Documento entregue à FPA destaca o Brasil como líder na agricultura tropical e no enfrentamento às mudanças climáticas.
O Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) participou nesta terça-feira (28/10) da apresentação oficial das propostas do agronegócio brasileiro para a COP30, durante reunião promovida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília. O encontro reuniu lideranças do setor produtivo, representantes do governo e parlamentares para discutir a posição do Brasil nas negociações climáticas que ocorrerão em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro de 2025.
O documento, intitulado “Agricultura Tropical Sustentável”, foi apresentado pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, enviado especial para o evento, e elaborado pelo Fórum Brasileiro da Agricultura Tropical, com apoio do Instituto Pensar Agro (IPA) e de 59 entidades do setor, entre elas a OCB. A proposta reúne ações estratégicas em quatro eixos principais: financiamento climático, ciência e inovação tropical, incentivo à bioeconomia e agricultura regenerativa, e ampliação da presença do Brasil nas negociações globais.
Representando o cooperativismo, a superintendente da OCB e presidente do IPA, Tania Zanella, destacou que o documento simboliza a maturidade e o compromisso ambiental do agro brasileiro. “O cooperativismo reconhece esse material como um retrato da força do nosso setor. É resultado de um trabalho coletivo, que mostra o que o agro já faz há anos: produzir com responsabilidade”, afirmou.
Ela também ressaltou que as cooperativas têm papel fundamental na transição climática, por aliarem produção, preservação ambiental e desenvolvimento local. Segundo Tania, esse modelo brasileiro é uma referência internacional, capaz de gerar renda, conservar recursos naturais e impulsionar comunidades rurais.
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, reforçou que o movimento cooperativista é parte essencial da solução climática brasileira. “O cooperativismo gera escala e garante que o desenvolvimento chegue a quem produz, sem abrir mão da sustentabilidade”, afirmou.
As entidades esperam que as propostas apresentadas ajudem a posicionar o Brasil como líder na agricultura tropical sustentável e consolidem uma agenda climática baseada em resultados concretos, unindo produtores, indústria e ciência em torno de um mesmo propósito: produzir mais, com menor impacto ambiental.




