Com público recorde, expansão da área expositora e R$ 150 milhões em negócios, evento reforça protagonismo brasileiro e conecta produção, mercado e tendências em um setor em transformação.
A 13ª Semana Internacional do Café (SIC), realizada em Belo Horizonte entre 5 e 7 de novembro, consolidou-se como um dos principais encontros globais do setor ao reunir 27 mil visitantes de 32 países — o maior público de sua história. A feira ampliou em 50% sua área expositora, alcançando 25 mil m², e movimentou cerca de R$ 150 milhões em negócios, reforçando seu papel estratégico na cadeia mundial do café.
O público diverso — com forte presença do agronegócio, indústria, food service e varejo — destacou a vocação da SIC como plataforma de negócios, inovação e conexões internacionais. A grande participação de compradores de café verde também reforçou o caráter B2B e a importância da feira nas rotas de exportação.

Para Caio Alonso Fontes, sócio-diretor da Espresso&CO, a SIC simboliza o dinamismo da cafeicultura atual. “Mais do que uma feira, a SIC conecta produção, indústria, comércio e consumo, traduzindo o Brasil do café para o mundo”, afirmou. Segundo ele, o evento representa “o novo momento da cafeicultura: moderna, sustentável, tecnológica e integrada às agendas globais”, fortalecendo a imagem positiva do produto brasileiro no exterior.
Neste ano, a programação refletiu debates centrais do setor sob o tema “Café em Transformação”. A agenda abordou temas alinhados à COP30 e às novas dinâmicas do comércio global, como rastreabilidade, créditos de carbono, bioeconomia, logística, energia, diversidade de origens e pesquisa aplicada. O lançamento do rebranding da marca Cafés do Brasil e o painel com secretários de agricultura de estados produtores demonstraram a relevância institucional crescente da feira.
O presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, destacou o papel do encontro para toda a cadeia. “A Semana Internacional do Café reflete o protagonismo mineiro e brasileiro na produção de café”, afirmou. Para ele, o evento reforça que a cafeicultura é referência em “qualidade, responsabilidade socioambiental e competitividade”.
Outro destaque foram as Rodadas de Negócios, realizadas com CNA e Sebrae, que aproximaram produtores, cooperativas e compradores internacionais. A iniciativa ampliou as exportações prospectadas e fortaleceu a presença brasileira em novos mercados. “Avançamos em debates estratégicos que irão orientar os próximos movimentos da cadeia produtiva”, afirmou Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas.
O público consumidor também teve seu espaço na edição de 2025 com o Festival Café da Semana, que proporcionou uma imersão na cultura das cafeterias e na experiência sensorial do café, aproximando amantes da bebida dos produtores e das microtorrefações.

Os campeonatos e premiações reafirmaram a diversidade e excelência do setor. O Coffee of the Year avaliou um recorde de 601 amostras e consagrou produtores de Minas Gerais e Espírito Santo nas categorias arábica e canéfora. A competição de baristas definiu Daniel Vaz como representante do Brasil no World Barista Championship de 2026, enquanto o Concurso Florada Premiada reconheceu mulheres que se destacam na produção de cafés especiais.
A programação robusta e os recordes alcançados reforçam a posição da SIC como o espaço onde o Brasil mostra ao mundo sua capacidade de inovar, liderar e expandir sua participação nas cadeias globais do café — uma força econômica, ambiental e cultural que continuará em destaque na próxima edição, já marcada para novembro de 2026.


