Com participação na Blue e Green Zone, entidade busca fortalecer políticas públicas, integração tecnológica e cooperação entre setores para acelerar a descarbonização do transporte no Brasil e no mundo.
Com uma agenda voltada a influenciar políticas públicas e ampliar o debate sobre o futuro da mobilidade sustentável, o Instituto MBCBrasil chega à COP30, em Belém (PA), disposto a reforçar o papel do país como referência internacional na transição energética dos transportes. A entidade participa de painéis tanto na BlueZone quanto na GreenZone, além de integrar as ações da Biocoalizão no espaço “Brazilian Sustainable Transportation”, reunindo representantes de diversos segmentos ligados à inovação e à descarbonização.
Segundo o presidente do Conselho do Instituto, José Eduardo Luzzi, a presença conjunta de organizações do setor automotivo, de biocombustíveis e de energias renováveis fortalece a visão de que a transição precisa ser ampla e integrada. “Essa presença conjunta reforça a visão de que a descarbonização da mobilidade nacional deve ser tratada de forma sistêmica, integrando setores e ampliando o diálogo entre indústria, governo e sociedade”, afirma. Ele acrescenta que a atuação articulada mostra o Brasil como potência mundial em biocombustíveis e alinhado ao programa Combustível do Futuro.
A programação inclui debates estratégicos. No dia 14 de novembro, às 13h45, na BlueZone, o Instituto participa do painel “Descarbonizando o Setor Transportes: Experiências Globais em Mobilidade Sustentável”, com representantes da Marcopolo e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A discussão analisará políticas públicas e soluções tecnológicas capazes de acelerar a transição da mobilidade brasileira, abordando desde biocombustíveis até eletrificação.
Na Green Zone, a participação começa no dia 13 de novembro, às 9h, com o painel “Integrating Industrial and Climate Agendas in Brazil”, no Espaço Fundação Toyota. O encontro discute estratégias para alinhar competitividade industrial e metas climáticas em uma transição que considere múltiplas rotas tecnológicas. Hoje também, às 12h30, Luzzi participa do painel “Soluções Brasileiras para a Transição Justa”, destacando a importância de políticas coordenadas, infraestrutura adequada e previsibilidade regulatória para garantir uma descarbonização que una avanço ambiental e desenvolvimento social.
A agenda do Instituto se encerra no dia 19 de novembro, às 15h, com o painel “Diversificação do Etanol: Blending, SAF e biocombustíveis marítimos”. A conselheira Priscilla Cortezze discutirá as novas fronteiras do etanol brasileiro, especialmente sua aplicação em setores de difícil descarbonização, como aviação sustentável (SAF) e transporte marítimo.
Para Luzzi, a COP30 é uma oportunidade de afirmar o protagonismo brasileiro na mobilidade de baixa emissão. “O Brasil tem condições únicas para liderar a transição global da mobilidade, com uma matriz elétrica limpa, uma longa trajetória em biocombustíveis e um parque industrial preparado para escalar soluções sustentáveis”, afirma. Ele reforça que reduzir emissões e gerar inclusão podem caminhar juntos, fortalecendo inovação, emprego e competitividade.
