Ourofino alerta para desafios de custos, preços e clima na safra de soja 2025/26

Compartilhe:

A safra de soja 2025/26 se desenha como uma das mais desafiadoras dos últimos anos. Custos de produção em alta, retração nos preços internacionais da commodity e previsões climáticas incertas pressionam a rentabilidade e exigem maior eficiência técnica no campo. Projeções apontam que o desembolso médio por hectare deve subir cerca de 4% em relação ao último ciclo, podendo ultrapassar R$ 5,6 mil em regiões como Rio Verde (GO) e Sorriso (MT). O aumento é impulsionado principalmente pela valorização dos fertilizantes – com alta próxima de 10% – em meio a gargalos globais relacionados às tensões comerciais entre China e Estados Unidos, impactos da guerra no Leste Europeu e redução de oferta em grandes polos asiáticos. Parte dos defensivos agrícolas também acompanha esse movimento.

Com margens mais estreitas, a produtividade mínima necessária para cobrir os custos cresce. Em áreas do Mato Grosso, já ultrapassa 56 sacas por hectare; em Goiás, giraem torno de 51 sacas. Segundo João Eduardo Brandão Boneti, especialista em desenvolvimento de negócio da Ourofino Agrociência, o cenário exige rigor na gestão e no posicionamento técnico. “Em um ciclo de margens comprimidas, eficiência não é opção: é condição de sobrevivência. Cada investimento precisa ser planejado e convertido em produtividade. O uso estratégico de tecnologias faz a diferença entre uma lavoura no azul ou no vermelho”, orienta.

A recomendação é integrar monitoramento constante, antecipação de manejos e aplicação de produtos no momento ideal — fatores que determinam o resultado econômico da safra. No pré-plantio, por exemplo, o controle antecipado de plantas daninhas resistentes é decisivo para reduzir a competição inicial. Como referência de tecnologia para essa fase, o especialista cita o herbicida Terrad’or, posicionado para dessecação rápida antes da semeadura e apoio à implantação com menor pressão de daninhas.

Entre os desafios adicionais, previsões climáticas indicam irregularidade nas chuvas no Centro-Oeste e Sul, podendo comprometer a janela de implantação das lavouras. Para o especialista da Ourofino Agrociência, o cenário reforça a necessidade de planejamento fino por talhão e cadência de monitoramento ao longo do ciclo.

Checklist – boas práticas para a safra:

  • Pré-plantio: análise de solo, correção de acidez, escolha de cultivares adaptadas e planejamento de rotação de culturas.
  • Plantio e emergência (0-15 dias): atenção à umidade do solo, tratamento de sementes e monitoramento de pragas iniciais.
  • Desenvolvimento vegetativo: manejo integrado de pragas e aplicação preventiva de fungicidas, como o Dotte.
  • Florescimento e enchimento de grãos: monitoramento intensivo de percevejos e ferrugem-asiática, além de suporte fisiológico da planta.
  • Pré e pós-colheita: dessecação planejada, calibração de máquinas e armazenamento adequado.

 

*** Observação técnica: o uso de defensivos deve seguir sempre a bula e a recomendação de um engenheiro agrônomo.