Desfolha artificial para simular os danos causados por lagartas e percevejos. Crédito: Matheus Teixeira / Divulgação.
Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a soja é a cultura agrícola brasileira que mais cresceu nas últimas três décadas e corresponde a 49% da área plantada em grãos do país. Entre os fatores que colaboram com esta estatística, existe o desenvolvimento de pesquisas que identificam e avaliam fatores prejudiciais à produção, como o estudo do percevejo e lagarta, pragas que afetam a cultura.
O curso de Agronomia da Unoeste, por meio do Laboratório de Entomologia Agrícola (LEA), em parceria com a Embrapa Soja de Londrina (PR) e outras instituições de pesquisa do país, desenvolve um projeto de rede inédito intitulado “Efeito da desfolha artificial simulando dano de lagartas e percevejos em diferentes cultivares de soja”. Na universidade, as incumbidas pelo projeto são as professoras doutoras Vânia Ramos e Fabiane Cunha, que também são as responsáveis pelo espaço laboratorial.
“Iniciamos esse estudo em outubro de 2012, com o plantio de cultivares da soja BRS 256 e Potência RR. A principal intenção é avaliar a confiabilidade dos níveis de ação recomendados comparativamente em cultivares de ciclo determinado e indeterminado”, explica Vânia.
Fabiane revela que este projeto é um ensaio de rede, no qual a Unoeste foi convidada pelo pesquisador da área de entomologia da Embrapa Soja, doutor Adeney de Freitas Bueno. “A universidade é a única instituição de ensino superior a participar deste trabalho, no qual representa o Estado de São Paulo. Integram ainda, centros de pesquisa da região Centro-Oeste e dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Todos estes locais fazem os experimentos simultaneamente, para que assim, todos os dados obtidos sejam comparados. Esta fase está prevista para ocorrer no final de março”. Ela diz ainda que o procedimento será muito importante, pois fornecerá uma recomendação para cada área do país que poderá ser divulgada para os produtores de soja, acrescentando ao manejo integrado de pragas os novos níveis de ação para tomada de decisão.
Vânia comenta que o envolvimento discente no estudo é total. “O experimento só existe por conta do empenho dos estagiários do laboratório de Entomologia, que são alunos da graduação e pós-graduação em Agronomia, além da participação do residente Rafael Gervasoni. Eles são os responsáveis por todas as ações, desde o plantio e cultivo da cultura até a desfolha, medição e análise dos resultados. É válido lembrar que a professora Fabiane e eu fazemos todo o acompanhamento e orientação”.
Sobre a contribuição que essas vivências trazem aos futuros profissionais, ela destaca que a experiência de campo obtida é de grande importância. “Eles estarão preparados para trabalhar em empresas, montando experimentos e repassando dados, bem como atuando nas áreas de pesquisa e acadêmica”.
A mestranda em Agronomia, Karen Khun, integra o estudo. Ela conta que esta participação agregará conhecimentos relevantes junto ao mestrado.
“Considerando que a soja é uma das principais culturas do país, este projeto é de grande relevância. Além disso, a Unoeste é uma das únicas universidades particulares que tem parceria com a Embrapa, o que possibilita a concretização de estudos importantes, que podem contribuir com a minha carreira”.
Lucas Camargo Soares é acadêmico do 5º termo da graduação. Ele esclarece que a área de entomologia agrícola lhe interessou desde o início. “Estagiar neste laboratório sempre foi meu objetivo. Aqui tenho a oportunidade de complementar os conhecimentos teóricos do meu curso. Em relação ao experimento de cultivares da soja estou muito satisfeito, pois tenho a oportunidade de adquirir novas vivências e informações diferenciadas”.
Participação
Além dos nomes citados acima, integram o projeto os alunos do curso de Agronomia, Maycon Vieira, Viviane Tavares, Cláudia Soares, Luan Bellini, Joice Vitti e Fernando Rosado.
Fonte: Assessoria de Imprensa Unoeste
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