Hughes e Soil Tecnologia se unem para otimizar a conectividade na irrigação

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Agricultural irrigation system watering corn field on sunny summer day

Em todo o Brasil, o percentual de pivôs de irrigação que estão offline chega a 90%, mas uma parceria entre Hughes do Brasil, subsidiária da Hughes Network Systems, LLC (HUGHES), e Soil Tecnologia, startup referência em soluções de automação e monitoramento de sistemas de pivôs centrais, pretende levar conectividade e automação a todos os cantos do país.

O primeiro passo dessa parceria tem foco no Extremo Oeste Baiano. No ano passado, a região se tornou o principal polo de irrigação do país, respondendo por quase 10% do total de pivôs instalados no Brasil. Hughes e Soil estimam que grande parte dos equipamentos de irrigação agrícola operam sem conectividade plena em municípios baianos como Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Barreiras.

A ausência de automação condiciona os proprietários, por exemplo, a percorrerem grandes distâncias para operar os sistemas de irrigação. Se um pivô para de funcionar por um pico de energia, entupimento da bomba d’água ou atolamento das rodas, o problema é quase sempre identificado tardiamente, causando perdas na safra e desperdício de água e energia. Por meio de uma combinação de terminais de satélite avançados, a Hughes espera viabilizar a conectividade desses equipamentos no Extremo Oeste da Bahia e em regiões remotas do País. A intenção é possibilitar que produtores rurais monitorem o manejo de irrigação pela tela do celular por meio de aplicações da Soil.

“Nossa solução de conectividade via satélite usa tecnologia de IoT para monitorar em tempo real os equipamentos, sensores e processos operacionais, mesmo em locais sem infraestrutura terrestre”, explica Ricardo Amaral, Vice-Presidente de Vendas e Marketing de Enterprise da Hughes do Brasil. “A tecnologia satelital transforma a irrigação em um processo inteligente e sustentável, otimizando o uso dos recursos hídricos e reduzindo o desperdício”, completa Amaral.

Mercado promissor – Dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) mostram que o Brasil possui atualmente uma área de 2,2 milhões de hectares irrigados por quase 34 mil pivôs centrais. O crescimento de 14% de novos equipamentos nos últimos dois anos foi o maior já registrado na série histórica desde o ano de 1985. O Oeste Baiano, em especial, avança em um ritmo muito superior. A região, com seus 330 mil hectares irrigados e mais de 2.800 pivôs centrais, registrou um crescimento acumulado de 40% nos últimos dois anos, uma média de 20% ao ano, quase três vezes a média nacional. A expectativa da Soil é que este grande crescimento se mantenha, consolidando a área como o principal vetor de expansão da irrigação no país, com destaque para polos como Luís Eduardo Magalhães

Aliado à conectividade via satélite da Hughes, o aplicativo da Soil Tecnologia permite ao proprietário gerar relatórios detalhados sobre o desempenho de cada pivô com dados sobre consumo de água, energia e área irrigada. É possível ainda definir e monitorar, em tempo real, detalhes sobre a lâmina de irrigação, ou seja, a quantidade de água a ser irrigada para suprir as necessidades de cada cultura. E se algum equipamento desliga por alguma razão inesperada, uma notificação aparece imediatamente na tela do celular.

“A conectividade transforma radicalmente a forma como lidamos com a irrigação. Com ela, o produtor pode fazer o uso da telemetria e ganha agilidade, reduz desperdícios e toma decisões com base em dados precisos, mesmo à distância. Isso significa mais produtividade, economia e sustentabilidade no campo. É essa revolução que queremos levar a cada fazenda do Brasil”, argumenta Igor Mendes, sócio fundador da Soil Tecnologia. Para reforçar o relacionamento com os produtores da região, a Soil Tecnologia passa a ter escritório e vendedores em Luís Eduardo Magalhães.

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