Tirso Meirelles: “Novas medidas vão quebrar cadeias produtivas” 

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Presidente da Faesp alertou na noite desta quinta-feira (06) que decisão do governo pode fragilizar o setor produtivo nacional, um dos pilares da economia 

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, criticou duramente na noite desta quinta-feira (06) a decisão do governo de zerar as alíquotas de importação para alguns alimentos, incluindo carne, café, milho e açúcar, entre outros. A medida, que pretende conter a alta no preço dos alimentos, terá reflexo em várias cadeias produtivas e pode quebrar o setor agropecuário nacional, motor da economia, responsável por sucessivos superávits da balança comercial.

Para Meirelles, o governo perdeu a mão da política monetária. A inflação está em alta, os juros estão exorbitantes, a taxa de câmbio trará aumento do custo de produção. Não existe estoque regulador, não existe armazenamento, a infraestrutura é incapaz de atender a produtividade nacional, trazendo custos adicionais ao produtor rural e, consequentemente, ao valor final para o consumidor. É essencial, na sua opinião, que o governo gaste menos e passe a investir nos setores corretos para que realmente possa resolver os problemas estruturantes do país. Ele questiona o que aconteceria se houvesse uma quebra de safra internacional. O quanto isso custaria para o país.

“Falta foco ao governo. Ao invés de trabalhar para que o setor produtivo, que tem sido responsável pelos sucessivos superávits da balança comercial, tenha competitividade, toma uma atitude que pode enfraquecer o campo. A ação é ineficaz e certamente irá quebrar o produtor nacional. Nos primeiros meses do ano o que estamos vendo é uma série de ações que penalizam aquele que trabalha para garantir o alimento de milhões de brasileiros e mais de um bilhão em todo o mundo”, frisou Meirelles.

Meirelles ressaltou que o governo precisa de uma política de longo prazo para o setor agropecuário, com recursos para crédito agrícola, seguro rural e fomento à produção. Ele lembrou que há um ano vem reiterando a necessidade de medidas como as Farm Bills americanas, programa de médio e longo prazos, votado pelo Congresso dos Estados Unidos, com recursos e programas de apoio à produção. Ele agradeceu o apoio permanente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que tem trabalhado em sintonia com as federações na busca por soluções mais que pontuais, mas que deem segurança ao homem do campo e garanta a competitividade do setor produtivo nacional.

 

 

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