26 de maio de 2024

DATAGRO Grãos reduz estimativa da safra de soja do Brasil

No total das duas safras de milho, País tem produção potencial de 114,3 mi de t, aponta consultoria

A DATAGRO Grãos, em seu nono levantamento sobre a safra 2023/24 de soja do Brasil, ratifica o 17º ano consecutivo de incremento da área semeada, com a nova estimativa passando de 45,520 milhões de hectares para 45,935 mi de ha, o que representa um aumento de 2,8% ante a temporada 2022/23, quando foram semeados 44,694 mi de ha. A intenção de plantio, divulgada em julho do ano passado, apontava 45,724 mi de ha – apenas 211 mil ha de diferença com o atual número. “A temporada 2023/24 da soja no Brasil foi bem diferente, com produtores ainda estimulados ao cultivo, mas sem a força dos anos anteriores. Os fatores de estímulo até predominaram, mas por conta da queda nos preços e das expectativas de margens apertadas, o avanço no plantio foi limitado”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da DATAGRO Grãos.  

A despeito do positivo padrão tecnológico, a safra vai fechando com severas perdas na produção. Desde o mês anterior, o avanço da colheita mostrou resultados gerais um pouco diferentes, levando a revisão para baixo na expectativa de produtividade de 3.251 kg/ha para 3.213 kg – 10,8% inferior aos 3.602 kg do recorde alcançado na temporada 2022/23. Com isso, a expectativa de produção passou de 147,963 milhões de toneladas para 147,571 mi de t. Em caso de confirmação, esse volume ficaria 8,3% aquém da safra recorde colhida em 2022/23, de 160,834 mi de t – ainda assim, a segunda maior da história. “Perdas no Rio Grande do Sul parcialmente compensadas por revisão para cima na área em outros estados”, observa França Junior.  

Milho
O levantamento de maio da DATAGRO Grãos manteve a projeção para a área semeada de milho de verão em 4,052 mi de ha – 2,652 mi de ha no Centro-Sul e 1,400 mi de ha no Norte/Nordeste –, 200 mil ha a menos do que o apontado na intenção de plantio, o que representaria uma retração de 10,1% ante a temporada anterior. O padrão de clima irregular vai superando o bom uso de tecnologia, com destaque para as perdas na reta final em virtude das chuvas em excesso no Rio Grande do Sul. O potencial de produção da 1ª safra de milho foi reduzido de 23,991 mi de t apontadas no mês passado para 23,791 mi de t – 17,841 mi de t do Centro-Sul e 5,950 mi de t do Norte/Nordeste –, 14,6% inferior à prejudicada safra colhida em 2023, de 27,864 mi de t. Para a safra de inverno 2024, houve apenas corte residual na área. “Que caíram originalmente pela fraca sinalização para as margens de lucro e com os problemas no plantio da soja”, ressalta França Junior. No total Brasil, a projeção é de 17,207 mi de ha, 7,6% abaixo dos 18,620 mi de ha de 2023 – 14,337 mi de ha do Centro-Sul e 2,870 mi de ha do Norte/Nordeste. Em nível nacional, o potencial de produção da 2ª safra foi ajustado de 91,862 para 90,515 mi de t, 16,7% aquém das 108,595 mi de t da safra de 2023 – 81,331 mi de t do Centro-Sul e 9,184 mi de t do Norte/Nordeste. No total das duas safras, o Brasil tem previsão de área para 2023/24 de 21,259 mi de ha, 8,1% abaixo dos 23,126 mi de ha de 2023, e produção potencial agora de 114,305 mi de t,16,2% inferior à safra de 2022/23, quando foram colhidas 136,459 mi de t. 

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.