porteira. “Em 2000 começou a era digital e surgiu um novo perfil de cliente: exigente, com alta percepção de valor; informado, e quer mais informações do que aquelas que ajudam a produzir; tem visão empresarial – produzir, comprar, vender, administrar; crítico – alguns aspectos para ele são obrigações e não benefícios; individualista, quer resolver o seu problema. Ao mesmo tempo se organizam em grupos; impaciente, quer respostas rápidas, pois tempo é dinheiro; baixa fidelização, é aberto a experimentações.”
Claudio Peixoto esclareceu que nas mídias tradicionais são as empresas que buscam os consumidores e nas digitais são os consumidores buscam as empresas e as marcas. Por isso, na mídia digital surgem desafios que requerem atenção: “o conteúdo deve ser interessante, atual e útil para o momento e, também, dinâmico, conforme o momento. Entender que Internet é rede de pessoas e não de computadores”.
Alertou, porém, para os seguintes pontos: as pessoas habitam e vivem tanto no ambiente físico quanto digital; o marketing digital não é milagre; a falta de planejamento não se torna melhor por ser online e não queira esperar que algo ruim fique melhor por ser online.
Chamou a atenção para o plano de marketing, “que é o plano que estabelece as melhores combinações dentre as várias ferramentas existentes no mercado para se construir uma estratégia de comunicação considerando público-alvo, necessidade, oportunidade e objetivos que se quer alcançar”.
Reconheceu que os métodos de marketing utilizados antes da era digital, como visitas, reuniões, dias de campo, encontros, bem como a utilização do rádio, TV e mala-direta via correio, devem continuar.
Segundo Claudio Peixoto, marketing digital engloba todas as ações de marketing realizadas através de meios digitais, além da internet, TV digital e celular, que tem como proposta a interação, o relacionamento e sincronismo em tempo real em podem ocorrer em massa ou segmentadas, transformando campanhas em conversas.
Explicou, uma a uma, as ferramentas digitais e os desafios que cada uma representa para os profissionais de marketing:
Site: é o cartão de visita da empresa e marca. Portanto, a vitrine virtual do negócio da empresa. Os desafios são manter o conteúdo atualizado e de interesse – mercado, clima, etc. – e o acesso deve ser fácil, ágil e claro. Destacou que é importante “lembrar que as necessidades e interesses mudam conforme a época, que as informações do campo alimentam o site, que seu público possui vários segmentos, permitir que tenha um contato pessoal, ter agilidade – os clientes estão se acostumando com as mídias sociais e, finalmente, ter clareza – o cliente não achou o que procura, ele migra para outro site”.
Hotsite: é um pequeno site para apresentar e destacar uma ação de comunicação e/ou marketing pontual. Deve ter sincronismo entre o conteúdo da ação com a época e o público-alvo – mix entre calendário de ações e oportunidade; ter conteúdo suficiente para construir esse pequeno site. “Deve-se lembrar que esta ação é de curta duração; e que ela só é eficiente para fatos específicos e pontuais como um lançamento de produto, serviços, prática de manejo inovadora e fato atual; e ter certeza que é de interesse para o público selecionado”, explicou o diretor de marketing da Pioneer.
Prodcasting: é uma gravação de áudio disponível na internet para que as pessoas possam ouvir online ou baixar. “É necessário ter conteúdo de interesse, alem de ser objetivo e trazer algo concreto. Deve passar a mensagem o mais curta e objetiva possível; ter ganho força em função das facilidades de reprodução do iPhone, iPod e outros Smarphones; em alguns casos pode ser utilizado entrevistas para abordar assuntos complexos e de difícil acesso, servir de alerta ou esclarecimento; e tem que ter empresas especializadas como fonte de Rádio Release.
Videocasting: “é o uso de vídeo via Internet. Essa ferramenta se popularizou após a banda larga e o Youtube. O vídeo tem como principal característica a humanização das ações de narketing. Deve ter conteúdo atualizado, interesse com qualidade na dose certa, como também é preciso ter uma lista de pessoas de domínio em diferentes assuntos, com poder de comunicação capacidade de diversificar a forma de apresentação, como por exemplo palestras online e mesas redondas online”, explicou.
Marketing Viral: segundo Claudio Peixoto, “é o famoso boca a boca do marketing convencional. A ideia é criar mensagens por texto, imagem ou vídeo e, que esta se comporte como um vírus na Internet, espalhando-se espontaneamente”.
Buscadores: é a inversão do vetor de marketing. Ao invés de buscar clientes, faça com que eles lhe encontre. “Cerca de 90% dos internautas usam buscadores para encontrar o que procuram. Cerca de 40% deles acreditam que as empresas que aparecem nas primeiras posições são líderes de mercado e permite discutir o assunto com profundidade e de maneira interativa”, disse.
Mídias sociais: são conteúdos online criados por empresa/pessoas usando tecnologias de publicação muito acessíveis. A comunicação tem base nos relacionamentos de interesse comum, na troca de conteúdos e no grande volume. Fornecer informações úteis, ser autêntico, manter regularidade e ser inovador são, segundo, Peixoto, alguns aspectos que devem ser considerados.
Ao encerrar, Claudio Peixoto indicou que as tendências são TV Digital e Smartphone. “Com a TV digital implementada, consumidores e emissoras interagirão mais com tendência da Internet migrar para dentro da TV.” Com relação aos Smartphone, destacou Marketing Digital e Mobile marketing num só mundo. “Consumidores com diversos equipamentos de acesso a Internet e com várias plataformas de uso”, concluiu.
O 8º Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio, uma realização da ABMR&A – Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio, aconteceu durante os dias 27 e 28 de julho, em São Paulo, no Transamerica Expo Center, durante as feiras de negócios AGRINSUMOS Expo&Business e INDUSPEC Animal Expo&Business, promovidas pelo Grupo Informa.

Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo Publique

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