Entidade destaca que conferência consolidou agenda sustentável baseada em ciência, inovação e agricultura de baixa emissão.
A participação do agronegócio brasileiro na COP30, encerrada nesta sexta (21), em Belém (PA), deixou claro que o setor buscou ocupar espaço estratégico no debate climático global. Para a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), o conjunto de ações, debates e apresentações ao longo da conferência ajudou a reafirmar a relevância do país como potência agroambiental.
Segundo Giuliano Alves, gerente de Sustentabilidade e Projetos da entidade, a presença ativa permitiu mostrar ao mundo a consistência das práticas adotadas no campo brasileiro. “A apresentação de cases, de pesquisas e da realidade no campo mostrou os motivos pelos quais a agricultura brasileira é sustentável e, ao mesmo tempo, possui índices elevados de produtividade, desmitificando conceitos frequentemente distorcidos sobre a atividade. Certamente, este é um dos legados desta Conferência”, afirmou.
Um dos destaques foi a AgriZone, espaço organizado pela Embrapa em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e entidades setoriais. O ambiente funcionou como vitrine para a agricultura tropical, permitindo que negociadores internacionais conhecessem iniciativas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Para Alves, essa aproximação tende a reverberar em futuras edições das Conferências. “Esse trabalho fará a diferença nas próximas Conferências”, avaliou.
A ABAG levou a Belém uma delegação composta por executivos envolvidos na agenda climática — entre eles, Eduardo Bastos, Renato Buranello e Frederico Favacho — que circularam pela BlueZone, pela AgriZone, por pavilhões internacionais e por side events relevantes. As discussões reforçaram as diretrizes do documento “Agronegócio frente às Mudanças Climáticas”, que concentra três prioridades: mitigação e adaptação, financiamento e mercado de carbono.
