8 de março de 2012

Fórum apresenta proposições para fortalecimento econômico do Centro-Oeste

As medidas para impulsionar a economia da região central do Brasil foram pautas do dia 6/3, da reunião do 5° Fórum das Entidades Representativas do Setor Produtivo do Centro-Oeste, realizada na sede da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), em Campo Grande. O fórum agrega as federações de Comércio, Indústria e Agricultura e Pecuária dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, além do Distrito Federal.

“Tratamos de discussões estratégicas que podem fomentar novos projetos e decisões políticas e econômicas em toda a cadeia produtiva e juntos uniformizamos os pleitos e ganhamos mais força não somente para o crescimento da região, mas do país. Não buscamos competição entre os estados, mas a ampliação da nossa participação na competição mundial”, descreve o presidente da Famasul, Eduardo Riedel. Para o senador Adelmir Santana e presidente da Federação de Comércio do Distrito Federal, o fórum é ainda mais abrangente. “São discussões que vão apontar decisões estratégicas que interferem diretamente na qualidade de vida dos brasileiros porque trata dos rumos da economia nacional” analisa.

A melhoria e ampliação da infra-estrutura logística foram apontadas como saídas para aumentar a eficiência da produção agropecuária. “O Centro-Oeste concentra a área de maior produção do país e precisamos transportar isso com mais eficiência, aumentando a competitividade brasileira no mercado externo”, analisa Rui Prado, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). O fórum debateu o projeto Centro-Oeste Competitivo que irá mapear a estrutura logística da região e apontar quais os corredores que devem ser criados para facilitar o escoamento.

A ampliação do credenciamento de instituições financeiras para repasse dos recursos do FCO, com inclusão das cooperativas de crédito e aumento do limite operacional dos repasses também foram apontados como medidas para viabilizar o crescimento da produção. Outra medida sugerida pelo Fórum é a criação de cadeiras permanentes do setor produtivo no Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (CONDEL).

Governo Federal
segurança jurídica e a sanidade animal fazem parte das principais reivindicações do Fórum ao governo federal. Em documento enviado à presidência da República, os presidentes e representantes das federações solicitam intervenção junto ao Congresso Nacional para aprovação da PEC 215, que inclui dentre as competências exclusivas do Congresso Nacional a aprovação de demarcação das terras indígenas, estabelecendo que os critérios e procedimentos sejam regulamentados por lei.

Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Mendes Ribeiro, o Fórum cobra aumento de investimentos na sanidade animal e vegetal, especialmente nas barreiras sanitárias que fazem divisa com Bolívia e Paraguai. “Os obstáculos comerciais impostos aos nossos produtos afetam nossos produtores e a economia da região que desponta com o maior crescimento na agropecuária do país”, disse Seneri Paludo, diretor executivo da Famato.

Terras para estrangeiros e concentração de frigoríficos
Hoje (8/3), Goiânia (GO) sedia a reunião do Fórum que irá tratar da venda de terras para estrangeiros. As entidades do fórum deverão apresentar, na ocasião, subsídios sobre o tema para elaboração de um parecer único. A concentração de plantas frigoríficas em regiões como o norte de Mato Grosso também compõe a pauta. “Cerca de 70% do abate em Mato Grosso é feito por uma única empresa e isso limita o poder de negociação dos produtores”, alertou Rui Prado.

Sobre a Famasul
A Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) é uma das 27 entidades sindicais que integra a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Tem atuação voltada para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representa os interesses dos produtores e dos sindicatos rurais do Estado. Como representante do homem do campo, a Famasul põe seu corpo técnico a serviço da competitividade da agropecuária, da segurança jurídica e da valorização do homem do campo. O produtor rural sustenta a cadeia do agronegócio, respondendo diretamente por 16,6% do PIB sul-mato-grossense e responsável por parcela substancial da produção industrial de Mato Grosso do Sul.  Acesse www.famasul.com.br.

Fonte: Luciana Modesto / Sato Comunicação

 

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