22 de janeiro de 2013

Biotecnologia garantiu US$ 100 mil a milhocultor médio brasileiro em quatro anos

 

Narciso Barison Neto, presidente da ABRASEM /Divulgação.

A Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) divulgou a sexta edição dos estudos da Céleres e Céleres Ambiental sobre os impactos econômicos e socioambientais da adoção de biotecnologia nas lavouras brasileiras.

De acordo com a análise, o produtor de uma lavoura de 50 hectares de milho resistente a insetos já acumulou retorno adicional de até US$ 100,4 mil, desde que essa tecnologia foi comercializada no Brasil. A previsão é que o mesmo produtor tenha, nos próximos dez anos, um incremento de US$ 324,1 mil em sua renda, principalmente, por conta do aumento da produtividade que a tecnologia proporciona.

Ao avaliar o cenário da biotecnologia no Brasil, levando em consideração as três culturas com variedades transgênicas já aprovadas e em produção comercial – milho, soja e algodão – os resultados também são significativos. Com a previsão das novas tecnologias liberadas, a maior adoção por parte dos produtores e o aprimoramento das tecnologias atuais, o benefício econômico total da adoção dos transgênicos nos próximos dez anos deve chegar a US$ 118,2 bilhões, sendo que 82% desse valor ficará com o produtor.

“A Abrasem buscou trazer os resultados para mais próximos à realidade dos agricultores brasileiros, em sua maioria produtores familiares”, explica o agricultor e presidente da ABRASEM, Narciso Barison Neto.

Ganho de produtividade
Outro destaque do estudo é sobre o ganho de produtividade, que passou a ser o maior responsável pelo benefício econômico gerado ao produtor, ultrapassando a redução do custo de produção, que foi o fator dominante nos estudos anteriores. Essa mudança pode ser atribuída também aos bons resultados que a adoção do milho transgênico trouxe para a agricultura.

“Analisando os resultados econômicos que a adoção da biotecnologia trouxe para a agricultura brasileira nos últimos 16 anos e a previsão para os próximos dez, torna-se fundamental o aprimoramento e o contínuo acompanhamento das políticas públicas que garantam um ambiente favorável ao desenvolvimento da biotecnologia no Brasil”, explica Anderson Galvão, sócio-diretor da Céleres e coordenador do estudo econômico.

Para o presidente da ABRASEM, o estudo mostra que o investimento em biotecnologia é bom para o produtor. “E é ainda mais importante quando pensamos em manter a competitividade da produção agrícola nacional, num momento onde as expectativas sobre demanda crescente por alimentos no mundo tomam conta da discussão local e internacional”, afirma.

“O caso do milho é o maior exemplo do salto na rentabilidade e no impacto no meio ambiente que a biotecnologia pode propiciar aos agricultores. E os impactos dessa adoção são ainda mais nítidos para pequenos e médios produtores, que ganham em competitividade”, completa Narciso Barison.

Benefícios ambientais
O estudo também apresenta os benefícios da biotecnologia para o meio ambiente e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro nos últimos 16 anos – desde a chegada das primeiras sementes geneticamente modificadas ao País – e para os próximos dez, levando em consideração fatores como uso de água, uso de óleo diesel, emissões de gás carbônico e uso de ingredientes ativos (defensivos).
O benefício previsto com relação ao uso de água para o período de 2012/13 a 2021/22 é de 167,4 bilhões de litros do recurso que deixariam de ser utilizados nas lavouras com adoção de biotecnologia. Esse volume abasteceria uma população de 3,8 milhões de pessoas.

O volume de óleo diesel aplicado no maquinário agrícola nas lavouras transgênicas também terá redução significativa na próxima década, podendo chegar a 1,4 bilhão de litros, o suficiente para abastecer uma frota de 581,2 mil veículos leves. Para as emissões de gás carbônico em decorrência do uso de óleo diesel, projeta-se que cerca de 3,7 milhões de toneladas de CO2 deixem de ser lançadas na atmosfera, o que é equivalente a preservar 27,3 milhões de árvores.

“O nível de benefícios é crescente na medida em que os produtores aceleram a adoção da biotecnologia, uma ferramenta capaz de contribuir com práticas agrícolas mais sustentáveis que reduzem a pressão exercida sobre os recursos naturais, explica Paula Carneiro, diretora da Céleres Ambiental e coordenadora do estudo socioambiental.

Sexta edição
Esta é a sexta edição do estudo que acompanha os benefícios da biotecnologia na agricultura brasileira, realizado anualmente desde 2008 para a ABRASEM. A avaliação é dividida entre benefícios econômicos, analisados pela Céleres, e benefícios socioambientais, a cargo da Céleres Ambiental. As empresas são as únicas no Brasil que acompanham regularmente – e desde o início – a adoção de transgênicos na lavoura. Os resultados se baseiam em pesquisas de campo e entrevistas com mais de 360 produtores de soja, milho e algodão espalhados pelo País. Essas são as três culturas com eventos GM aprovados no Brasil que já estão disponíveis no mercado.

Fonte: Assessoria de Imprensa

 

 

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