8 de dezembro de 2021

InpEV faz 20 anos e inaugura Museu do Sistema Campo Limpo!

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias também celebra a marca histórica de 650 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas corretamente durante duas décadas e a nova central de recebimento do país, em Guariba, interior de São Paulo.

O inpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, completa 20 anos em dezembro e para comemorar este período de pioneirismo e inovação para a agricultura brasileira inaugura, no próximo dia 17, o Museu do Sistema Campo Limpo, localizado em Guariba, região de Ribeirão Preto (SP). Outro fato a ser celebrado em dezembro é a superação do número de embalagens destinadas corretamente ao longo de duas décadas: 650 mil toneladas, uma prova da bem-sucedida trajetória do inpEV, gestor do Sistema Campo Limpo.  Trata-se de um programa que integra toda a cadeia agrícola (fabricantes, importadores e registrantes, agricultores, distribuidores e poder público) e tornou-se líder mundial ao enviar para o destino ambientalmente correto 94% das embalagens plásticas primárias comercializadas no Brasil.

João Cesar Rando, diretor-presidente do inpEV, destaca que o Sistema serviu de modelo para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, marco regulatório fundamental para o setor, que entrou em vigor dez anos depois da fundação do inpEV. “No país, o programa foi um dos primeiros a colocar em prática o conceito que hoje é conhecido como economia circular”. O projeto do Museu é resultado do êxito do Sistema Campo Limpo, que hoje é exemplo para todas as indústrias ao redor do mundo quando se fala em logística reversa e sustentabilidade. “Iniciativas reconhecidas internacionalmente devem ser compartilhadas. Por isso, os visitantes poderão conhecer a história do Sistema, o funcionamento da operação e todo o ciclo da embalagem até a transformação em novos artefatos”, destaca Rando.

Com o Museu, os visitantes terão a oportunidade de mergulhar no processo da logística reversa, com acesso a toda a história que levou à concretização do Sistema, começando pela implantação do projeto-piloto em Guariba (1994), sob a gestão da Coplana – Cooperativa Agroindustrial. Será possível conhecer, de forma lúdica e interativa, as etapas da operação, benefícios e os resultados obtidos ao longo dessas duas décadas, incluindo as primeiras campanhas de divulgação e conscientização.  Painéis, infográficos e artefatos produzidos pelas recicladoras do Sistema serão usados para apresentar a trajetória do programa e o caminho percorrido pelas embalagens pós-consumo. O espaço vai valorizar ainda as equipes que tornaram todo esse trabalho possível, incluindo depoimentos de vários representantes dos elos da cadeia agrícola.

A expectativa é que escolas e universidades da região realizem visitas rotineiras ao museu para que entendam a concretização do conceito de ESG (sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança) e de economia circular, modelo perseguido pelas grandes corporações do século 21. O Museu só pode ser viabilizado graças ao apoio da Coplana, parceira do inpEV desde sua fundação, e ao patrocínio de cinco recicladoras do Sistema: Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos, Cimflex, Dinoplast, Plastibrás e Vasitex. Segundo o vice-presidente da Coplana, José Antonio de Souza Rossato Jr, conhecer a história da logística reversa é uma oportunidade de valorização e de compreensão do presente para construção do futuro da produção agrícola moderna e sustentável em nosso país. “Acredito que a iniciativa representa a preservação do legado da logística reversa no Brasil”, diz.

Central em Guariba
Agora sob a gestão do próprio inpEV, a central de Guariba mudou de endereço e tem quase 1,2 mil m2 de área construída, aumentando a capacidade de destinação de 500 toneladas para 700 toneladas por ano. Além de ter layout adequado às melhorias de processos desenvolvidas ao longo dos anos, a central foi planejada de acordo com conceito de sustentabilidade. “A unidade terá uma miniusina fotovoltaica, que produzirá energia limpa para abastecer a central de Guariba e mais as unidades paulistas de Araçatuba, Araraquara, Ituverava e São José do Rio Preto. Com uma potência instalada de 38 mil kwh/ano, vai permitir grande redução de custo”, explica Weider Santana, coordenador regional de Operações do inpEV. Ele destaca que haverá esquema de captação de água da chuva para uso em sanitários e aquecimento solar para chuveiros dos vestiários. O inpEV também ficará responsável pela conservação de uma área verde municipal anexa à central, com mais de 3,5 mil m2. Modernizada, a central de Guariba acompanhou todas as fases do Sistema Campo Limpo, e representa o permanente investimento em inovação que resulta em mais eficiência para o programa de logística reversa. Um exemplo é a implantação do Projeto de Rastreabilidade, que adota padrão global de automação para acompanhar todo o percurso das embalagens, levando a aumento de produtividade e ausência de erros. Este projeto foi escolhido o melhor na categoria Sustentabilidade no Prêmio de Automação 2021 da GS1.

 

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