Nos últimos anos, o Brasil tem batido recordes sucessivos de produção das principais culturas no campo. O plantio de até três safras por ano coloca o país na liderança global de diversos produtos agrícolas. Esse desempenho e protagonismo tem sido impulsionado principalmente pelo avanço das tecnologias, que tornam os produtores cada vez mais eficientes nas mesmas áreas. Contudo, com a combinação de clima, terras férteis e inovações a agricultura brasileira pode ir muito além.
É exatamente de olho neste potencial que a agtech Calice acaba de desembarcar por aqui, com o objetivo de levar a agricultura local a um novo patamar tecnológico. Com atuação na Argentina e Estados Unidos, a empresa é especializada em modelar computacionalmente dados biológicos e agronômicos de culturas para prever e melhorar seus rendimentos, qualidades e adaptabilidade em diversos cenários ambientais.
Entre suas principais soluções está o software, NODES™, uma plataforma que utiliza inteligência artificial avançada, ciência de dados e modelos preditivos para transformar grandes quantidades de informações agrícolas em insights acionáveis. Sua tecnologia permite que as empresas otimizem os seus programas de I&D (Investigação e Desenvolvimento) e teste de posicionamento de produtos, reduzindo custos, aumentando a eficiência e minimizando o impacto ambiental. “Nossa missão é contribuir para um mundo mais sustentável, ajudando os clientes, com o poder da ciência e da tecnologia, a desenvolver melhores culturas e produtos, garantindo que os recursos naturais e produtivos sejam universalmente acessíveis”, disse o CEO da Calice, Ramiro Olivera.
Estratégias – Para o avanço da empresa principalmente no Brasil, a Calice realiza uma rodada de investimento que já captou UIS$ 1,5 milhão. A estratégia é ampliar o desenvolvimento e o aprimoramento de suas tecnologias, bem como estruturar a chegada ao mercado brasileiro. “Esses são os principais pilares destes investimentos. Queremos aprimorar a nossa plataforma e também fortalecer o desenvolvimento comercial no Brasil juntamente com os outros mercados em que já atuamos”, destacou Olivera.
O escritório da empresa está sendo estruturado, em Curitiba (PR), e terá como principal diretor no Brasil o engenheiro agrônomo Mauricio Varela, que tem conhecimento sólido no mercado local e na agricultura, nos quais atua no desenvolvimento de startups há mais de 10 anos. “Já temos um time comercial instalado e os nossos próximos passos são: ampliação dessa equipe de captação de clientes para ajudar no faturamento e também o desenvolvimento tecnológico com a contratação de data scientists que nos ajudarão em soluções adaptadas à agricultura brasileira como já fazemos em outros países”, reforçou Varela.
A solução da Calice tem como foco inicial as empresas de sementes, agro alimentícias e biológicos. Posteriormente, esse foco poderá ser ampliado a outros setores. Segundo reforçou Varela, as oportunidades aqui são muitas. Afinal, o agro é um setor que começou a ser digitalizado há apenas cerca de 20 anos, e ainda tem muito a avançar. “A pouco tempo não se falava de inteligência artificial e nem em machine learning, portanto, muitas das estruturas das bases de dados não estão feitas para utilizar esses modelos. Desta forma, há um grande caminho e possibilidade pela frente para vendermos soluções para essa demanda”, finalizou o profissional.
Sobre – Desde 2022, a Calice vem transformando a agricultura por meio de IA de ponta e modelagem computacional de dados. Sua equipe interdisciplinar de cientistas, engenheiros e empreendedores de tecnologia possui mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de tecnologias que revolucionam a P&D agrícola. Com a plataforma proprietária NODES™, capacita empresas a acelerar a criação de soluções mais sustentáveis e produtivas. Sua missão é impulsionar a inovação para aumentar a produtividade e construir um futuro sustentável para a agricultura e o planeta.